segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Parabéns a vocês!!!

Enfim, 01 ano. Hoje completamos um ano desde a criação do Cine-Phylum. Um ano dedicando parte de meu tempo (que é bem curto, diga-se) ao desenvolvimento deste espaço na World Wide Web destinado exclusivamente à publicações cinematográficas (apenas uma única vez fugimos do assunto que foi no postPoema – Às 4 da Manhã”). Um ano corrido, trabalhoso. Diria que fora até mesmo um ano extremamente conturbado, uma vez que pensei em abandonar o blog várias vezes devido à falta de tempo para atualizá-lo e a falta de patrocínio para mantê-lo no ar. Mas façamos um balanço deste primeiro ano do Cine-Phylum.


Um ano aparenta ser pouco tempo, mas, definitivamente, não é. Pergunte a um aluno que repetiu de ano se estes doze meses perdidos não lhe fizeram uma falta terrível durante a sua vida. Pois é, um ano é muito tempo, muito tempo mesmo. Vide este blog, por exemplo. Em um único ano, podemos acompanhar o desenvolvimento da proposta estabelecida por este que é abordar a evolução do Cinema de uma forma geral, analisando filmes que marcaram, de uma maneira ou de outra, estes, aproximadamente, 113 anos de existência da Sétima Arte.


Em um único ano podemos analisar filmes extremamente antigos, os quais muitas pessoas que visitaram este endereço eletrônico provavelmente nem ao menos haviam ouvido falar, como é o caso de “Viagem à Lua”. Foi também capaz de analisarmos um outro curta-metragem mudo que marcou a história da Sétima Arte, trata-se de “Um Cão Andaluz”. Dissertamos sobre “Intolerância”, um dos maiores representantes da Era-Griffith, Era esta que revolucionou o modo de se fazer Cinema e proporcionou um forte upgrade à Sétima Arte que, em seus primórdios, não se via capaz de atrair multidões aos cinemas, assim como faz hoje.


Algumas matérias foram publicadas, entre elas, um estudo básico, embora didático, sobre a “Era Pré-Griffith”, uma época pouquíssimo conhecida entre a maioria da população (e até mesmo entre os cinéfilos), mas que, seguindo piamente a proposta do Cine-Phylum, se propôs a estudar os primeiros passos da evolução cinematográfica.


Foram abordados também clássicos da Era de Ouro do Cinema, bem como “Cidadão Kane”, “Casablanca”, “Crepúsculo dos Deuses”, “Juventude Transviada” “No Tempo das Diligências”, “...E o Vento Levou”, “8 e ½”, “A Doce Vida”, “Os Sete Samurais”, “Yojimbo”, “A Felicidade Não Se Compra”, “Rebbeca – A Mulher Inesquecível”, “O Sétimo Selo”, “Persona”, “A Primeira Noite de um Homem”, “Rastros de Ódio” (este último, aliás, gerou muita polêmica por aqui) e muitos outros filmes, incluindo até mesmo o (injustamente) eleito pior filme de todos os tempos: “Plano 9 do Espaço Sideral”.


Passamos pelos conturbados e revolucionários anos 1970, este que considero o mais importante e instigante período da história da Sétima Arte. Não poupamos elogios ao falar sobre “O Poderoso Chefão” (meu filme predileto) e seu sucessor. Stanley Kubrick (meu cineasta predileto) também foi muito prestigiado por aqui, mas em um de seus mais desconhecidos (e ainda assim, melhores) filmes. Refiro-me ao majestoso “Barry Lyndon”, um épico à altura de um “Lawrence da Arábia” (na verdade, julgo-o superior ao mais conhecido filme de David Lean), mas que não teve o seu devido valor reconhecido. Analisamos também o maior responsável por uma das franquias mais extensas da história do Cinema, “Rocky – Um Lutador”. O polêmico e divertido musical hippieHair” também ganhou espaço e recebeu uma análise de minha autoria, citando todos os seus pontos positivos e negativos.


Os anos 1980 tiveram a sua representação no “Cine-Phylum” através de filmes-pipoca como “Os Caçadores da Arca Perdida” e “Indiana Jones e o Templo da Perdição”. Sergio Leone também foi lembrado aqui através de seu último e, segundo muitos, mais importante filme: “Era uma Vez no América”, cujo texto escrito pelo Radamés se revelou pequeno, mas extremamente bem escrito e efusivo, além de ter capturado com poucas, mas muito bem empregadas, palavras toda a magia deste magnífico longa do gênio italiano.


Durante a década de 90 mencionamos três clássicos absolutos, onde todos estes três gigantes se confrontaram na noite do Oscar® de 1991. Estou falando de “O Poderoso Chefão – Parte III”, “Os Bons Companheiros” e o vitorioso “Dança Com Lobos”, filmes que, sem sombra de dúvida, são dignos de todos os prêmios que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas poderia ter-lhes atribuído.


Os filmes mais recentes também foram estudados aqui no “Cine-Phylum”, afinal de contas, muitos deles já fazem parte da Sétima Arte, ou seja, já colaboraram para a evolução da espécie, como é o caso de “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”, “Lavoura Arcaica” (além de mim, o Radamés também escreveu uma crítica do filme de Luiz Fernando Carvalho, com a diferença de que o texto dele foi muito mais detalhista que o meu, haja visto que, na época, minhas análises tinham, no máximo, 25 linhas completas de Word®, pragmatismo que já abandonei faz algum tempo), e até mesmo os recém-produzidos “Onde os Fracos Não Têm Vez” e “Sangue Negro”.


Mas não só de críticas cinematográficas viveu este blog. Conferindo a mim uma oportunidade que não tenho no Papo-Cinema (afinal de contas, um website tende a ser muito mais frio que um blog, uma vez que o primeiro conta com um caráter muito mais noticioso e o segundo mais, digamos, pessoal), o “Cine-Phylum” me deu oportunidades únicas, tais como citar uma lista com os meus diretores prediletos, que pode ser conferida no post Top 11 - Diretores. Embalado pela minha idéia, o co-editor Ricardo entrou no clima e escreveu o post CENA DE CINEMA, onde ele fez algo nunca visto antes em um website ou blog voltado à Sétima Arte: elegeu as suas 100 cenas de Cinema prediletas e, não bastasse isso, justificou o motivo da escolha e a respectiva colocação de cada uma. Um trabalho muito bem feito e que só pode ser conferido aqui no “Cine-Phylum” (a propósito, se alguém souber de algum outro “Top 100 – Cenas Cinematográficas” que fora realizado (antes do Ricardo publicar esta matéria aqui neste blog), na Internet ou por qualquer outro meio de comunicação, favor postar me avisando neste post mesmo).


Pois bem, conforme fora previamente mencionado, um ano é muito tempo, tempo de sobra para fazermos tudo o que foi descrito acima.


Mas neste primeiro aniversário (dentre muitos outros que estão por vir, espero) do “Cine-Phylum” quem realmente merece os parabéns são vocês, leitores. Sim, eu sei, é até clichê de minha parte citar isto, mas é a pura realidade. Gostaria de parabenizar a todos vocês que acessaram este espaço na Internet, que gastaram um tempo precioso consultando-o, lendo-o, ou simplesmente olhando-o “por cima”. Gostaria imensamente de agradecer a todos vocês que colaboraram, de uma forma ou de outra, para que o blog se mantivesse no ar durante todo este tempo, pois o bem da verdade é que, não fosse o excelente número de acessos que o mesmo teve ao longo deste ano (afinal de contas, é muito difícil um blog de cunho artístico e cultural obter quase 23 mil visitas em apenas doze meses) muito provavelmente teria desistido do mesmo e dedicado-me somente ao Papo-Cinema (que é o único espaço virtual onde obtenho um retorno financeiro realmente interessante).


Felizmente temos leitores fiéis, que todos os dias marcam presença aqui e que utilizam o “Cine-Phylum” como uma fonte de conhecimento.


Sendo assim, muitíssimo obrigado a todos por estarem conosco durante 01 ano e parabéns por colaborarem e apoiarem o “Cine-Phylum” durante este tempo, transformando-o no que ele é hoje: uma humilde, embora eficiente, fonte de informações e opiniões sobre a Sétima Arte.


Abraços a todos


Equipe do “Cine-Phylum

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