segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Crítica - O Sétimo Selo

Aproveitando a pausa que terei de adotar, totalmente contra a minha vontade, em minha rotina de cinéfilo (que consiste em assistir a, no mínimo, dois filmes por fim-de-semana), decidi postar algumas de minhas críticas prediletas e optei por começar com “O Sétimo Selo” do grande gênio do Cinema Existencialista, “Ingmar Bergman”. Talvez esta nem esteja entre minhas críticas prediletas, mas provavelmente foi uma das que mais me deram trabalho para ser redigidas e por este motivo a escolhi:






Título Original: Det Sjunde Inseglet
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Suécia):
1956
Estúdio: Svensk Filmindustri
Distribuição: Janus Films
Direção: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman, baseado em peça de Ingmar Bergman
Produção: Allan Ekelund
Música: Erik Nordgren
Direção de Fotografia: Gunnar Fischer
Desenho de Produção: P.A. Lundgren
Figurino: Manne Lindholm
Edição: Lennart Wallén
Elenco: Max Von Sydow (Antonius Block), Gunnar Björnstrand (Jöns), Bengt Ekerot (Morte), Nils Poppe (Jof), Bibi Andersson (Mia), Inga Gill (Lisa), Maud Hansson (Bruxa), Inga Landgré (Esposa de Antonius Block), Gunnel Lindblom (Garota), Bertil Anderberg (Raval), Anders Ek (Monge), Gunnar Olsson (Pintor da igreja), Erik Strandmark (Jonas Skat) e Åke Fridell.


Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.


Det Sjunde Inseglet - Trailer


Crítica:


Nunca, em toda a minha vida, imaginei criar coragem o bastante para fazer uma crítica sobre “O Sétimo Selo”. Provavelmente isto se deve à complexidade que abrange a obra de uma maneira geral. Filmes como “Persona” (de Ingmar Bergman também) e “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (não preciso dizer quem é o cineasta responsável por esta obra-prima, não é mesmo?) são, inquestionavelmente, mais complexos que o longa estrelado por Max Von Sydow (que futuramente viria a fazer papéis para lá de marcantes na história do Cinema, dentre os quais destaco o padre no longa “O Exorcista”), contudo, a pessoa que assistir a qualquer um dos dois filmes supracitados certamente saberá que se trata de obras cinematográficas para lá de complexas e por este motivo são plausíveis de sofrerem uma análise mais apurada. Diferente é este “O Sétimo Selo” que, aos olhos de uma pessoa que não possua o menor senso de visão artística, trata-se de uma obra simplória e com uma estória fácil de ser absorvida e até mesmo concluída. A verdade é que estes indivíduos não são capazes de compreender as inúmeras metáforas incluídas no roteiro. A própria cena em que Antonious Block joga xadrez com a morte (uma das mais memoráveis da história do Cinema, diga-se de passagem) pode parecer desconexa, fantástica em demasia e até mesmo tola para a grande maioria dos que assistirem ao filme, mas a verdade é que poucos são capazes de enxergar o quão filosófica é a mesma, pois esta representa o principal objetivo de vida de um ser humano: enganar a morte o máximo possível para prolongar a vida cada vez mais. Contudo, no “jogo da vida” (aqui representado pelo jogo de xadrez) quem sempre vence é a morte. Bergman também aborda diversas questões existenciais durante o desenrolar do longa, tais como: o propósito (neste caso, o despropósito) do relacionamento amoroso entre o homem e a mulher, a existência de Deus e do Demônio, a ambição humana e muito mais. Infelizmente, o longa, vez ou outra, opta por utilizar um humor completamente bobo e algumas filosofias baratas e desnecessárias.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.

Nenhum comentário: