sábado, 15 de março de 2008

Top 11 - Diretores

Estive dando uma revisada geral no “Cine-Phylum” estes dias e percebi que eu ainda não havia realizado nenhuma homenagem a nenhum grande ídolo meu ligado à Sétima Arte (assim como o Ricardo fez com Marlon Brando e Martin Scorsese). Por este motivo decidi criar este Top 11, com a finalidade de reparar o meu erro, homenageando os meus 11 diretores prediletos e apresentando pequenas justificativas a fim de dar ênfase às minhas opiniões. Comecemos pelo 11° lugar:


11° lugar: Quentin Tarantino

Tarantino não é necessariamente um mestre na condução de câmera, mas é extremamente competente na condução de um filme. Outros aspectos marcantes deste diretor residem na sua capacidade atípica de realizar verdadeiras obras-primas com uma atmosfera de filme B e de retratar a violência cotidiana de maneira satírica e original.

Meu “Tarantino” predileto? “Pulp Fiction”, como não poderia deixar de ser.


10° lugar: David Lean

Lean, assim como Tarantino, também não é um mestre na condução de câmera, mas é um verdadeiro especialista em utilizar a fotografia de um filme a fim de conferir uma beleza plástica incomparável ao mesmo. Também é um verdadeiro mestre na condução do elenco e, é claro, na criação de épicos marcantes, tais como: “Doutor Jivago”, “Lawrence da Arábia” e “A Ponte do Rio Kwai”.

Meu “Lean” predileto? “Doutor Jivago”.


9° lugar: Sérgio Leone

Leone, ao contrário dos 10° e 9° colocados deste Top, sempre se saiu muito bem na condução de câmera, seja criando ângulos perfeitos ou, até mesmo, dando ênfase a uma simples mosca que surge no cenário. Outro ponto forte de suas direções reside na criação da atmosfera necessária para fazer com que o espectador se sinta, cada vez mais, “ligado” ao filme (como esquecer, por exemplo, o impertinente ruído do moinho na cena inicial de “Era Uma Vez no Oeste”, onde nos sentimos transportados ao Oeste Longínquo?).

Meu “Leone” predileto? “Três Homens em Conflito”.


8° lugar: Woody Allen

Allen é um diretor moderno que consegue a façanha de realizar um filme por ano e, por mais incrível que possa parecer, a maioria de suas obras se tornam extremamente interessantes. Especialista em conduzir filmes leves, mas com mensagens complexas, Allen é, geralmente, dono de uma direção simples, mas revolucionária e dinâmica.

Meu “Allen” predileto? “Crimes e Pecados”.


7° lugar: Charles Chaplin

O grande trunfo de Chaplin como diretor não é a direção do filme em si, apesar desta ser sempre ótima, mas sim a maneira extremamente sutil e leve de como este se mostra capaz de nos transmitir mensagens fantásticas de maneira divertida e dinâmica.

Meu “Chaplin” predileto? “Luzes da Cidade”.


6° lugar: D. W. Griffith

Muitos podem até achar que estou conferindo a Griffith uma posição extremamente alta no ranking pelo fato deste ser considerado o pai da linguagem cinematográfica, mas isso não é verdade. Em uma época onde o simples fato de ligar uma câmera já era tido como uma grande façanha, Griffith era capaz de conduzir cenas de batalhas épicas de forma como muitos diretores atuais não são capazes de conduzirem.

Meu “Griffith” predileto? “Intolerância”.


5° lugar: Francis Ford Coppola

Não o considero tão genial quanto os diretores que citarei abaixo, mas que Coppola é dono de uma filmografia invejável, apesar de alguns grandes deslizes, isto é. Contando com obras e direções magníficas, tais como as realizadas na trilogia “O Poderoso Chefão” e em “Apocalypse Now”, não nos resta mais nada além de aplaudir de pé este magnífico cineasta.

Meu “Coppola” predileto? “O Poderoso Chefão” (não apenas o meu Coppola predileto como também o meu filme predileto).


4° lugar: Martin Scorsese

Dono de um talento inegável, até mesmo os mais desatentos dos espectadores reconhecem isto, Scorsese se mostra competente tanto no que se refere à condução de câmera, quanto condução de elenco e filme. Responsável também por transformar roteiros fracos em grandes filmes (como é o caso de “A Cor do Dinheiro” e “Gangues de Nova York”), Scorsese brilha também ao retratar a violência de maneira crua e seca.

Meu “Scorsese” favorito? “Taxi Driver”.


3° lugar: Ingmar Bergman

Nenhum outro diretor é capaz de retratar a agonia humana de maneira tão convincente, detalhista e marcante quanto este gênio sueco. Bergman também se mostra extremamente sagaz no que se refere a debates existencialistas e sabe conduzir o elenco de suas obras como pouquíssimos diretores o sabem.

Meu “Bergman” favorito? “Persona - Quando Duas Mulheres Pecam”.


2° lugar: Federico Fellini

Se Bergman se revela um mestre na arte de debater questões existenciais, Fellini pode ser considerado um gênio neste assunto. Repletos de filosofia existencialista, os filmes de Fellini ainda contam com atuações magníficas e travellings horizontais da maneira que apenas este Deus da Sétima Arte consegue realizar.

Meu “Fellini” predileto? “8 ½


1° lugar: Stanley Kubrick

Bergman é mestre em debater questões existenciais, Fellini, por sua vez, se mostra um gênio no assunto, mas e quanto a Kubrick? Transformar um argumento sobre uma viagem espacial em um debate existencial e ainda por cima em um ponto de vista nieztschiano sobre a evolução humana é algo digno de um Deus. Um Deus na arte de debater questões existenciais (assista a “2001: Uma Odisséia no Espaço”), um Deus na arte de debater o modo como o indivíduo é influenciado pelo meio em que vive (veja “Laranja Mecânica”), um Deus na arte de satirizar uma guerra em pleno auge da mesma (confira “Dr. Fantástico”), enfim, este é Stanley Kubrick, o Deus da Sétima Arte.

Meu “Kubrick” predileto? “2001: Uma Odisséia no Espaço”.



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Um comentário:

Ricardo Bianchetti disse...

Um TOP 11 digno de cinéfilo
sem dúvidas