domingo, 23 de março de 2008

Crítica - Hair

Sempre demonstrei forte interesse pela cultura hippie que teve sua origem e fim respectivamente nas décadas de 60 e 70, mas sempre acreditei que o Cinema jamais conseguira retratar tal cultura de maneira realmente convincente. Em 1969, Peter Fonda e Dennis Hopper lançaram um magnífico filme independente chamado “Easy Rider – Sem Destino” e em uma seqüência de pouco mais do que 5 minutos, realizou um retrato bastante convincente, embora não necessariamente perfeito, de uma comunidade hippie. Em 1979, Milos Forman teve quase 120 minutos de filme para retratar o estilo de vida deste tipo de sociedade alternativa e mesmo com todo este tempo disponível, se mostrou menos eficaz que o cult de 1969 se revelou nesta espécie de “estudo social”. No entanto, este “Hair”, mesmo contando com vários defeitos, se mostra um bom filme, conforme analisarei mais abaixo.





Ficha Técnica:
Título Original: Hair
Gênero: Musical
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1979
Estúdio: CIP Filmproduktion GmbH
Distribuição: United Artists
Direção: Milos Forman
Roteiro: Michael Weller, baseado em peça de Gerome Ragni e James Rado
Produção: Michael Butler e Lester Persky
Música: Galt MacDermot, James Rado e Gerome Ragni
Direção de Fotografia: Miroslav Ondrícek
Desenho de Produção: Stuart Wurtzel
Figurino: Ann Roth
Edição: Alan Heim, Lynzee Klingman e Stanley Warnow
Elenco: John Savage (Claude), Treat Williams (Berger), Beverly D'Angelo (Sheila), Annie Golden (Jeannie), Dorsey Wright (Hud), Don Dacus (Woof), Cheryl Barnes (Noiva de Hud), Richard Bright (Fenton), Nicholas Ray (General) e Miles Chaplin (Steve).



Sinopse: Às vésperas de se alistar nas Forças Armadas dos Estados Unidos da América para combater no Vietnã, Claude (John Savage) faz amizade com um grupo de hippies, liderados por Berger (Treat Williams), que decidem ajudá-lo a conquistar o amor de Sheila (Beverly D’Angelo), uma jovem da alta classe nova-iorquina que parece não ver muito interesse em continuar levando adiante o estilo de vida que segue.



Hair – Trailer



Crítica:



Uma pena ver um filme que tinha tudo para ser um dos 100 melhores de todos os tempos, se revelar vítima da simplicidade de seu próprio roteiro. “Hair” possui quase todos os elementos que uma obra-prima do gênero cinematográfico musical precisa possuir. Temos aqui um track list fantástico (salvo uma ou outra música que não se encaixa muito bem no contexto do filme) e repleto de músicas bastante propícias para a época em que o filme fôra adaptado, temos também coreografias sensacionais e muitíssimo bem ensaiadas (repare que durante a execução do número musical sob o som da música “Acquarius” até mesmo uma dupla de cavalos “dançam” conforme os atores também dançam), um figurino que procura deixar tudo extremamente realista e, acima de tudo, personagens bastante curiosos para serem retratados e explorados pelo roteiro. Não, em momento algum me atreverei a dizer que o roteiro os retrata de forma vaga, pois isso seria uma grande falácia de minha parte, mas digo que os retrata de forma simples demais. O roteirista Michael Weller e o diretor Milos Forman perderam a incrível e única oportunidade de retratar uma sociedade hippie de forma complexa e aprofundada, optando por realizar tudo da maneira mais simples o possível. Em momento algum, por exemplo, vemos algum dos personagens do filme realizar um diálogo tão aprofundado sobre liberdade e preconceito quanto o personagem de Jack Nicholson realiza em “Easy Rider – Sem Destino”. Não que isto figure um grande defeito, mas também deixa de ser uma grande qualidade que o filme poderia apresentar, fazendo com que a sua avaliação final se tornasse mais positiva. Há também uma divergência de foco por parte do roteiro, pois fica realmente difícil sabermos se o mesmo almeja fazer uma homenagem aos hippies (como ocorre na cena final) ou uma crítica aos mesmos, passando ao espectador a imagem de que estes não passam de seres irresponsáveis. Mesmo com estes defeitos, o longa se revela um filme interessantíssimo, curioso e conta com um dos melhores finais da história do Cinema.



Avaliação Final: 7,5 na escala de 10,0.



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quinta-feira, 20 de março de 2008

CENA DE CINEMA

O cinema é mágico!Cinema é roteiro,cinema é música,cinema são atuações.O cinema pode ser várias coisas,mas acima de tudo,são um conjunto de cenas,porém existem aquelas cenas que marcam,cenas que ficam martelando em nossa cabeça por dias,por meses ou até anos depois.
Cenas que sobrevivem ao tempo,que são copiadas em outros filmes e cenas que acabamos usando até em nosso dia-a-dia
Faço aqui uma seleção das 100 Melhores Cenas da História do Cinema,claro que a lista tem traços muito pessoal.
Concordam com as cenas?Discordam delas?
Fiquem a vontade para opinar!

Ps1:Foi priorizado apenas uma cena por filme

Ps2:Algumas cenas podem conter spoiler


100º LA LUNA (1979)
Bartolucci choca com a história do filho drogado que tem complexo de Édipo,na seqüência em que o filho tem uma overdosa,a mãe tenta ampará-lo e é surpreendida ao vê-lo levando sua mão para que ela a masturbe

99º MAR ADENTRO (2004)
Um filme que trás belíssimas imagens,nos coloca uma em especial,magem que nunca chega a acontecer na realidade,mas que revela todo o sonho de um paralítico,interpretado por Javier Bardem.É incrível ver a cena em que seu personagem sonha em poder se levantar e correr rumo a janela,e depois disso saltar e voar,voar para sua liberdade

98º MISSÃO: IMPOSSÍVEL (1996)
A cena recriada em "Missão:Impossível" já virou uma marco nos filmes de ação de todos os tempos.A seqüência em que Tom Cruise fica pendurado perto do chão,a poucos milímetros.A trilha sonora auxília a cena,mas o grande diferencial é a gota de suor que cai de seu rosto e ele,astuto a segura em sua mão

97º LUA DE FEL (1992)
Uma das grandes representações de cult-erótico no cinema,a seqüência do Iogurte,por si só já justificaria o filme

96º O RESGATE DO SOLDADO RYAN (1998)
Os 30 minutos inciais da obra já justificam por si só todo o filme.O dia D representado por Steven Spielberg é excepcional,ele não poupa imagens,mostra de perto a estratégias de guerra e o sofrimento daqueles que recebem tiro

95º GRITOS E SUSSURROS (1972)
A cena que Maria se corta co um caco de vidro para tentar chegar ao orgasmo é um ponto alto de "Gritos e Sussurros",porém é na cena das três irmãs,mais a empregada caminhando juntas,que vemos toda a beleza e sutileza da fotografia do filme...e toda a hipócrisia por trás das personagens

94º A NOITE AMERICANA (1972)
Truffauzinho roubando as fotos de "Cidadão Kane"Fim de mistério!

93º MORTE EM VENEZA (1972)
O que levaria um homem bem sucedido a se mudar totalemente?Em 'Morte em Veneza",a cena que o maestro vai se maquiar e arrumar novo penteado revela toda a obcessão que ele tem pelo garoto,e como o amor doentio o transformou

92º JANELA INDISCRETA (1954)
A direção totalmente em primeira pessoa de Hitchcock é crucial para o ponto alto de Janela Indiscreta",sentimo tão inertes como James Stewart ao ver por um binócolo,sua namorada invadindo a casa de um possível assassino paa continuar a investigação paranóica que ele começou.A angustia na face do personagem ao ver o dono da casa entrando na casa e a namorada fugindo (olhando apenas pelas janelas) e não poder fazer nada é ótima,mas não seria melhor se nós tam´bém não setissimos as mesmas angustias

91º TOURO INDOMÁVEL (1980)
Nunca se viu tanto realismo em ringues de Box como aquele que Martin Scorsese se propôs a dirigir na cena em que Jack LaMotta perde sua luta em 'Touro Indomável"

90º NOIVO NEURÓTICO,NOIVA NERVOSA (1977)
Engraçada a cena em que Annie chama seu noivo até seu apartamento para matar uma aranha.é interessante ver na cena a relação dos dois,que apesar de serem totalmente diferentes e de starem separados,um precisa sempre do outro

89º INTINTO SELVAGEM (1991)

O que dizer das cruzadas de perna de Sharon Stone,mais marcante que próprio filme,as pernas daquela mulher faz o grande diferencial de "Instinto Selvagem",fazendo até a tecla "voltar" do controle remoto quebrar,na tentativa de repetir a cena de novo,de novo...

88º A LISTA DE SCHINDLER (1993)

Cenas frias e tocantes se fundem na obra-prima de Steven Spielberg,ele nos leva a toda crueldade dentro dos campos de concentração e nos choca com cenas fortes.Amoen Goeth brincando de tiro ao alvo com os judeus é cetamente uma cena que não despercebida

87º O PAGADOR DE PROMESSAS (1962)
A câmera de Anselmo Duarte pega ângulos impecáveis na cena final de "O Pagador de Promessas",onde Zé do Burro chega a morrer para cumprir a promessa que fez à santa,depois de morto,pendurado em sua cruz,o padre tem que ceder a população enfurecida que quer levá-lo para dentro

86º SONHOS (1990)
Não há uma cena em "Sonhos" que não seja o significado mais puro de arte,não existe uma cena que não represente pintura em forma de cinema.Um destaque especial vai para a bela seqüência do casamento das Raposas.A dança exótica e o figurino estranho trazem uma beleza inesplicável para a cena,e não desperta apenas a curiosidade do garoto que as observa,mas também de todo o público que a vê


85º LADRÕES DE BICICLETA (1947)
Qual a maior lição que um pai pode deixar para o filho.Na representação máxima do neo realismo italiano,Vittorio deSicca mostra o quanto a realidade pode doer,mostrando um pai que tenta roubar uma bicicleta apenas para poder trabalhar,e sem ele vê,seu filho pequeno observade longe toda a cena do roubo

84º ROCKY (1976)
O treinamento de Rocky,sendo movido a uma marcante trilha sonora é o ponto mais alto do filme,e até hoje aquela trilha sonora é lembrada como uma das melhores

83º O FRANCO-ATIRADOR (1978)
A seqüência angustiante em que o personagem de Christopher Walker joga roleta russa.A angustia do personagem de deNiro pedindo que ele volte para a casa e a loucura que o personagem de Walker adiquiriu durante a Guerra do Vietnã deixam a cena ainda melhor

82º A BELA E A FERA (1990)
A beleza de animação chega a um ponto extraordinário na perfeita cena em que a Bela e a Fera dançam em um baile feito apenas para dois.Os personagens todos estão bem encaixados no cenário e a música de Celine Dion da um toque especial para a cena

81º O SHOW DE TRUMAR (1998)
Peter Weir filma muito bem,uma cena simpática e muito bem montada,quando Trumar,descobrindo a farça em que vive,pega o barco e vai rumo a liberdade,até bater em um falso cenário

80º GHOST (1990)
O trio Whoopi Goldberg;Demi Moore e Patrick Swayze dão um show a parte em "Ghost" na cena da moeda,onde a personagem de demi não acredita na vidente charlatã,o marido (em fantasma) pede que ela passe a moeda por baixo da porta e a faz flutuar diante dos olhos da amada.Um show romantico.

79º A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA (1971)
O espírito de liberdade dos adolescentes funcionam como nunca na cena da festa na piscina.Onde só se pode nadar nu,e quem vai pela primeira vez é obrigado a se despir no trampolim.O jeito que a jovenzinha faz isso é mais que interessante,é fascinante

78º LOUCA OBSESSÃO (1990)
Grande Kathy Bates,grande James Caan,ambos protagonizaram perfeitamente a fatídica cena da marreta,onde a louca Annie Wilkes arruma uma solução para não deixar seu escritor fugir.A personagem de Kathy Bates segurando a marreta e dando os dois golpes cruciais para quebrar de vez as pernas do escritor marcaram.A cara de louca dela e a agonia dele,a cena funciona com perfeição

77º SINDICATO DE LADRÕES (1954)
Terry Malloy finalmente vence a luta contra o sindicato,ele finalmente vence Johnny Friendly,mas como ele venceu sozinho,tem que chegar ao final sozinho.E depois de ser espancado ainda agüenta a chegar na porta para inicar um dia de trabalho.Força de vontade e determinação são mostradas na cena.Ótima atuação de Marlon Brando

76º LUZES DA CIDADE (1932)
A satisfação de ver a cega vendedora de flores reconhencendo o vagabundo que fingia ser rico e conseguiu pagar a cirurgia para sua visão é romântica.Ela o reconhece pelo toque das mãos.Lá começava um grande romance.Ou não!

75º RÉQUIEM PARA UM SONHO (2000)
O pertubador desfecho de "Réqueim para um Sonho" é uma demosntração fria e crua sobre as conseqüências do uso de drogas.Quatro cenas se revezam com maestria:a mulher que fica louca,o homem que faz trabalhos obrigatórios,a mulher que se prostitui para drogas e o garoto que perde o braço

74º QUANTO MAIS QUENTE MELHOR (1959)
Poucas cenas arrancam tantas risadas como a seqüência do vagão do trem,em que Sugar faz massagem,acarecia e deita junto a Jerry/Daphne,e ele,sendo ela é obrigado a resistir àquela mulher,a seqüência continua com uma festa improvisada,cheia de mulheres bonitas do vagão da própria Daphne.Os gritos que Jack Lemmon faz são hilários

73º TUBARÃO (1975)
Dizem que "Tubarão" é 50% de Steven Spielberg e 50% de John Willians.A cena do tubarão se aproximando sempre com aquela trilha sonora arrepia e mostra uma seqüência verdadeiramente clássica

72º EDWARD MÃOS DE TESOURA (1990)
Isolado em sua torre,depois de recriminado por toda uma sociedade que Edward teve que viver,ele começa a fazer as esculturas de gelo,e leva a neve para as pessoas.Estaria ele reprsentando a frieza em seu coração ou apenas dando um toque belo a vida das pessoas?

71º DOGVILLE (2003)
"Tem coisas que devemos fazer nós mesmos",depois da marcante cena em que ela promove uma chacina por toda Dogville

70º TRÊS HOMENS EM CONFLITO (1966)
A cena final de "Três Homens em Conflito" coloca o público em uma estranha felicidade pensativa.O bom mandando o feio subir na forca,depois de entregar todo o dinheiro e por fim atirando de longe,como nos velhos tempos,nos coloca uma certa satisfação de que o filme deu tudo de si,e ali tinha chegado em seu ponto máximo

69º AMADEUS (1984)
Com certeza a seqüência mais marcante do filme é a de Mozart compondo a sinfonia final,mas como aquela seqüência é muito dividida em partes,como cena,o filme tem outra tão marcante quanto,Amadeus faz uma peça musical homenagiando seu pai,depois de morto.A peça é macabra,é criticada,mas é um show de imagens,com direção de arte impecável,musicas a medida certa e figurino perfeito,fazendo nos sentir trasportados pera aquela época.F. Murray Abraham com seus olhos invejosos da platéia da uma satisfação maior para a cena

68º PULP FICTION (1994)
Só mesmo Tarantino para fazer um gângster citar versículos biblicos antes de fazer sua vítima,Samuel L. Jackson obriga a ouvirem o Ezequeil 25:17

67º OS HOMENS PREFEREM AS LOIRAS (1952)
Na grande maioria dos filmes de Marylin Monroe ela não deixa o egocentrismo de lado e interpreta sempre ela mesmo,por isso acho que ela é mais estrela que atriz,mas quem vai dizer que ela não se interpreta muito bem?Na performace do musical que que Marylin canta "Diamonds are a girl´s best friend" vemos todo o seu glamour e temos a dúvida se quem está cantando ali é a personagem ou a própria Marylin

66º JULES E JIM (1962)
François Truffaut foi um dos homens que mais defendeu um novo estilo de fazer cinema,um estilo em que o diretor se mostrava o centro de todo o filme e que todo o filme deveria andar em harmonia com o diretor.A representação máxima desse estilo acontece em uma corrida que Jules,Jim e a mulher apostam em uma ponte.A câmera se movimenta de maneira irregular,ela treme,ela filma os personagem realmente cansados.Truffaut nos trasporta para dentro de sua obra prima e nos faz acompanhar de perto a corrida

65º GLADIADOR (2000)
Depois de uma difícil batalha no coliseu,Maximus revela ao Imperador sua verdadeira identididade,a interpretação fria de Russel Crowe e o medo nos olhos de Joaquim Phoenix fizeram toda a cena,em que o Gladiador ameaça o Imperador

64º FANTASIA (1940)
Uma cena marcante,que mostrou a Dinsey em perfeita boa forma.Mickey Mouse em frente ao caldeirão é conhecido até mesmo por quem nunca assitiu a esse clássico

63º METRÓPOLIS (1926)
O burguês arquiteta o malicioso plano para deter os proletariados em uma revolução.A cena em que um novo robô é apresentado a ele ficou clássica,o que está em jogo ali não é só o robô que iria confundir a cabeça dos trabalhadores e os levar a auto-destruição,a cena vai mais a fundo e mostra Fritz Lang prevendo o futuro e deduzindo quem vai substituir o ser humano

62ºRAIN MAN (1982)
Marcante dobradinha feita por Dustin Hoffman e Tom Cruise na cena em que os palitos de dente caem no chão.Os olhos indiferentes e em seguida assustados de Cruise são marcantes quando ele vê que o irmão acertou a quantidade de palitos que cairam no chão

61º O PIANISTA (2002)
Resistindo a uma guerra em razão de sua música,e depois de tudo ainda arruma forças para tocar para um grande público,tendo finalmente o sucesso que merece.E como nosso pianista é ovacionado!

60º A NOVIÇA REBELDE (1965)
O musical mais lucrativo de todos os tempos,tem sua cena marcante logo nos minutos inicias,com Maria dançando perto de umas montanhas.O cenário perfeito para a personagem de Julie Andrews poder cantar e dançar com os braços abertos,sentindo tudo a seu redor

59º LAWRENCE DA ARÁBIA (1962)
Lawrence volta pelo deserto apenas para salvar um homem.Belíssima cena em que ele foge do nascer do Sol no mesmo deserto,e interessante ainda o que ele teria que fazer com o homem que ele se arriscou para salvar na continuidade do filme

58º ALIEN,O OITAVO PASSAGEIRO (1979)
Ridley Scott criou uma cena que virou clássico do horror em seu terror-ficção.O nascimento da criatura que está dentro de um dos tripulantes da Nostromo ficou marcado na história do cinema.O jeito frio que a cena é conduzida mostrando cada detalhe do Alien saindo da barriga do homem mistura-se com os outros personagens olhando impassíveis e incrédulos

57º OS SETE SAMURAIS (1954)
O ato final de "Os Sete Samurais" era para ser feliz,mas estranhamente nos sentimos mal em seu desfacho.O mestre Kurosawa deu tanta foco em seu heróis que não aguentamos ver quatro cruz mostrando quatro corpos ali enterrados no final,e a cena fica ainda mais reflexiva quando os samurais que sobreviveram vêem as pessoas da vila comemorando.Afinal,eles venceram os bandidos,mas isso custou a vida de quatro amigos

56º CARRIE,A ESTRNHA (1976)
Depois de ser levada ao baile e coroada rainha,sangue de porco é jogada em cima de Carrie pelas patricinhas que fingiam serem suas amigas.A garota usa seus poderes paranormais para se vingar da escola do pior jeito.Coloca fogo no ginásio onde acontece a festa e fica assistindo as pessoas tentando se livrar do fogo.Criativo e interessante a cena que Brian dePalma criou em seu filme de estréia

55º DR. FANTÁSTICO (1964)
A sátira de humor negro sobre a Guerra Fria tem uma parte especialmente cômica,onde um míssel sendo atirado na URSS e consequentemente trazendo a destruição do mundo,carrega um soldado em cima,e como senão bastasse ele ainda se dá o trabalho de gritar "yahooooooo"!

54º TITANIC (1998)
Muitos tem uma aversão muito grande a "Titanic",minha aversão pelo filme não é grande,mas ela existe,mas como o que está em questão aqui é a cena e não o filme,"Titanic" tem pelo menos uma passagem que merece destaque (e confesso que merecia até uma posição mais elevada),Jack e Rose na ponta do navio sentindo o vento com os braços abertos é lembrada até hoje,e é a marca maior do maior suceso de bilheteria até hoje

53º MATRIX (1999)
Os Irmãos Waschowski usaram uma técnica tão simples em sua obra-prima,mas tão simples,que ficamos horrorizados em perceber que ela nunca havia sido usada antes (e como abusaram dela após o filme).O recurso de câmera lenta fez da cena em que Neo escapa das balas disparadas pelo Sr. Smith um clássico do cinema,que com certeza será lembrada daqui a muitos anos,talvez até mais do que o próprio filme

52º KING KONG (1933)
A mais curiosa história de amor do cinema carrega a sua grande cena,e com certeza,levando em considreação a época de lançamento do filme,uma das mais difíceis de filmar.Kong leva a sua amada para o alto do Empire State Building e lá é atacado por várias aeronaves.O público fica em dúvida se assuta-se coma cena ou apaixona-se coma cena


51º O ENCOURAÇADO POTENKIM (1925)
A cena da escadaria...
A mesma que inspirou a fatídica cena de "Os Intocáveis"


50º CASABLANCA (1942)
Poucas histórias de amor tem um filme tão poético,e fogem tanto dos clichês,como o ato final de "Casablanca" fez.A despedida de Rick e Ilsa no aeroporto mostra até onde podemos sacrificar nossos próprios desejos por um ideal,o final surpreende devido a índole do personagem de Humphrey Bogart e ainda mais pela marcante frase "Sempre Teremos Paris"

49º OS INTOCÁVEIS (1987)
Cena inspirada da obra-prima "O Encouraçado Potenkim",a seqüência da escadaria se mantém como uma das cenas mais memoráveis.Um carrinho de bebê descendo a escadaria,um homem precisando ser preso e uma seqüência de tiroteio.Passagens marcantes


48º O REI LEÃO (1994)
Com um nascer do sol fantástico,embalado na letra marcante "Circle of the life",criada por Elton John,e o ritimo africano feito por Lebo M,estava lá a cena mais bela já feita pela Disney,um início totalmente musical,e mesmo em uma animação tudo parecia até real.Cena que chega em seu ápice quando Rafik,lá de cima de uma pedra,apresenta Simba para todos os animais do reino.


47º A ESCOLHA DE SOFIA (1982)
O proprio nome do filme já revela sua cena marcante.A escolha de Sofia,onde ela tem que escolhr entre a filha ou o filho.


46º FORREST GUMP (1994)
Poucos não se emocionam com a simpática vida de Forrest Gump,muitas deixaram a emoção falar mais alto em um dos pontos altos do filme,onde ele corre de outros meninos que o perseguem.As pernas improvisadas se soltando,misturada com amarcante trilha sonora e é claro um incentivo da amada (Corra Forrest,corra!) faz da cena um dos pontos altos do filme


45º INDIANA JONES - OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (1981)
O modo como somos apresentados a um dos maiores heróis da história do cinema,marcou e marca até hoje e por várias vezes é plagiada a cena em que Indiana Jones corre,fugindo e uma gigantesca pedra redonda que vai átras dele.Vemos ali o impossível e o possível juntos e temos a verdadeira sensaçõ do que é aventura


44º TEMPOS MODERNOS (1936)
Charles Chaplin pode se orgulhar por ter criado um dos maiores,senão o maior,ícone do cinema: Carlitos,em "Tempos Modernos",ele nos brinda com uma das mais cômicas cenas já filmada,e não se trata da fatídica seqüência das engrenagens,e sim da crítica feita ao capitalismo,Carlito fica louco de tanto trabalho e acaba levantando uma bandeira vermelha e assumindo a liderança de um grupo de trabalhadores revoltados,o detalhe é que ele não sabe que acabou virando líder e levanta a bandeira sem saber o que está representando


43º O BEBÊ DE ROSEMARY (1967)
Roman Polanski foi corajoso em gravar a cena mais polêmica de seu suspense.Em um sonho,Rosemary se vê fazendo parte de um ritual secreto,em que é amarrada é submetida a várias coisas.Os participantes da seita são os bondosos vizinhos e o próprio marido.O problema é que o ritaul realmente aconteceu na estória.Planski foi corajoso em gravar a cena,pois sua mulher morreu em um ritual bem parecido com o que vemos durante o filme


42º PERFUME DE MULHER (1992)
É sempre bom ver a habilidade de um veterando em uma atuação marcante,Al Pacino faz da cena em que seu personagem,um ex-oficial cego dança tango com uma mulher um clássico absuloto do cinema.A cena de "Perfume de Mulher" cai no gosto dos cinéfilos e se destaque por ter ficado mais popular do que o próprio filme em questão


41º BONEQUINHA DE LUXO (1961)
A delicadeza e a beleza de Audrey Hepburn ajudam a criar uma cena marcante na história do cinema.O romance "Bonequinha de Luxo" tem suas surpresas,mas nada marca mais que a cena inicial,em uma quinta avenida deserta,onde a personagem de Hepburn anda,impecável e de repente acena para um táxi e vai embora.Marcante


40º O EXORCISTA (1973)

O demônio possuindo a menina já assustou a muitos,mas nenhuma cena no épico de Terror marcou tanto quanto a garota virando a cabeça 360? graus


39º BEN-HUR

William Wyler filmou nesse épico uma cena trabalhosa e marcante.A corrida de cavalos que revela a máxima competitividade entre os ex-amigos,agora inimigos mortais Judah e Messala entrou para a história do cinema,e merecidamente,é de se acompanhar com os olhos grudados na tela


38º A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (1947)
-Você quer a Lua?
-E o Que eu Faria com ela?
-Você pode comê-la

Um traço de felicidade antes da vida de ambos os protagonistas virarem ao avesso


37º CÃES DE ALUGUEL (1992)
A loucura de Mr. Blonde e o ódio aos policiais assume seu ápice quando ele,em uma dança macabra,com música de cultura pop,arranca a orelha do policial amarrado em uma cadeira.Só a cena já vale o filme


36º O PODEROSO CHEFÃO - PARTE 3 (1991)
Quem assiste ao filme de Coppola,torce durante todos os 180 minutos para ver a péssima atriz Sofia Coppola desaparecer de lá,na cena em que sua personagem morre,quem rouba a cena dela é logo Al Pacino que faz uma atuação incrível,vemos o sofrimento e o susto estampado em seu rosto.Pertubadora cena muda


35º O MÁGICO DE OZ (1939)
Antagonica,clássica e até mesmo batida a cena de "O Mágico de Oz",um jogo deslumbrante de cores e personagens bem caracterizados fazem da cena onde Doroth canta "Over in the Raibown" na estrada de tijolos amarelos uma passagem marcante na história do cinema


34º MOULIN ROUGE (2002)
A magia e o amor estão no ar,e nessa cena estão literalmente no ar.Nicole Kidman e Ewan McGregor caminha em uma plataforma flutuante ao som de "Came What May",fantástica declaração ao amor desse musical


33º A GENERAL (1926)
Quem conseguiria fazer uma cena de ação tão perfeita em uma época em que os recursos cinematográficos eram escasso?Certo,Buster Keaton na fatídica cena onde uma locomotiva anda sob uma ponte pegando fogo e cai em um riacho.A cena hoje é simplória,na época,inovadora


32º PERSONA (1966)
Uma cena intrigante e extremamente difícil,onde as personagens de Liv Ullmann e Bibi Andersson se fundem em uma só,elas viram uma mulher de duas caras,a cena,mesmo nunca tendo acontecido,e fantástica e tem importância fundamental para a estória


31º A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM (1967)
Sra. Robinson tenta seduzir Benjamim de qualquer maneira,na cena em que ambos estão sozinhos em casa e ele pergunta: "Sra. Robinson,está tentando me seduzir",tudo é hilário,até ela levantando o vestido e usando as pernas para seduzi-lo sem se conformar com o fracasso das tentativas


30º ACONTECEU NAQUELA NOITE (1935)
A cena da carona,dirigida com toda a leveza de Frak Capra.
Muitos já tentaram copiar,nenhum conseguiu se igualar


29º APOCALYPSE NOW (1979)
Toda a crueldade em volta da Guerra do Vietnã é mostrado nesse clássico filme de guerra.Muitos se lembram dos helicopeteros sobrevoando a praia,cena clássica do filme


28º UM CORPO QUE CAI (1958)
A direção do filme não poderia ser melhor,o suspense conta com a cena perfeita,em que Hitchcock mostra todo o seu talento.Ao mostrar o personagem de James Stewart vestindo uma mulher conforme a mulher que ele amava e que se matou.A cena dele a trasformando na imagem que tinha a outra vai sendo conduzinda lentamente,e vamos sentindo todo o impacto dela


27º UM SONHO DE LIBERDADE (1994)
Talvez a liberdade seja o bem mais preciosos para um homem,e nós não saibamos disso,o personagem de Tim Robbins sabe bem disso,e a prova é a cena antagônica de "Um Sonho de Liberdade",quando ele consegue fugir da cadeia e da ditadura de um comandante.A cena de seu personagem abrindo os braços e sentindo a chuva chega a perfeição


26º DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (2004)
O neo realismo italiano,parece estar na América Latina,nas andanças do jovem Che Guevara pelo continente eles encontram um hospital de leprosos,onde o próprio hospital fica do outro lado de um rio da colônia em que eles estão.É de encher os olhos a cena em que Ernesto Guevara,mesmo sofrendo com asma,atravessa um rio frio à noite para passar seuaniversário com os leprosos.É um grito a favor da inclusão,e tudo ao som da fantástica "Del Otro Lado del Rio"


25º MARY POPPINS (1965)
A visão de babá perfeita apresentada pela Disney e representada por Julie Andrews tem uma cena marcante,e ela está logo no início,onde a babá perfeita chega em uma ventania,sombria aberta e está ela voando,vindo dos ceús para trazer alegria para a vida de duas crianças ignoradas pelo pai


24º CIDADÃO KANE (1941)
Orson Welles coloca o tom sombrio de sua obra prima,e para isso ele precisa de menos de dois minutos,rapidamente ele mata seu protagonista e coloca o mistério do filme todo ali,a boca de C.F.Kane abrindo-se para falar "Rosebud" e logo depois o enfeite que cai de suas mãos anunciando a morte do mesmo.A direção é pefeita e detalhada,o mistério já está lá


23º BELEZA AMERICANA (1999)
Uma trilha Sonora marcante,a direção segura de Sam Mendes cria uma cena que acontece apenas na cabeça do personagem de Kevin Spacey,mas que ninguém reclamaria se realmente acontecesse durante o filme.A ninfeta que representa toda a beleza americana deitada nua,petálas de rosas tampam o seu corpo e petálas de rosas caem em cima dela.


22º UMA RUA CHAMADA PECADO (1952)
Uma das cenas mais memoráveis da história do cinema.O rude Stanley se readmindo e tentando reconquistar o amor de Stella,a cena da chuva com Marlon Brando ajoelhado gritando "Hey Stella" marcou o cinema de uma forma inesplicável,porém o mais engraçado é,depois do término da cena a vizinha fala que Stella sempre volta para ele


21º ÚLTIMO TANGO EM PARIS (1971)
Marlon Brando e Maria Schneider estão perfeitas no máximo do erotismo do cinema.
Falar de"Último Tango em Paris" é apenas pedir para que lembrem da cena da manteiga


20º E.T. - O EXTRA TERRESTRE (1982)
É de se admirar a capacidade que Steven Spielberg tem de criar cenas memoráveis para o cinema,em E.T. ele faz uma das cenas mais encantadoras e mais lembradas até os dias de hoje.Et mostra a sua magia e faz a bicicleta voar,deixando apenas a silhueta de um garoto com a bicicleta em frente a lua cheia.Formidável


19º O PECADO MORA AO LADO (1955)
A cena mais sexy e sensual da história do cinema,e o interessante é que ela não é,e nem precisa ser vulgar.A vizinha Marylin Monroe deixa a sensação boa de um vento passar por suas pernas,e se deliciando com isso vemos ela segurando a saia que insiste em levantar.É de deixar qualquer um louco


18º MAGNÓLIA (1999)
Paul Thomas Anderson monta um drama tão bem,que até uma chuva de sapos chega a fazer sentido.No momento que uma dúzia de personagens estão vivendo o momentos máxima de conflito,estão preste a perdição total,desaba do céu uma chuva de sapos,que faz todos repensarem seus problemas.Genial!


17º 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968)
Stanley Kubrick faz de sua obra prima ainda mais enigmática,e também mais complexo ao final do filme,quando nasce a estrela-homem,quando nasce um novo ser vivo.Quando,depois de uma jornada pelo auto conhecimento o homem se vê renascendo ou...ah interprete como quiser,como já dizia o próprio Kubrick: se alguém entendesse o final de 2001,seu objetivo não seria cumprido


16º HAIR (1979)
Poucas cenas em musicais foram tão engraçadas como a seqüência dos hippies em uma festa da alta sociedade,as roupas largadonas deles em contrate com as roupas elegantes dos anfitriões e convidos,e o melhor vem na seqüencia em que Berger começa a cantar em cima da mesa.Ele andando em cima da mesa em frenta a um monte de ricos horrorizados é hilário


15º A DAMA E O VAGABUNDO (1955)
Pare e pense!Qual é o beijo mais memorável da história do cinema.Dúvido que muitos não tenham pensado em "A Dama e o Vagabundo",na história de amor do cão Vagabundo e da cachorrinha Lady e acima de tudo do magnífico jantar,como,eles vão se unindo através de um fio de espaguete e terminam em um grande beijo


14º A DOCE VIDA (1959)
Em "A Doce Vida" vemos uma cena fantástico,que por si só já justificaria todo o filme.A câmera de Fellini é leve,mas o que imprensiona é como a cena também é pesada.O banho na fonte retrata um estilo barroco:culpa,proibição,mas oa mesmo tempo é belo,é uma mulher bela se banhando no meio da noite em um lugar belo.É uma cena com uma direção leve,mas ao mesmo tempo muito pesada.É o proibido é mais gostoso!


13º TAXI DRIVER (1976)
A antagônica cena em que Robert deNiro se ameaça diante de um espelho fica marcada para sempre no cinema.Na obra prima de Martin Scorsese vemos um Travis já paranóico com a violência urbana.


12º ERA UMA VEZ NA AMÉRICA (1984)
O estupro em "Era Uma Vez na América" marca uma das maiores cenas da história do cinema,um estupro frio depois de uma noite perfeita.Um protagonista que não agüenta levar mais foras da amada,e olha que ele agüenta tal coisa desde quando eram crianças,se ele não podia a possir por bem,seria por um violento estupro.A cena muda e a câmera de Sergio Leone imortalizaram-na


11º CINEMA PARADISO (1989)
Grandiosa a seqüencias dos beijos ao final de Cinema Paradiso,um final imprevisível que ao mesmo tempo faz vir todo o filme em nossa cabeça.Para cinéfilos a cena tem um impacto ainda maior,nos faz lembrar porque amamos tanto a sétima arte.
Os beijos é o ponto mais alto de um filme cheio de pontos altos dirigido por Tornatore


10º O GRANDE DITADOR (1940)
Simpática,leve e ao mesmo tempo afiada a crítica que Charles Chaplin faz contra o ditador Hitler e a guerra,ainda no início,com a cena do Globo Terrestre em "O Grande Ditador".Merecido décimo lugar,vemos Chaplin interpretando Hynkel,ditador que brinca com o mundo todo em sua mão,ele o domina,mas por quanto tempo?Até o Globo Terrestre de mentira estoura em suas mãos,o que ele faria então com o verdadeiro?


09º O PODEROSO CHEFÃO (1972)
Poucos cenas mostraram um contraste tão grande de uma mesma pessoa como a antagônica cena do batizado em 'O Poderoso Chefão".Enquanto Michael Corleone jura criar seu afilhado na religião e jura que renuncia o diabo,seus capangas promovem uma grande chacina para vingar a família Corleone,o contraste entre o batizado e os assassinatos são marcantes.O trabalho de edição foi excepxional


08º O SÉTIMO SELO (1957)
Antonius Block retorna das cruzadas e recebe a visita da própria morte,afim de ganhar mais tempo ele a desafia para uma partida de xadrez.A cena mostrando Block e a Morte em um jogo de xadrez já revela a genialidade do filme,os debates filosoficos que ambos promovem ajudam a imortalizar ainda mais a cena


07º CREPÚSCULO DOS DEUSES (1950)
Existe quem diga que "Crepúsculo dos Deuses" é o filme mais ousado da história do cinema,Billy Wilder orquestra com brilhantismo uma crítica pesada,revelando todos os podres de Hollywood,o desfeche do filme da um toque ainda mais pesado para a tragédia de Norma Desmond,Gloria Swanson mostrou uma atuação perfeita na cena em que sua personagem,vai descendo as escadas de sua mansão.Achando que está gravando seu tão sonhado filme,ela vai descende lentamente,com uma elegância perfeita,completamente louca.Está lá o resultado do que Hollywood fez com ela


06º LARANJA MECÂNICA (1971)
A cena do estupro tem uma sincronia perfeita,Alex deLarge horroriza a todos,quando achamos que ele e sua gangue não seria capaz de nada mais,eles fazem o inacreditável.Seguram um escritor e o obrigam a assistir Alex estuprando sua própria mulher.A cena não seria mais marcante se enquanto estrupasse Alex não cantasse "Singing in the rain"


05º ...E O VENTO LEVOU (1939)
Poucos cenas foram tão copiadas como o famosos juramento de Scarlet O´Hara em "...E o Vento Levou",a menina fútil trasformou-se após sofrer com a guerra,e olhando um belo horizonte,com um punhado de terra na mão,ela usa Deus como testemunha e jura diante ao crepúsculo que "jamais passará fome outra vez".Marcante atuação de Vivien Leigh,brilhante o trabalho de direção de arte,figurino e maquiagem,excepcional trilha sonora acompanha a cena


04º STAR WARS V - O IMPÉRIO CONTRA ATACA (1980)
Luke Skywalker e Darth Vader lutam pela primeira vez na saga "Star Wars",a luta dos dois logo se tornou antagônica.George Lucas quebra o ritimo do episódio anterior,desta vez quem vence é o grande vilão.O mocinho apanha e muito,mas nada marca "Star Wars" quanto a grande frase "Eu Sou seu Pai!".Na época do lançamento do filme não se sabe quem ficou mais horrorizado com a surpresa: Luke Skywalker ou o público que assistia "Star Wars"


03º O ILUMINADO (1980)
Na obra máxima de terror,o mestre Stanley Kubrick nos brinda com a cena mais assustadora do cinema,e como cutou para fazerem a cena!Jack Torrance da machadadas na porta,e Wendy grita,Kubrick fez a cena se repitir 150 vezes até os gritos da atriz Shelley Duvall parecerem reais (e talvez ao final tenham sido reais mesmo),e para completar ainda vemos uma excepcional performace de Jack Nicholson,na hora que seu personagem coloca o rosto na porta e fala "Johnny is here".Marcante


02º PSICOSE (1960)
O assassinato do chuveiro não é apenas uma cena que já foi copiada (mas nunca igualada) em vários lugares,também não é apenas uma das cenas mais lembradas popularmente,é um marco no cinema.Hitchcock inova ao matar sua protagonista em 40 minutos de filme.E como ele filma bem!Mostra-se um close-up no grito de Marion,outro na barriga onde leva a facada,mostra ela caindo até a "mãe" de Norman Bates ir embora e ainda mostra o sangue escorrendo pelo ralo.O assassinato é marcante,a trilha sonora não menos.Segundo Lugar para "Psicose"


01º CANTANDO NA CHUVA (1952)
Fechando os olhos e pensando em uma cena de cinema,poucos não vão lembrar da cena máxima que a sétima arte já produziu.O primeiro lugar vai para "Cantando na Chuva",a antagónica cena em que Don Lockwood sai dançando e cantando em baixo de uma tempestade.A música "Singing in the rain" ajudou a imortalizar a cena.Nenhuma cena mostra a felicidade máxima de um personagem tão nítida,nenhuma cena é capaz de se igualar a esse marco do cinema



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sábado, 15 de março de 2008

Crítica - Persepolis

Sempre que me deparo com um personagem subversivo em um filme nutro fortes relações com o mesmo. Foi assim com Alexander De Large em “Laranja Mecânica”, Travis Brickle em “Taxi Driver”, Ferris Bueler em “Curtindo a Vida Adoidado” (apesar deste filme não ser nenhuma obra-prima) e, principalmente, Tyler Durden no excepcional “Clube da Luta”. Neste “Persepolis” minha relação com a protagonista Marjane Satrapi não foi muito diferente, principalmente se levarmos em conta que a mesma era comunista em sua infância e início de adolescência e anarco-niilista durante o final de sua adolescência e início da fase adulta. Mas por que estou dizendo tudo isso? Para ser sincero com o caro leitor e para que o mesmo possa perceber o quão subjetiva será a crítica a seguir e, é claro, que em momento algum isto deprecia minha análise, muito pelo contrário, estou fazendo propaganda positiva da mesma.





Ficha Técnica: Em Andamento




Sinopse: Marjane Satrapi (Chiara Mastroianni) é uma garota nascida na década de 70 que faz parte de uma família iraniana subversiva e revolucionária que, acima de tudo, vai de encontro com os ideais do Xá (imperador iraniano) da época. Após sobreviver a um terrível bombardeio, os pais de Marjane decidem enviá-la a França, pois o Irã não era mais um país seguro a mesma. É na Europa que a protagonista conhece um grupo de amigos que acaba exercendo uma forte carga intelectual na garota, fazendo com que a mesma tenha uma outra visão sobre o Irã, quando retorna ao mesmo mais tarde, percebendo que a Revolução Islâmica não mudou em nada aquele país, muito pelo contrário, tornou-o ainda mais hipócrita.



Persepolis Trailer



Crítica:



Está cada vez mais difícil encontrarmos um filme que se proponha a debater política de maneira realmente interessante. Mais difícil ainda é encontrar um filme que se proponha a debater a política do Oriente Médio (ou de um de seus países que seja) de maneira realmente interessante. Mais difícil ainda (na verdade, quase impossível) é encontrarmos um filme que faça isso de maneira precisa, mas descontraída e divertida. Marjane Satrapi uniu toda a sua inteligência e experiência de vida e conseguiu fazer deste “Persepolis” uma auto-biografia extremamente competente, realista, politizada e divertida. Repleto de um humor muito bom, alternando entre piadas agridoces, politizadas e de um humor negro inteligentíssimo, “Persepolis” se revela uma animação bem acima da média nos apresentando a uma protagonista para lá de interessante. Particularmente (e aqui começa a subjetividade da análise, conforme havia informado o leitor em meu comentário pré-crítica), me relacionei demais com a protagonista e não havia nem como se relacionar. A garota é politizada, vai de encontro à maior parte dos ideais da sociedade em que vive e considera Iron Maiden a sua banda predileta. O modo como a mesma emprega argumentos para defender seus ideais também fez com que eu me relacionasse muito com ela (pararei com a subjetividade da crítica por aqui). A estória também é fantástica e pode ser perfeitamente dividida em três atos diferentes, sendo o primeiro que narra a infância de Marjane apresentando críticas ferrenhas à política iraniana e os conservadorismos (comprar uma fita K7 de uma banda de rock era quase como comprar uma grama de cocaína) da época, o segundo o que nos apresenta à convivência da protagonista na Europa, bem como a formação filosófica e ideológica desta e o terceiro nos retrata a volta de Satrapi à sua terra natal, que é quando ela se dá conta de que a Revolução Islâmica apresentou poucas mudanças à mesma. Infelizmente o terceiro ato é infinitamente inferior aos dois anteriores, tirando muito do brilho dos mesmos e enfraquecendo aquilo que, facilmente, poderia se revelar uma obra-prima.



Avaliação Final: 8,5 na escala de 10,0.




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Top 11 - Diretores

Estive dando uma revisada geral no “Cine-Phylum” estes dias e percebi que eu ainda não havia realizado nenhuma homenagem a nenhum grande ídolo meu ligado à Sétima Arte (assim como o Ricardo fez com Marlon Brando e Martin Scorsese). Por este motivo decidi criar este Top 11, com a finalidade de reparar o meu erro, homenageando os meus 11 diretores prediletos e apresentando pequenas justificativas a fim de dar ênfase às minhas opiniões. Comecemos pelo 11° lugar:


11° lugar: Quentin Tarantino

Tarantino não é necessariamente um mestre na condução de câmera, mas é extremamente competente na condução de um filme. Outros aspectos marcantes deste diretor residem na sua capacidade atípica de realizar verdadeiras obras-primas com uma atmosfera de filme B e de retratar a violência cotidiana de maneira satírica e original.

Meu “Tarantino” predileto? “Pulp Fiction”, como não poderia deixar de ser.


10° lugar: David Lean

Lean, assim como Tarantino, também não é um mestre na condução de câmera, mas é um verdadeiro especialista em utilizar a fotografia de um filme a fim de conferir uma beleza plástica incomparável ao mesmo. Também é um verdadeiro mestre na condução do elenco e, é claro, na criação de épicos marcantes, tais como: “Doutor Jivago”, “Lawrence da Arábia” e “A Ponte do Rio Kwai”.

Meu “Lean” predileto? “Doutor Jivago”.


9° lugar: Sérgio Leone

Leone, ao contrário dos 10° e 9° colocados deste Top, sempre se saiu muito bem na condução de câmera, seja criando ângulos perfeitos ou, até mesmo, dando ênfase a uma simples mosca que surge no cenário. Outro ponto forte de suas direções reside na criação da atmosfera necessária para fazer com que o espectador se sinta, cada vez mais, “ligado” ao filme (como esquecer, por exemplo, o impertinente ruído do moinho na cena inicial de “Era Uma Vez no Oeste”, onde nos sentimos transportados ao Oeste Longínquo?).

Meu “Leone” predileto? “Três Homens em Conflito”.


8° lugar: Woody Allen

Allen é um diretor moderno que consegue a façanha de realizar um filme por ano e, por mais incrível que possa parecer, a maioria de suas obras se tornam extremamente interessantes. Especialista em conduzir filmes leves, mas com mensagens complexas, Allen é, geralmente, dono de uma direção simples, mas revolucionária e dinâmica.

Meu “Allen” predileto? “Crimes e Pecados”.


7° lugar: Charles Chaplin

O grande trunfo de Chaplin como diretor não é a direção do filme em si, apesar desta ser sempre ótima, mas sim a maneira extremamente sutil e leve de como este se mostra capaz de nos transmitir mensagens fantásticas de maneira divertida e dinâmica.

Meu “Chaplin” predileto? “Luzes da Cidade”.


6° lugar: D. W. Griffith

Muitos podem até achar que estou conferindo a Griffith uma posição extremamente alta no ranking pelo fato deste ser considerado o pai da linguagem cinematográfica, mas isso não é verdade. Em uma época onde o simples fato de ligar uma câmera já era tido como uma grande façanha, Griffith era capaz de conduzir cenas de batalhas épicas de forma como muitos diretores atuais não são capazes de conduzirem.

Meu “Griffith” predileto? “Intolerância”.


5° lugar: Francis Ford Coppola

Não o considero tão genial quanto os diretores que citarei abaixo, mas que Coppola é dono de uma filmografia invejável, apesar de alguns grandes deslizes, isto é. Contando com obras e direções magníficas, tais como as realizadas na trilogia “O Poderoso Chefão” e em “Apocalypse Now”, não nos resta mais nada além de aplaudir de pé este magnífico cineasta.

Meu “Coppola” predileto? “O Poderoso Chefão” (não apenas o meu Coppola predileto como também o meu filme predileto).


4° lugar: Martin Scorsese

Dono de um talento inegável, até mesmo os mais desatentos dos espectadores reconhecem isto, Scorsese se mostra competente tanto no que se refere à condução de câmera, quanto condução de elenco e filme. Responsável também por transformar roteiros fracos em grandes filmes (como é o caso de “A Cor do Dinheiro” e “Gangues de Nova York”), Scorsese brilha também ao retratar a violência de maneira crua e seca.

Meu “Scorsese” favorito? “Taxi Driver”.


3° lugar: Ingmar Bergman

Nenhum outro diretor é capaz de retratar a agonia humana de maneira tão convincente, detalhista e marcante quanto este gênio sueco. Bergman também se mostra extremamente sagaz no que se refere a debates existencialistas e sabe conduzir o elenco de suas obras como pouquíssimos diretores o sabem.

Meu “Bergman” favorito? “Persona - Quando Duas Mulheres Pecam”.


2° lugar: Federico Fellini

Se Bergman se revela um mestre na arte de debater questões existenciais, Fellini pode ser considerado um gênio neste assunto. Repletos de filosofia existencialista, os filmes de Fellini ainda contam com atuações magníficas e travellings horizontais da maneira que apenas este Deus da Sétima Arte consegue realizar.

Meu “Fellini” predileto? “8 ½


1° lugar: Stanley Kubrick

Bergman é mestre em debater questões existenciais, Fellini, por sua vez, se mostra um gênio no assunto, mas e quanto a Kubrick? Transformar um argumento sobre uma viagem espacial em um debate existencial e ainda por cima em um ponto de vista nieztschiano sobre a evolução humana é algo digno de um Deus. Um Deus na arte de debater questões existenciais (assista a “2001: Uma Odisséia no Espaço”), um Deus na arte de debater o modo como o indivíduo é influenciado pelo meio em que vive (veja “Laranja Mecânica”), um Deus na arte de satirizar uma guerra em pleno auge da mesma (confira “Dr. Fantástico”), enfim, este é Stanley Kubrick, o Deus da Sétima Arte.

Meu “Kubrick” predileto? “2001: Uma Odisséia no Espaço”.



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domingo, 9 de março de 2008

Crítica - Elizabeth - A Era de Ouro

Nutro um fanatismo incondicional na aquisição de conhecimento em História da humanidade, sobretudo em História Européia (tanto que, por várias vezes, pensei seriamente em abandonar o curso de Direito e dar início a uma faculdade de História). Entretanto, confesso não me interessar tanto pelo período ocorrido entre o Renascimento Cultural e a Revolução Francesa. Por este motivo vi-me obrigado a pesquisar algo sobre a famosa Guerra Anglo-Espanhola antes de assistir a “Elizabeth – A Era de Ouro” e confesso que em uma leitura de pouco mais de 3 minutos, aprendi muito mais sobre a mesma do que assistindo a este filme fútil de quase duas horas de duração. Não bastasse a falta de conteúdo presente em “Elizabeth – A Era de Ouro”, o longa ainda se revela extremamente cansativo e desnecessário conforme o(a) caro(a) leitor(a) terá a oportunidade de comprovar na presente crítica.






Ficha Técnica:
Título Original:
Elizabeth: The Golden Age
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra / França): 2007
Site Oficial: www.elizabeththegoldenage.net
Estúdio: Studio Canal / Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures / UIP
Direção: Shekar Khapur
Roteiro: William Nicholson e Michael Hirst
Produção: Tim Bevan, Jonathan Cavendish e Eric Fellner
Música: Craig Armstrong e A.R. Rahman
Fotografia: Remi Adefarasin
Desenho de Produção: Guy Dyas
Direção de Arte: Christian Huband, Jason Knox-Johnston, Phil Simms e Andy Thomson
Figurino: Alexandra Byrne
Edição: Jill Bilcock
Efeitos Especiais: Moving Picture Company / Machine
Elenco: Cate Blanchett (Rainha Elizabeth I), Clive Owen (Sir Walter Raleigh), Abbie Cornish (Elizabeth Throckmorton), Geoffrey Rush (Sir Francis Walsingham), Jordi Mollá (Rei Felipe II), John Shrapnel (Lorde Howard), Susan Lynch (Annette), Samantha Morton (Mary Stuart), Penelope McGhie (Margaret), Rhys Ifans (Robert Reston), Eddie Redmayne (Thomas Babington), Adrian Scarborough (Calley), William Houston (Don Guerau de Spes), Steven Robertson (Francis Throckmorton), Jeremy Barker (Ramsey), Adam Godley (William Walsingham), George Innes (Burton), Kirstin Smith (Mary Walsingham), Kelly Hunter (Ursula Walsingham), Christian Brassington (Arquiduque Charles), Robert Cambrinus (Conde Georg von Helfenstein), Tom Hollander (Sir Amyas Paulet), Laurence Fox (Sir Christopher Hatton), Elise McCave e Aimee King.



Sinopse: Inglaterra, 1585. Elizabeth I (Cate Blanchett) está quase há três décadas no comando da Inglaterra, mas ainda precisa lidar com a possibilidade de traição em sua própria família. Simultaneamente a Europa passa por uma fase de catolicismo fundamentalista, que tem como testa-de-ferro o rei Felipe II (Jordi Mollá), da Espanha. Apoiado pelo Vaticano e armado com a Inquisição, Felipe II planeja destronar a "herege" Elizabeth I, que é protestante, e restaurar o catolicismo na Inglaterra. Preparando-se para entrar em guerra, Elizabeth busca equilibrar as tarefas da realeza com uma inesperada vulneabilidade, causada por seu amor proibido com o aventureiro Sir Walter Raleigh (Clive Owen).



Elizabeth – The Golden Age Trailer



Crítica:



Elizabeth – A Era de Ouro” é um longa baseado em uma estória bastante interessante, mas que acabou sendo desenvolvida da maneira mais fútil o possível. Inspirado na Era de Ouro (como indica o subtítulo) da Grã-Bretanha, o roteiro se perde em meio a um redemoinho de informações desnecessárias e imerge em um oceano de frivolidades pecando exacerbadamente ao direcionar mais tempo (principalmente em seu início) ao triângulo amoroso formado por Elizabeth, Sir Walter Raleigh e Elizabeth Throckmorton do que aos acontecimentos históricos que realmente marcaram o período mencionado no subtítulo. Não bastasse o excesso de preocupação com relacionamentos amorosos fúteis e dispensáveis, o filme não faz a menor questão de se aprofundar nos acontecimentos políticos, históricos e sociais da época e o que é pior: retrata a Guerra Anglo-Espanhola da maneira mais corriqueira o possível, não se importando, inclusive, em passar ao telespectador, de maneira realmente convincente, os reais motivos que implicaram no conflito que resultou na maior derrota da história da Espanha. A batalha naval ocorrida entre a Inglaterra e a Armada Espanhola (uma das maiores e mais importantes da história de ambos os países) se revela muito fraca e em momento algum empolga o espectador. Não bastasse todos estes defeitos, “Elizabeth – A Era de Ouro” ainda falha gravemente em utilizar excessivamente a sua trilha sonora megalomaníaca, conferindo grandiosidade demais a cenas que não precisavam disso, mostrando-se incrivelmente pedante durante vários momentos de projeção. Mas o filme conta com vários trunfos em suas mangas, que variam desde a belíssima fotografia, passando pelo fantástico figurino e pela ótima atuação de Cate Blanchett, até a inspirada direção de Shekar Khapur. Contudo, fica difícil não notar que, mesmo criando ângulos sensacionais, Khapur se mostra extremamente incompetente em alguns momentos do longa quando alterna bruscamente uma tomada de uma câmera para outra e quando cria planos seqüências enfadonhos e desnecessários.



Avaliação Final: 3,5 na escala de 10,0.




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sábado, 1 de março de 2008

Poema - Às 4 da Manhã

O “Cine-Phylum” é, e sempre foi, um espaço virtual destinado a analisar o Cinema desde os seus primórdios (vide minha crítica de “Intolerância”), passando por sua famosa Era de Ouro (vide minhas críticas de “...E o Vento Levou”, “Cidadão Kane”, “Casablanca”, “A Felicidade Não Se Compra”, “Crepúsculo dos Deuses”, “Rastros de Ódio”, “Juventude Transviada” e “O Sétimo Selo” e as críticas do Ricardo de “No Tempo das Diligências”, “Rebecca, A Mulher Inesquecível” e “Os Sete Samurais”) e por sua fase revolucionária (vide minhas críticas de “A Doce Vida”, “8 e ½”, “A Primeira Noite de Um Homem”, “Persona – Quando Duas Mulheres Pecam”, “O Poderoso Chefão”, “O Poderoso Chefão – Parte II”, “Rocky, Um Lutador” e “Barry Lyndon”) chegando, finalmente, em sua era contemporânea (vide minhas críticas de... oras, a maior parte de minhas críticas está direcionada a esta nova era do Cinema).
Levando isso em conta, seria deveras estranho mudar o foco deste blog, nem que seja apenas um pouco. Mas acontece que eu estava completamente melancólico, depressivo e angustiado estes dias e não bastasse isso, comecei a traduzir as letras do Pearl Jam, o que me deixou ainda mais pra baixo.
Baseado nisso, resolvi escrever um poema e pensava em guardá-lo comigo mesmo, mas não tem como negar o meu amor à Arte e, convenhamos, Cinema, antes de tudo, é Arte. Por este motivo acreditei que seria interessante postar este poema no blog, mesmo que fugisse completamente do maior foco do mesmo.
Isto sem contar que tornaria a minha imagem muito mais humana e daria ao “Cine-Phylum” um caráter mais, digamos, pessoal.
Ah sim, outra curiosidade deste poema é que, acreditem ou não, minha crise passou assim que concluí o mesmo. Moral da história: poemas depressivos curam autores depressivos.
Mas vamos ao poema, que é o que interessa (ou não):



Segunda-feira
Quatro da manhã
O Silêncio aparenta ser a recompensa
E também a punição
De um homem que vivenciou mais um dia
E que também envelheceu mais um dia


Sua cabeça está deitada sob o travesseiro
Seus olhos permanecem insistentemente abertos
“Amanhã será um novo dia”: pensa ele
Um novo dia sem nada de novo
Um dia a mais na vida de alguém que espera a morte
Um dia a menos na vida de alguém que, involuntariamente, se mantém vivo


Seu corpo é seu cárcere
Um cárcere que o prende a materialismos
Um cárcere que o impede de ser livre
Um cárcere que o impede de ser feliz
Um cárcere que o impede de aproveitar a solidão
Um cárcere que o impede de sonhar


Seus sonhos despedaçados
Suas esperanças minimizadas
Seus amores não correspondidos
Seus ideais vaiados pelo grande público
Isto é tudo o que lhe resta
Isto, somado à arma pressionada contra sua testa


O gatilho jamais se move
O homem pensa
“Eu quero mesmo movê-lo?”
“Ou será que eu almejo movê-lo contra o que me rodeia?”
Tais questionamentos o perturbam
Ele já não sabe mais o que fazer


Amanhã será um novo dia
Um dia a mais na vida de quem já perdeu a esperança
Um dia a menos na vida de quem já não espera mais nada
Um novo dia cujas realizações não o levarão a lugar algum
Salvo, é claro, a questionamentos que ficarão sem respostas
Sem respostas sobre a sua existência


E a arma é cada vez mais pressionada contra sua testa
Mas o gatilho insiste em não se mover
O cano balanceia entre sua testa e o meio que o cerca
Mas nada acontece e o silêncio permanece
E junto com ele as incertezas que virão com um novo dia
Um dia a mais na vida de quem já está farto de esperar a morte chegar.



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