domingo, 22 de fevereiro de 2015

Oscar 2015 - Minhas Previsões

Novidade: ando bem sumido do blog. Também, o Cinema anda cada vez mais repetitivo e desinteressante, não? Sejamos francos, as séries de TV – sejam de comédia (apesar que essas mais recentes são bem sem graça), sejam de drama – andam matando a pau e a nossa querida Sétima Arte, gradativamente, se afunda em mega produções de super-heróis com fórmulas mais do que manjadas e em filmecos machistas feito pra mulherada se apaixonar, já que mulher é o bicho mais misógino (e quem escreve isso é a pessoa mais misógina da história da misoginia) que existe (isso na esfera mainstream) e (agora na esfera cult) em dramas existenciais entediantes sobre o nosso cotidiano entediante (ainda nutro forte interesse por essa esfera, já que poucas coisas me atraem tanto quanto produções fílmicas que mostram o quão a raça humana é patética e um completo desperdício de tempo).

E já que falei de séries de TV, confesso que o Oscar desta noite me atrai unicamente pelo fato de ser apresentado pelo ícone mor, o ator que encarna o meu personagem favorito das sitcoms (Barney Stinson): Neil-Patrick Harris (aliás, o cara é tão foda que é gay na vida real, mas encarna o símbolo máximo do heterossexualismo masculino nas telinhas). De resto, pelos filmes em si, pouco me chama a atenção. Tanto que, sinceramente, não assisti à nenhuma única produção indicada a um único prêmio sequer nesta edição dos Academy Awards. Hoje, talvez (disse talvez) eu assista a Boyhood, Birdman e, quem sabe, A Teoria de Tudo. Em todo o caso, segue este testemunho como prova de meu total desinteresse por esta Arte que, se não tomar cuidado, vai rumar pro estilo de Cinema Sensorial que pudíamos ver no livro Admirável Mundo Novo, ou seja, filmes sem conteúdo narrativo que visavam unicamente trabalhar os sentidos do espectador (tá aí o tal do cinema (com “c” minúsculo mesmo) 6D pra provar isso, né? Algo que Aldous Huxley já havia previsto em 1932).

Bom,chega de procrastinar (procrastinar é o mesmo que “enrolar”... acontece que sou o típico cara mala recém-formado em Letras que ama preciosismos gramaticais), né? Muita gente vai se perguntar (na verdade, ninguém vai se perguntar porcaria nenhuma, já que pessoa alguma vai perder tempo lendo isso daqui e eu só tô escrevendo este texto porque sou pinéu das ideias) como eu posso apostar no Oscar se sequer assisti aos indicados. A resposta é: se existe uma coisa mais formulaica e previsível do que o Cinema dos anos 2010, essa coisa é: os textos que eu escrevo... digo... a metodologia das premiações da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Vejamos abaixo uma explicação na qual tentarei, mas não conseguirei, ser sucinto. Tudo gira em torno dos indicados a Melhor Filme, dos quais, no geral, apenas dois têm chances de vitória (como acontece em todo o santo ano). Normalmente, o vencedor de Melhor Filme leva: ou Melhor Direção ou Melhor Ator/Atriz ou Melhor Roteiro Original/Adaptado... ou então dois deles... ou, meio que raramente, todos os três... acontece... difícil, mas acontece (se não me engano, aconteceu em 2011, com O Discurso do Rei). Todavia, como Oscar é política, os demais indicados precisam de algo que justifique a presença de todos os filmes na categoria principal. Aí entram os prêmios de consolação que, no geral, são: Melhor Ator/Atriz Coadjuvante, Melhor Fotografia, Melhor Montagem (por mais que, curiosamente, as produções que ganham Melhor Montagem são fortes candidatas a vencerem Melhor Filme) e, em pouquíssimos casos, Melhor Edição/Mixagem Sonora e Melhores Efeitos Visuais (sendo este último, o menos provável, já que os indicados aqui normalmente passam longe dos prêmios principais, exceto nos casos do magnânimo O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e do ótimo A Invenção de Hugo Cabret, apesar que neste último a indicação a Melhor Filme é mais influência de Martin Scorsese do que qualquer outra coisa). Vale lembrar também que é bastante comum acontecer o contrário, ou seja, um indicado a Melhor Filme estar ali só para “encher linguiça”, uma vez que ele é, por exemplo, o mais forte candidato a vencer Melhor Fotografia (caso do melhor filme do século: A Árvore da Vida, apesar que o roteiro do filme e o nome de Terrence Mallick também contaram muitos pontos aqui) ou Melhor Ator Coadjuvante (caso do fraco, em função de sua frágil estrutura narrativa, Tão Forte e Tão Perto, cujo hype estava todo a favor de Max von Sydon, que acabou tendo o tapete puxado por Cristopher Plummer). Vamos então às minhas apostas, os tiros mais no escuro que já dei em toda a minha vida (afinal, repito que ainda não assisti a nenhum dos indicados em quaisquer categorias que sejam) e, duvidam que eu acertarei fácil fácil a maioria? Melhor Filme Vai vencer: Birdman (ao contrário do que muitos acreditam, o maior indicador do prêmio principal do Oscar é o PGA (a premiação do sindicato dos produtores de Cinema dos Estados Unidos), não o Globo de Ouro (que, na verdade, é o maior “desindicador” do prêmio principal, embora este tenha surpreendido nos dois últimos anos). Levemos em conta então que: de 2005 pra cá, o Globo de Ouro “acertou” apenas trinta por cento dos vencedores do Oscar (Quem Quer Ser um Milionário?, Argo e 12 Anos de Escravidão) enquanto que o Producers Guild Awards “acertou” setenta por cento (mais do que o dobro), não deixa de ser mais prudente apostar em Birdman nesta disputa do que em Boyhood, correto?). Tem chances de vencer: Boyhood (a verdade é que a gente desce a lenha na previsibilidade do Oscar (eu mesmo desci, no texto gigante que escrevi acima), porém, neste ano, temos que admitir que apostar na vitória de Birdman não é nada fácil. Boyhood tinha tudo pra ser A Rede Social de 2015, já que começou com um hype altíssimo no final de 2014, deu uma esfriada com a sua vitória no Globo de Ouro (afinal, tal premiação, geralmente, mais atrapalha do que ajuda), mas consolidou-se, todavia, com suas vitórias no Critics Choice Awards e, principalmente, no Bafta (a meu ver, o segundo maior termômetro para o Oscar). Ainda que o PGA seja, de fato, o PGA, uma vitória de Boyhood não seria nada surpreendente. Diria que Boyhood tem 49% de chances de vitória, contra 50% de Birdman e 1% de A Teoria de Tudo. Aposta complicada). Melhor Diretor Vai vencer: Richard Linklater, por Boyhood (categoria ainda mais complicada do que Melhor Filme! Na verdade, muito mais complicada! Na verdade, booooota muito mais complicaaaaada nisso!!!!! Linklater levou o Bafta, levou o Critics Choice Awards e, convenhamos, realizou uma tarefa hercúlea e nada típica (o que mais tem chamado a atenção em Boyhood, por sinal): trabalhou em um mesmo filme por doze longos anos sem, aparentemente, permitir com que a sua estrutura narrativa ficasse fragmentada ou confusa (pelo menos foi o que pude perceber pelas críticas que li). Aposto, por muito pouco, em Richard Linklater, com cerca de 50,1% de chances de vitória). Tem chances de vencer: Alejandro Gonzáles Iñárritu, por Birdman (Iñárritu é muito bem cotado pelas premiações estadunidenses, já foi indicado inúmeras vezes, sem nunca ter vencido, levou o Directors Guild of America Awards (DGA) pra casa e o hype de Birdman subiu muito nos últimos dias. Por outro lado, Linklater só tem uma indicação ao Oscar, e é como roteirista (Roteiro Adaptado por Antes do Pôr do Sol), não na condição de diretor, o que pode pesar um pouco. Ainda assim, “dou um tiro bem no escuro” em Linklater, acreditando, no entanto, que Iñárritu tenha 49,9% de chances de vencer). Melhor Ator Vai vencer: Eddie Redmayne, por A Teoria de Tudo (aqui a aposta já é um pouco (bem pouco, pra falar a verdade) mais garantida do que nas duas principais categorias. Redmayne levou SAG (maior termômetro para o Oscar quando o assunto em questão é atores e atrizes), levou Bafta e, melhor do que tudo isso, somou duas das principais preferências da Academia neste quesito: interpretou uma celebridade (Daniel Day-Lewis, como Lincoln, por exemplo) + interpretou alguém com limitações físicas = interpretou uma celebridade com limitações físicas. Se tivésse interpretado então uma celebridade com limitações físicas e mentais, já teria vencido o Oscar de 2015 por volta de 1815 ou até mesmo antes). Tem chances de vencer: Michael Keaton, por Birdman (o cara é um ator extremamente veterano que se torna um ícone de filmes pouco sérios (leia-se: filmes que a Academia não julga dignos de sequer arranharem os seus troféus carecas), aí ele embarca no que pode ser o seu primeiro filme “sério” em anos e se “redime”. Quer maior oportunidade pra dar Melhor Ator pra ele? Soma-se isso à sua vitória no Critics Choice Awards e pronto. Temos que levar em conta também uma pequena questão de lógica que eu ignorei: se Birdman vencer como Melhor Filme e Iñárritu perder como Melhor Diretor (o que, como podem notar nas previsões acima, acabou sendo a minha escolha), que “desculpa” a Academia vai dar por indicar Birdman com tanta veemência? Melhor Roteiro cai bem (e vou apostar em Birdman em Melhor Roteiro Original, por mais que o prêmio certamente vá ficar com O Grande Hotel Budapeste), todavia, seria o bastante (não me levem a mal, pra mim, roteiro é disparado o principal ingrediente de um filme, mas o Oscar nem sempre pensa deste modo)? Eis a questão. Ainda assim, creio que Redmayne tenha mais chances pela fórmula de sua atuação e pela relevância de seus prêmios conquistados anteriormente. 47% Keaton contra 53% Redmayne. Sem mais). Melhor Atriz Vai vencer: Julianne Moore, por Para Sempre Alice (enfim uma categoria previsível, nos padrões Academy Awards. E não é que as categorias mega previsíveis fazem falta? Bom, Julianne Moore tem tudo que um indicado precisa ter para levar qualquer prêmio da noite para casa: foi indicada “n” vezes (cinco vezes, pra ser exato) e nunca levou, faturou SAG, Critics Choice Awards, Bafta e, se tivésse desfilado na Sapucaí, também levaria (#momentopiadasemgracaridiculaedesnecessaria). Seria a maior barbada da noite, não fosse por dois pontos em questão: Para Sempre Alice não foi indicado à categoria principal (aliás, as críticas do filme as quais li são bem negativas, na verdade) e, por se tratar de Oscar, temos a questão política também. Afinal, se Redmayne perder para Keaton, em Melhor Ator (e há sim possibilidades disso acontecer, conforme mencionei na categoria acima), como justificaríamos a força de A Teoria de Tudo nesta premiação?). Tem chances de vencer: Felicity Jones, por A Teoria de Tudo (pelos motivos que citei ao final do parágrafo supra. Ainda assim, é mais fácil eu terminar a noite fazendo um ménage com uma loira, uma morena, uma ruiva, uma mestiça, uma afro e uma oriental do que Moore perder aqui. A segunda maior barbada, perdendo apenas para a categoria abaixo). Melhor Ator Coadjuvante Vai vencer: J.K. Simmons, por Whiplash (Simmons é um ator veterano sem nenhuma vitória nos Academy Awards até então. Não menos importante do que isso, levou tudo o que viu pela frente: SAG, Bafta, Critics Choice Awards e... posso repetir a piada da Sapucaí que fiz com Julianne Moore, logo acima? Ok. Sem piadinhas. Vale mencionar também que Whiplash, filme pelo qual concorre, foi ovacionado e está concorrendo ao prêmio principal. Como a Academia justificaria tal indicação de outra forma, uma vez que o longa não ter a menor chance de vitória em outras categorias? Maior barbada da noite, disparada... e olha que Julianne Moore já está praticamente com as duas mãos e metade da unha do dedo mindinho direito na taça). Tem chances de vencer: Edward Norton, por Birdman (vai que Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia pra Birdman não sejam o bastante pra justificar sua vitória em Melhor Filme (isso no caso de Iñárritu e Keaton realmente perderem), a Academia pode inventar de dar o prêmio em questão pra Norton com tal propósito. Mas, neste caso, é mais fácil eu terminar a noite fazendo um ménage com o dobro de mulheres (todas com as mesmíssimas características) que elenquei pro caso de Moore perder). Melhor Atriz Coadjuvante Vai vencer: Patricia Arquette, por Boyhood (Arquette não só venceu todas as principais “premiações-termômetro” como também fez um trabalho complicadíssimo: viveu por 12 anos a mesmíssima personagem, algo que não só é inédito no Cinema (até onde eu saiba), mas também dificílimo de ser realizado. Imagine você: ator/atriz, durante doze anos ter a missão de interpretar a mesma personagem sem jamais perder a composição desta, levando-se em conta que, além disso, você tem outros projetos em andamento? Complicado, né? Soma-se tudo isto ao de Arquette ser uma veterana até então nunca indicada e Oscar nela). Tem chances de vencer: Keira Knightley, por O Jogo da Imitação (pode ser que a Academia “keira” (entenderam o trocadilho? “keira”? Hã? Hã?... Ok #momentopiadasemgracaridiculaedesnecessaria – parte 2) justificar a indicação de O Jogo da Imitação dando o prêmio pra Knightley (que, por sinal, já indicada várias vezes e nunca venceu, o que contam pontos a favor), mas as chances disso acontecer seriam as mesmas (pra não perder o costume) de eu terminar a noite num ménage com Patricia Arquette e Keira Knightley. Nada mal, aliás, hã?). Melhor Roteiro Adaptado Vai vencer: O Jogo da Imitação (aqui sim a Academia pode, de fato, justificar a indicação de O Jogo da Imitação a Melhor Filme. Isso sem contar que o longa venceu o WGA (Writers Guild Awards, maior indicador para o Oscar nas categorias de roteiro) de Melhor Roteiro Adaptado, o que já é meio caminho andado). Tem chances de vencer: Whiplash (o prêmio de consolação de Whiplash já será a vitória em Melhor Ator Coadjuvante, mas às vezes... vai saber...). Melhor Roteiro Original Vai vencer: Birdman (se fosse pra apostar grana viva, tal como eu fazia quando apostava na liga de baseball estadunidense/canadense, apostaria em O Grande Hotel Budapest, que certamente vai vencer. Contudo, decidi fazer uma aposta de risco alto: vai que Iñárritu e Keaton não vençam em suas respectivas categorias (conforme previ) e Birdman vença o prêmio principal (também conforme eu previ), como faz? Como a Academia vai justificar o prêmio máximo da noite entregue a um filme que sequer mereceu vencer nos principais quesitos? Por isso aposto em Birdman para Roteiro Original. Caso perca aqui, tem grandes chances de perder em Melhor Ator ou em Melhor Diretor. Ou até mesmo de perder nos dois). Tem chances de vencer: O Grande Hotel Budapest (caso eu fosse uma pessoa minimamente sensata (mas eu não sou), diria, com toda a certeza do mundo, que O Grande Hotel Budapest leva fácil Melhor Roteiro Original. E, de fato, vai levar, já que venceu o WGA 2015 nesta categoria e é a única chance que a Academia vai ter pra justificar sua indicação ao prêmio principal. Ainda assim, mantenho a minha aposta abilolada em Birdman). Melhor Filme Estrangeiro Vai vencer: Ida (a fórmula que os votantes utilizam aqui não é tão simples quanto nas demais categorias, salvo se um dos indicados também estiver cotado em uma outra categoria na qual certamente não vai ganhar. Já me cansei de dizer, em outras ocasiões, que os membros da Academia são, em sua maioria, um grupo de velhinhos ufanistas que raramente dão oportunidade a longas estrangeiros concorrerem em categorias voltadas a filmes em língua inglesa (leia-se: todas as categorias que não sejam Melhor Filme Estrangeiro ou Melhores Curtas). Quando tal evendo raro acontece, o longa perde na categoria voltada à produções em língua inglesa e vence em Filme Estrangeiro. É exatamente o que acontecerá com Ida, concorrente em Fotografia que vai perder feio pra Birdman e ganhar fácil em Filme Estrangeiro). Tem chances de vencer: vai saber... (sério, fora de brincadeira, não vejo qualquer outra produção ter chance de vitória, se não Ida (justamente pelos motivos que expliquei acima). Por outro lado, muitas vezes os votantes dividem os seus votos e o vencedor acaba sendo uma produção completamente inesperada). Melhor Animação Vai vencer: Como Treinar o Seu Dragão 2 (o primeiro agradou a todo mundo, mas competia com aquele que, talvez, seja o melhor filme de animação já produzido pela Disney/Pixar: Toy Story 3. Esta continuação, por outro lado, pareceu agradar tanto crítica quanto público, tem apelo comercial (o que é fundamental para se ganhar um Oscar nesta categoria) e não tem um grande concorrente desta vez, como aconteceu com a animação original). Tem chances de vencer: vai saber... (pois é, outro vai saber. Mas esta é uma categoria improvável mesmo. Uma Aventura Lego venceu todos os prêmios anteriores a esse e sequer foi indicada aqui. O mais provável é que fique com a animação mais bem sucedida financeiramente, mas, repetindo, vai saber...). Melhor Fotografia Vai vencer: Birdman (dentre os prêmios de segundo grau, em termos de importância, Fotografia e Montagem se destacam. Boyhood conta com um trabalho realizado durante mais de uma década e depende mais de uma montagem congruente do que de qualquer outro fator para funcionar bem. De tal forma, fica difícil imaginar a vitória de qualquer outra produção em Melhor Montagem, se não o longa dirigido por Richard Linklater. O quê? Eu deveria falar de Melhor Fotografia ao invés de Melhor Montagem. Ok, então. Como a briga da noite será entre Boyhood e Birdman e as duas categorias podem ser decisivas para a manutenção de uma disputa acirrada, o primeiro vai ficar com Montagem (aparentemente de forma merecida) e o segundo vai ficar com Fotografia (que, segundo algumas críticas que li, é excelente mesmo). E viva a (suposta) meritocracia, que em raros os casos, existe). Tem chances de vencer: Invencível (a Academia tende a gostar do trabalho de Roger Deakins, tanto que esta é a 12ª indicação dele, mas nunca o premiou. Será que vão deixá-lo de mãos abanando de novo? Provavelmente, sim (como eu disse, Melhor Fotografia para Birdman acirra a disputa entre ele e Boyhood e a Academia vai sim bater em cima disso). Mas sei lá, né... vai que...). Melhor Montagem Vai vencer: Boyhood (justifiquei o meu palpite sobre a vitória de Boyhood, em Melhor Montagem, na tentativa de defender a possível vitória de Birdman, em Melhor Fotografia... vai entender. Enfim, ctrl + c e ctrl + v, então: “... Boyhood conta com um trabalho realizado durante mais de uma década e depende mais de uma montagem congruente do que de qualquer outro fator para funcionar bem. De tal forma, fica difícil imaginar a vitória de qualquer outra produção em Melhor Montagem, se não o longa dirigido por Richard Linklater...”). Tem chances de vencer: Sniper Americano (e se os votantes quiserem justificar a indicação do longa dirigido por Clint Eastwood (o veterano mais protegido pela Academia, ao lado de Meryl Strip), em Melhor Filme, dando-lhe o prêmio de Melhor Montagem? Não considero essa uma hipótese tão absurda assim, por mais que seria uma tremenda injustiça para com o trabalho de 12 anos arquitetado por Sandra Adair). Melhor Design de Produção Vai vencer: O Grande Hotel Budapeste (pelo pouco que li sobre ela, trata-se de uma produção de grande apelo visual (não no que diz respeito à fotografia, mas sim nos demais quesitos). De tal modo, nada mais conveniente do que fortalecer a sua indicação ao prêmio principal do que dar a O Grande Hotel Budapeste um prêmio nesta categoria de segundo grau, em termos de importância. Em especial se a minha previsão maluca for comprovada e o longa perder Melhor Roteiro Original. Aí leva fácil. Tem chances de vencer: O Jogo da Imitação (os mesmissississississimos motivos que me levaram a apostar em O Grande Hotel Budapeste, em especial se a obra em questão não levar Melhor Roteiro Adaptado. Por outro lado, devemos levar em conta que a minha aposta principal nesta categoria ganhou o Bafta e isso conta sim pontos a seu favor. Bom, pessoal, é isso e... o quê? Não informei quais são as minhas demais apostas? Bom, na verdade, como disse anteriormente, não assisti à nenhuma produção neste ano (shame on me! Ou não... ninguém manda o Cinema ficar nessa pindaíba criativa), então os meus palpites serão meros tiros no escuro. Em todo o caso, vamos lá, vapiti-vupiti (que tosco!), jogo rápido, sem grandes justificativas, baseado somente em outros prêmios e em intuição (leia-se: chute descarado). Melhor Documentário: CitizenFour (ganhou o Bafta e por mais que o Oscar e a premiação britânica não sejam muito compatíveis aqui, vou arriscar em CitizenFour mesmo). Melhor Figurino: O Grande Hotel Budapeste (ganhou o Bafta e deve dominar praticamente todas essas categorias “de apuro visual”, digamos assim). Melhor Maquiagem e Penteado: O Grande Hotel Budapeste (mesmíssimo motivo). Melhor Trilha-Sonora Original: A Teoria de Tudo (se caso O Grande Hotel Budapeste vir a vencer Melhor Roteiro Original – conforme o esperado, mas não conforme eu apostei – mais as duas categorias acima, mais trilha-sonora (que também venceu no Bafta), o longa totalizaria quatro estatuetas. Seria o grande vencedor da noite sem sequer ter vencido uma única premiação dentre as principais categorias. A Teoria de Tudo, por sua vez, justificaria definitivamente o seu hype, caso levasse aqui. E é mais do que óbvio que se Keaton vencer em Melhor Ator, o longa que trata a tragetória de Stephen Hawking leva Trilha-Sonora como prêmio de consolação). Melhor Canção Original: Glory, de Selma (Selma foi indicada ao prêmio principal, mas não levou absolutamente nada, de acordo com os meus palpites (não que meus palpites sejam válidos, mas tudo bem), isso é pouco provável que aconteça e sua “redenção” pode se resumir a Canção Original). Melhores Efeitos Visuais: Guardiões da Galáxia (Interestelar seria uma aposta mais segura, mas raramente o Oscar segue os conceitos do Bafta aqui, Guardiões da Galáxia caiu nas graças do público e da crítica com o seu jeito “novo” e debochado de se fazer filmes de super-heróis (a desgraça que vem assolando Hollywood e me fez desistir do Cinema) e deve receber uma espécie de “incentivo” em forma de estatueta careca dourada, em função disso. Melhor Mixagem de Som: Sniper Americano (eis a chance defitiva de o longa dirigido por Clint Eastwood não sair de mãos abanando. Duvido que a Academia a desperdice). Melhor Edição Sonora: O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (creio eu que a nova trilogia não recebeu um Oscar sequer, não? Talvez essa seja uma boa oportunidade, por mais que O Hobbit, definitivamente, não tenha caído no gosto dos especialistas no assunto. Ademais, é um filme barulhento pra burro, e isso conta muitos pontos aqui). Bom, é isso, pessoal e... o quê? Faltaram os curtas? Ah, mas nesses eu não arrisco nada. Deixa pra lá. Se quiserem negativar pontos contra mim, que fiquem à vontade. Abraços e uma feliz premiação a todos (que Neil-Patrick Harris não permita com que morramos de tédio, né?)!