sábado, 17 de novembro de 2007

Crítica - Dança com Lobos


Título Original: Dance With Wolves
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 180 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1990
Estúdio: Majestic Film / Tig Productions
Distribuição: MGM / Orion Pictures Corporation
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Michael Blake, baseado em livro de Michael Blake
Produção: Kevin Costner e Jim Wilson
Música: John Barry
Direção de Fotografia: Dean Semler
Desenho de Produção: Jeffrey Beecroft
Direção de Arte: William Ladd Skinner
Figurino: Elsa Zamparelli
Edição: William Hoy, Chip Masamitsu, Steve Potter e Neil Travis
Elenco: Kevin Costner (Tenente John Dunbar / Dança com Lobos), Mary McDonnell (Stands With a Fist), Graham Greene (Kicking Bird), Rodney A. Grant (Wind in His Hair), Floyd "Red Crow" Westerman (Ten Bears), Tantoo Cardinal (Black Shawl), Robert Pastorelli (Timmons), Charles Rocket (Tenente Elgin), Maury Chaykin (Major Fambrough), Jimmy Herman (Stone Calf), Nathan Lee Chasing Horse (Smiles a Lot), Michael Spears (Otter), Jason R. Lone Hill (Worm), Tony Pierce (Spivey), e Tom Everett (Sargento Pepper).


Sinopse: Durante a Guerra Civil, um jovem soldado (Kevin Costner) pratica uma ato ousado, é considerado herói e vai servir por sua escolha em um lugar com forte predominância do povo Sioux. Com o tempo ele assimila os costumes dos nativos, acontecendo uma aculturação às avessas.


Dance with Wolves - Trailer


Crítica:


Sou fã incondicional do gênero cinematográfico denominado de “western spaghetti”, mas simplesmente detesto o gênero que lhe serviu de inspiração, o “western clássico” (salvo um ou outro filme). Tal repulsa não reside na parte técnica dos filmes que compõe esta categoria cinematográfica, mas sim na parte moral dos mesmos. “Rastros de Ódio” (maior representante do “western clássico”), por exemplo, me causa repulsas pela maneira como é abordada a relação entre homem branco e indígena: “homem branco = bom e civilizado” e “pele vermelha = ruim e selvagem”. Felizmente no ano de 1.990 tivemos um longa inspirado no gênero de filme cujo principal representante é “Rastros de Ódio” que abandona o asqueroso preconceito contra os indígenas e a visão eurocêntrica apresentada na grande maioria dos longas desta categoria. “Dança com Lobos” é um filme extremamente inteligente que, ao invés de perder tempo utilizando os índios como os principais responsáveis pelos maiores problemas que o homem branco veio a enfrentar durante a conquista do Oeste, opta por fazer um estudo da psicologia humana quando esta encontra-se isolada do resto de sua raça e se vê obrigada a realizar um contato com uma outra civilização para que assim possa sobreviver aos perigos impostos pela natureza local. Certamente, o maior problema enfrentado entre a convivência destas duas raças tão diferentes é a comunicação entre ambas e a maneira como o filme aborda isto só não é mais fantástica que o modo como o roteiro vai desenvolvendo os progressos diplomáticos entre o protagonista da estória (“Kevin Costner”, em um dos poucos papéis relevantes de sua carreira) e uma tribo de nativos que habita a região. O longa é muito emocionante, principalmente pela maneira como aborda as diferenças entre duas civilizações e ainda conta com aspectos técnicos praticamente perfeitos, tais como: direção, trilha-sonora, atuações, direção de arte, maquiagem, figurino e, principalmente, fotografia. Uma pena se estender mais do que deveria e perder tempo com uma estória de amor previsível.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.


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Um comentário:

Anônimo disse...

"Dança com Lobos" é um grito contra a intolerância norte americana,sobretudo com seus nativos.Mostra o outro lado da história.Faltou um pouco de ousadia por parte da direção de Kevin Costner (birra dele também,porque tirou o oscar de Martin Scorsese)
Depois deste filme,Kevin Costner simplesmente cruzou os braços e assistiu sua carreira desmoronar