terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Crítica - O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Para iniciar as atividades do “Cine-Phylum” neste ano de 2008, creio que não haja nada melhor do que publicar a crítica de um de meus filmes favoritos “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”. Este que é um longa que, devido à alta carga de fantasia inserida em seu roteiro, sofre certo preconceito por parte do público. Felizmente, a maior parte da população gosta do filme em questão e isso praticamente o transformou, merecidamente, em um “jovem” clássico do Cinema (ocupa a 50ª posição na lista dos melhores filmes de produção estadunidense de todos os tempos elaborada em 2007 pelo “American Film Institute”). Contudo, afirmo que poucas pessoas idolatram este filme tanto quanto eu. Os motivos de tal adoração? Leiam a crítica abaixo que obterão a(s) resposta(s).







Título Original: The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 178 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2001
Site Oficial: http://www.lordoftherings.net/
Estúdio: New Line Cinema / The Saul Zaentz Company / WingNut Films
Distribuição: New Line Cinema / Warner Bros.
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Frances Walsh, Philippa Boyens e Peter Jackson, baseado em livro de J.R.R. Tolkien
Produção: Peter Jackson, Barrie M. Osborne e Tim Sanders
Música: Enya e Howard Shore
Fotografia: Andrew Lesnie
Desenho de Produção: Grant Major
Direção de Arte: Dan Hennah
Figurino: Ngila Dickinson
Edição: John Gilbert, D. Michael Horton e Jamie Selkirk
Efeitos Especiais: Weta Digital
Elenco: Elijah Wood (Frodo Baggins), Ian McKellen (Gandalf), Viggo Mortensen (Aragorn), Sean Astin (Samwise Gamgee), Ian Holm (Bilbo Baggins), Sean Bean (Boromir), John Rhys-Davies (Gimli), Billy Boyd (Pippin), Dominic Monaghan (Meriadoc "Merry" Brandybuck), Orlando Bloom (Legolas Greenleaf), Cate Blanchett (Galadriel), Hugo Weaving (Elrond), Liv Tyler (Arwen Undomiel), Andy Serkis (Sméagol), Alexandra Astin (Elanor Gamgee), Sala Baker (Sauron), Brad Dourif (Língua-de-cobra), Mark Ferguson (Gil-Galad), Bernard Hill (Rei Theoden), Christopher Lee (Saruman) e Timothy Bartlett (Hobbit).


Sinopse: Numa terra fantástica e única, chamada Terra-Média, um hobbit (seres de estatura entre 80 cm e 1,20 m, com pés peludos e bochechas um pouco avermelhadas) recebe de presente de seu tio o Um Anel, um anel mágico e maligno que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso o hobbit Frodo (Elijah Wood) terá um caminho árduo pela frente, onde encontrará perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada aos poucos ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 pessoas que formarão a Sociedade do Anel.



Fellowship of the Ring Trailer

Fellowship of the Ring Trailer2



Crítica:



Em 1937, o escritor sul-africano “John Ronald Reuel Tolkien” teve a brilhante idéia de mesclar mitologia nórdica com uma mitologia que fôra criada por ele mesmo e dar início à praticamente perfeita primeira parte da fantástica trilogia literária “O Senhor dos Anéis”. Em 2001, o diretor neozelandês “Peter Jackson” adaptou este primeiro episódio da saga do anel para a Sétima Arte e o resultado se mostrou, por mais incrível que possa parecer, ainda mais perfeito que a obra original. Falando em perfeição, este longa “A Sociedade do Anel” parece ter ignorado os limites desta palavra em vários quesitos, tais como: trilha-sonora (que mescla “new age” com música sacra e épica, resultando em uma das melhores trilhas-sonoras da história do Cinema), fotografia (que de meu humilde ponto de vista, é a melhor já vista até então, superando até mesmo os sensacionais “Dr. Jivago” e “Barry Lyndon”), efeitos visuais, efeitos sonoros, direção de arte, figurino, atuações e, principalmente, direção e adaptação de roteiro que irei me aprofundar agora. Comecemos pela direção, se este filme tem um elemento infalível ele se chama “Peter Jackson”. É incrível ver a maneira como o diretor captura a alma do longa através de suas lentes. Além de nos brindar com tomadas aéreas suntuosas, movimentos com a câmera empolgantes e realizar um casamento perfeito entre direção e fotografia criando cenas inesquecíveis, o diretor nos transmite todos os sentimentos por trás da obra, dentre os quais cito a tomada em que ele demonstra, através do uso de “slow motion”, toda a dor que os protagonistas sentem após a perda de um amigo muito estimado por todos. Esta cena, aliás, é uma das mais tristes, emocionantes e belas que a Sétima Arte já nos proporcionou. Mas o grande trunfo do filme está no roteiro que, através de metáforas inteligentíssimas, nos mostra como a sede pelo poder pode destruir a vida de uma (ou de várias) pessoa(s) e subtrair da(s) mesma(s) toda a sua liberdade e felicidade. Muito mais do que um simples longa de fantasia, “A Sociedade do Anel” se revela o melhor filme do Século XXI e um dos melhores de todos os tempos.



Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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4 comentários:

Jovita disse...

Um belíssimo exemplar da sétima arte. Com toda certeza. Não canso de assistir toda vez que passa na televisão.
A trilogia da minha vida, a que me fez sentir real interesse por Cinema, sem sombra de dúvidas.
E nem o Orlando Bloom consegue comprometer o filme...

Daniel Esteves de Barros disse...

E nem o Orlando Bloom consegue comprometer o filme...

Mas isso só aconteceu porque deram a Bloom um papel extremamente inexpressivo. O Legolas da obra literária também era altamente inexpressivo, apesar de ser um pouco mais carismático que o personagem interpretado por Bloom, mas nada que comprometa a obra.

Foi graças a esta trilogia que também retomei a minha paixão pelo Cinema (abandonada desde 1994 e recuperada em 2001, justamente com este "A Sociedade do Anel").

Unknown disse...

O Senhor dos Anéis é muito mais do que um filme para mim, supera todas as expectativas, está acima do gostar ou não gostar, é incrível, fascinante,encorajador e impressionante.
Esse filme ou essa história me encoraja a viver.
Eu gosto tanto da obra de Tolkien que ela me motiva de uma forma que eu próprio tenho o sonho de fabricar minha própia história e quem sabe um dia chegar perto de da viagem de Frodo a Mordor.....

Daniel Esteves de Barros disse...

"Esse filme ou essa história me encoraja a viver."

A mim também, Pedro. A mim também.