sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Crítica - Rocky, um Lutador

Achei bastante conveniente postar uma crítica deste filme levando em conta as diversas maneiras como o mesmo é encarado por muitos. Grande parte dos cinéfilos o consideram superestimado demais, principalmente após ter faturado o Oscar® do fantástico “Taxi Driver” (que sim, é superior a “Rocky, um Lutador”). A outra parte considera-o uma obra-prima e o eleva a um status cult (não no sentido intelectual da palavra, mas sim no sentido de ser um filme muito cultuado por um determinado grupo de pessoas). Minha opinião se mescla com ambas as partes, considero-o um longa imperdível, mas também considero-o superestimado pelo Oscar®. De qualquer forma, antes todo filme que considero superestimado se saísse tão bem quanto o longa protagonizado por Stallone.




Título Original: Rocky
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1976
Site Oficial: www.toptown.com/hp/crs/rocky
Estúdio: Chartoff-Winkler Productions
Distribuição: United Artists
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Sylvester Stallone
Produção: Robert Chartoff e Irwin Winkler
Música: Bill Conti
Direção de Fotografia: James Crabe
Desenho de Produção: William J. Cassidy
Direção de Arte: James H. Spencer
Figurino: Robert Cambel e Joanne Hutchinson
Edição: Scott Conrad e Richard Halsey
Elenco: Sylvester Stallone (Rocky Balboa), Talia Shire (Adrian), Burt Young (Paulie), Carl Weathers (Apollo Creed), Burgess Meredith (Mickey), Thayer David (Jergens), Joe Spinell (Gazzo), Jimmy Gambina (Mike), Jodi Letizia (Marie) e Bill Baldwin Sr.


Sinopse: Rocky Balboa (Sylvester Stallone), um lutador de boxe medíocre que trabalha como "cobrador" de um agiota, tem a chance de enfrentar Apollo Creed (Carl Weathers), o campeão mundial dos pesos-pesados, que teve a idéia de dar oportunidade a um desconhecido como um golpe publicitário. Mas Rocky decide treinar de modo intensivo, sonhando apenas em terminar a luta sem ter sido nocauteado pelo campeão.



Rocky - Trailer




Crítica:


É muito comum que as pessoas criem um senso comum bastante negativo acerca de “Rocky – Um Lutador” antes mesmo de assistir ao filme em questão. Isto deve-se principalmente a dois fatores. O primeiro deles é o fato deste ser um longa protagonizado por “Sylvester Stallone”, que é um ator levado muito pouco a sério. O segundo fator envolve o fato de que o longa narra a história de um boxeador que precisa vencer uma luta praticamente impossível de ser vencida para se firmar na carreira, fazendo assim com que os espectadores cheguem à conclusão de que a película terá um final previsível e nada inteligente. Quanto ao primeiro fator, digo que mesmo “Sylvester Stallone” sendo um ator “especialista” em protagonizar filmes nada sérios, em “Rocky – Um Lutador” o astro de “Hollywood” faz uma atuação irretocável e repleta de carisma, encarnando seu personagem de maneira incrivelmente madura fazendo com que o mesmo soe real muitas vezes. Quanto ao segundo fator, devo dizer que além de “Rocky” não ser um filme de boxe qualquer, este conta com um roteiro perfeito que prima por conter um final ligeiramente imprevisível e bastante inteligente e ter como atrativo principal o desenvolvimento de personagens complexos. Isto sem contar que ao invés de perder tempo se focando em lutas de boxe, o roteiro opta por fazer um estudo amplo sobre os protagonistas do longa da maneira mais inteligente o possível. Rocky Balboa, por exemplo, é um sujeito bem diferente do estereótipo de lutador de boxe contido nos filmes hollywoodianos, pois o personagem em questão é um sujeito depressivo, melancólico, que não crê na vida e é subestimado por todos a sua volta, mas que ao receber uma oportunidade de se firmar na carreira de boxeador agarra a mesma com unhas e dentes (é impossível não nos emocionarmos com a persistência de Rocky). Outro ponto fortíssimo da película é o romance entre o protagonista do longa e Adrian (“Talia Shire”, minha atriz predileta, em uma atuação magistral) que é desenvolvido da maneira mais inteligente e sutil o possível, sem apelar para clichês e/ou melodramas.



Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.

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