terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Crítica - O Poderoso Chefão - Parte III

Encerrando a trilogia mais perfeita da história do Cinema, que teve a sua origem no filme mais perfeito da história do Cinema (ao menos dentre os quais eu já assisti), está este último episódio que fôra injustiçado por crítica e público. Muitos (quase todos) dizem que esta terceira parte não chega aos pés de seus antecessores. Que os dois primeiros episódios são superiores a este terceiro, isto não se tenha dúvidas, mas daí dizer que este é infinitamente inferior àqueles, já considero uma hipérbole. Afinal de contas, quais os visíveis defeitos deste terceiro episódio, salvo a péssima atuação de “Sofia Coppola”? Pois é, nenhum. Contudo, o público e a crítica esperavam algo tão formoso quanto o episódio original e/ou tão complexo quanto o segundo episódio e, apesar de conter ambas as qualidades, não é bem isto que “O Poderoso Chefão – Parte 3 trás consigo. De qualquer forma, é um filmaço e merece todo o respeito do mundo.





Ficha Técnica:
Título Original: The Godfather: Part III
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 172 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1990
Estúdio: Paramount Pictures / Zoetrope Studios
Distribuição: Paramount Pictures
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Mario Puzo e Francis Ford Coppola, baseado em livro de Mario Puzo
Produção: Francis Ford Coppola
Música: Carmine Coppola
Direção de Fotografia: Gordon Willis
Desenho de Produção: Dean Tavoularis
Direção de Arte: Alex Tavoularis
Figurino: Milena Canonero
Edição: Lisa Fruchtman, Barry Malkin e Walter Murch
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic
Elenco: Al Pacino (Don Michael Corleone), Diane Keaton (Kay Adams), Talia Shire (Connie Corleone Rizzi), Andy Garcia (Vincent "Vinnie" Mancini), Eli Wallach (Don Altobello), Joe Mantegna (Joey Zaza), George Hamilton (B.J. Harrison), Sofia Coppola (Mary Corleone), Bridget Fonda (Grace Hamilton), Raf Vallone (Cardeal Lamberto), Franc D'Ambrosio (Anthony Corleone), Donal Donnelly (Arcebispo Gilday), Richard Bright (Al Neri), Helmut Berger (Frederick Keinszig), Don Novello (Dominic Abbandando), John Savage (Andrew Hagan), Vittorio Duse (Don Tomasino) e Al Martino (Johnny Fontane),



Sinopse: Nova York, 1979. A Ordem de San Sebastian, um dos maiores títulos dados pela Igreja, é dada para Michael Corleone (Al Pacino), após fazer uma doação à Igreja de US$ 100 milhões, em nome da fundação Vito Corleone, da qual Mary (Sophia Coppola), sua filha, é presidenta honorária. Michael está velho, doente e divorciado, mas faz atos de redenção para tornar aceitável o nome da família Corleone. Na comemoração pelo título recebido, após 8 anos de afastamento, Michael recebe "Vinnie" Mancini (Andy Garcia), seu sobrinho, que a pedido de Connie (Talia Shire) é apresentado a Michael manifestando vontade de trabalhar com o tio. Nesta tentativa de diálogo a conversa toma um rumo hostil, pois participava também da reunião Joey Zasa (Joe Mantegna), que agora mantém o domínio de uma área outrora mantida por Don Vito Corleone, o pai de Michael. Vinnie é chefiado por Zasa, mas fala que não quer continuar, principalmente pela traição de Zasa de não reconhecer o poder de Michael. Vinnie é quase morto pelos capangas de Zasa e uma guerra pelo poder tem início. Um arcebispo da Igreja solicita a Michael US$ 600 milhões, pois resolveria o déficit da Igreja, oferecendo em troca que Michael ganhe o controle majoritário da Immobiliare, antiga e respeitável empresa européia de propriedade da Igreja. Michael concorda, mas isto deixa vários membros do clero contrariados, que não o aceitam por sua vida duvidosa.



The Godfather – Part III Trailer



Crítica:



Lamentável, tristemente lamentável ver um filme dotado de tantas características a seu favor ser tão subestimado por público e crítica especializada. É fato que esta despedida da trilogia – “O Poderoso Chefão” não alcança o mesmo “glamour” que o seu episódio original (duvido muito que algum filme venha a realizar tal feito algum dia) e a mesma complexidade de seu episódio intermediário, mas não tem como negar que o mesmo encerra a saga da família mais famosa da história do Cinema com chave de ouro, ou melhor, chave de diamante. Só não digo que o diamante fôra perfeitamente lapidado em virtude à pavorosa atuação (se é que posso chamar de atuação) de “Sofia Coppola” que, merecidamente, “faturou” o “Framboesa de Ouro” de Pior Atriz do respectivo ano. Entretanto, tal atuação não passa de uma pequena e insignificante falha em um longa tão fantástico quanto este. A atuação da filha de “Francis Ford Coppola” se torna um semi-invisível risco de três milímetros perto do brilho que este precioso diamante cinematográfico emana. Mas o que torna este encerramento de trilogia algo tão fantástico assim? Simples, a junção das qualidades do primeiro filme com as qualidades do segundo. Mesmo não sendo tão mágico e complexo quanto o primeiro e o segundo episódio respectivamente o são, esta terceira parte consegue, principalmente através de “flashbacks”, resgatar toda a magia do primeiro filme da série (só para constar, viagens à Sicília e personagens como “Don Tomasino” e o guarda-costas “Carlo” estão de volta em um clima quase que de “revival”) e toda a complexidade da segunda parte (o roteiro é extremamente profundo e além de explorar toda a agonia e angústia do velho desiludido “Michael Corleone” conta com uma estória que abrange as mais diversas polêmicas envolvendo o Vaticano no fim dos anos 70’, retratando desde as suspeitas vendas de empresas fortemente ligadas ao mesmo, até a eleição do “Papa João Paulo I” e o suposto assassinato do “Sumo Pontífice”). Quer que eu diga outro motivo para se assistir a “O Poderoso Chefão – Parte 3? “Al Pacino” realiza aqui sua melhor atuação.



Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.



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