domingo, 23 de dezembro de 2007

Crítica - Intolerância

Para muitos, assistir a um filme extremamente antigo que conte com aproximadamente 190 minutos de duração e ainda por cima, mudo, representa uma tortura psicológica da pior espécie. Para um espectador assíduo da Sétima Arte nada mais é do que uma obrigação. Principalmente se tal filme for a segunda maior obra-prima do diretor que revolucionou a linguagem cinematográfica com o cultuado “O Nascimento de Uma Nação” (filme este que se divide entre os que o amam em virtude de seus aspectos técnicos e os que o odeiam em virtude de seus aspectos morais, já que este é um longa deveras racista) e debater um tema extremamente polêmico e passível de diversas interpretações de toda e qualquer natureza: a Intolerância.





Título Original: Intolerance
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 197 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1916
Estúdio: Produção Independente
Distribuição: Continental Home Video
Direção: D. W. Griffith
Roteiro: Tod Browning, D. W. Griffith, Anita Loos, Hettie Gray Baker, Mary H. O’Connor, Walt Whitman e Frank E. Woods
Produção: D. W. Griffith
Música: Joseph Carl Breil, Carl Davis e D. W. Griffith
Fotografia: G. W. Bitzer, Karl Brown e James G. Woodbury
Desenho de Produção: D. W. Griffith
Direção de Arte: Walter L. Hall
Figurino: D. W. Griffith, Clare West e R. Ellis Wales
Edição: D. W. Griffith, James Smith e Rose Smith
Elenco: Mae Marsh (The Dear One), Robert Harron (The Boy), Bessie Love (A Noiva de Canaã), George Walsh (Marido de Canaã), Howard Gaye (Cristo e Cardeal Lorraine), William H. Brown (Pai da Noiva de Canaã), Frank Bennett (Charles IX, Rei da França), Josephine Crowell (Catherine de Medice), Maxfield Stanley (Duc d'Anjou), W. E. Lawrence (Henry de Navarre) Mary Alden (Self-Styled Uplifter), Sam de Grasse (Arthur Jenkins), F. A. Turner (The Girl's Father), Vera Lewis (Mary T. Jenkins), Eleanor Washington (Self-Styled Uplifter), Lílian Langdon (Maria, mãe de Cristo), Olga Grey (Maria Madalena), Erich Von Ritzau (Primeiro Fariseu), W. S. Van Dyke (Wedding Guest) e muitíssimos outros.


Sinopse: A intolerância vista e analisada em quatro diferentes estágios da História: na Babilônia, onde uma garota vê-se entre o ódio religioso, levando uma cidade à ruína; na Judéia, onde os hipócritas condenam Jesus Cristo; na Paris de 1572, no Massacre da Noite de São Bartolomeu; e, finalmente, na América, onde reformadores acabam com a vida de um jovem casal.


Não há trailers disponíveis


Crítica:


Em 1916, quando muitos julgavam o simples fato de gravar os movimentos de seres humanos em uma câmera um milagre (o Cinema tinha apenas 29 anos de existência até então), “D. W. Griffin” era capaz de conduzir batalhas perfeitas dignas de dar inveja a muitos “Peters Jacksons”, “Rydles Scotts” e até mesmo “Davids Leans” e “Williams Wyllers”. Quando muitos julgavam uma atitude ousada dirigir um filme com mais de 100 minutos de duração, “D. W. Griffin” se mostrava capaz de dirigir um filme com aproximadamente 190 minutos de duração. Quando muitos julgavam impossível o fato de narrar paralelamente duas estórias em um mesmo filme, “D. W. Griffin” foi capaz de narrar não apenas duas, mas quatro estórias paralelamente em um mesmo filme. Só estes motivos creio que já fazem de “Intolerância” um filme obrigatório no currículo de todo e qualquer cinéfilo, mas mesmo assim, decidi analisá-lo individualmente, ignorando a importância que o mesmo possui para a sétima arte. "Intolerância", considerado um dos primeiros grandes clássicos da história do Cinema, narra com maestria este desprezível sentimento social em quatro estórias interessantíssimas, cada uma focada em um período diferente. De todas as quatro estórias, a que mais me agradou fôra a que se passa nos dias atuais (atuais para a época do filme) que, além de retratar a intolerância que há entre as castas superiores da sociedade para com as castas inferiores, realiza críticas fascinantes contra a burguesia que, para elevar o seu nome e “status” na sociedade hipócrita em que vivem, fazem caridades tirando dinheiro de seus empregados e até mesmo demitindo-os. Além disso esta estória realiza um perfeito estudo sobre o êxodo rural, a imposição masculina perante o sexo feminino e a discriminação que os ex-moradores do campo passaram a ter nas grandes cidades. Não apenas um dos filmes mais importantes e revolucionários da história do Cinema, como também um perfeito retrato sobre este sentimento autoritário que torna o convívio social cada vez mais difícil de ser realizado com êxito.


Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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7 comentários:

Anônimo disse...

é lá vai o daniel me deixando com cada vez mais vontade de ver "Intolerância" e eu não podendo

Daniel Esteves de Barros disse...

Oras Ricardo, pois então não precisa esperar mais:

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O problema é que o preço é ligeiramente salgado, né? Hehehehehe

R. disse...

Onde tu achou Intolerância? Até porque eu tenho certeza que tem uns filmes da minha lista de 2008 que simplesmente não vou achar por aí =/

Daniel Esteves de Barros disse...

"Intolerância" eu loquei em uma vídeo locadora aqui em minha cidade.
Outro que estou desesperado para encontrar é "O Nascimento de uma Nação", de "Griffith" também.

Anônimo disse...

Daniel, até que enfim hem?
Acho que vou soltar fogos quando essa resenha de LA sair.
hahahahahahhaahaha

Apesar de já ter sido falida em seus objetivos, te desejo um Feliz Natal.


PS: Não tou te mandando essa mensagem como scrap, porque, não me pergunte como, o Orkut cismou comigo e não tou conseguindo enviar scraps para ninguém nem postar em tópico algum.

Anônimo disse...

uma boa sugestão!
Daniel,você aloca "Intolerância" e me manda pelo correio,em alguns dias eu assisto e lhe mando o filme de volta e você devolve para a locadora e paga a locação!

Todos nós saimos felizes

Daniel Esteves de Barros disse...

KKKKKKKKKKKKKK, pode deixar Ricardo, fique aí esperando!!!

KKKKKKKKKKK