segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Crítica - ...E o Vento Levou


Título Original: Gone With The Wind
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 241 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1939
Site Oficial: www.franklymydear.com

Estúdio: Selznick International Pictures
Distribuição: MGM / New Line Cinema
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Sidney Howard, baseado em livro de Margaret Mitchell
Produção: David O. Selznick
Música: Max Steiner
Direção de Fotografia: Ernest Haller e Ray Rennahan
Desenho de Produção: William Cameron Menzies
Direção de Arte: Lyle R. Wheeler
Figurino: Walter Plunkett
Edição: Hal C. Kern
Elenco: Clark Gable (Rett Butler), Vivien Leigh (Scarlett O'Hara), Leslie Howard (Ashley Wilkes), Olivia de Havilland (Melanie Hamilton Wilkes), Hattie McDaniel (Mammy), Thomas Mitchell (Gerald O'Hara), Barbara O'Neil (Ellen O'Hara), Evelyn Keyes (Suellen O'Hara), Ann Rutherford (Carreen O'Hara), George Reeves (Stuart Tarleton), Fred Crane (Brent Tarleton), Butterfly McQueen (Prissy), Victor Jory (Jonas Wilkerson), Everett Brown (Big Sam), Howard C. Hickman (John Wilkes), Alicia Rhett (India Wilkes), Rand Brooks (Charles Hamilton) e Carroll Nye (Frank Kennedy).


Gone With the Wind – Trailer 1
Gone With the Wind – Trailer 2


Crítica:

Quando escrevi sobre “Lawrence da Arábia” lembro-me de ter dito que o longa em questão era desnecessariamente longo em virtude de sua primeira metade que possuía pouquíssimo conteúdo. Agora, ao escrever sobre “...E o Vento Levou”, percebo que este é ainda mais desnecessariamente longo que aquele. Não que a obra em questão possua pouco conteúdo comparada a sua longa duração ou que possa ser considerada demasiadamente cansativa pelo mesmo motivo (assim como era o caso do filme de "David Lean" em sua primeira metade), mas se há algo de errado com os 241 minutos de “...E o Vento Levou” é que eles, por incrível que pareça, acabam não sendo o suficiente para desenvolver a estória do modo como a mesma deveria ter sido desenvolvida. Tomemos por exemplo a primeira metade do longa (esta, aliás, já tem um intróito pavoroso afirmando que escravos e latifundiários viviam harmoniosamente antes de estourar a Guerra de Secessão, fato que só pode ser encarado de maneira repugnante pelos cinéfilos mais politizados) que, apesar de realizar um retrato praticamente perfeito sobre o modo como a Guerra Civil Estadunidense afetou da maneira mais negativa o possível os habitantes da região sul daquele país, nos introduz de maneira nada convincente ao romance entre "Scarlett O’Hara" e "Rett Butler" fazendo com que o mesmo soe excessivamente artificial, monótono e tolo conforme caminha para a sua parte final. E falando em encerramento do longa, vale ressaltar que é justamente nesta fase que o romance entre os protagonistas ganha ritmo e acaba cativando o espectador. Alternando entre altos e baixos “...E o Vento Levou” é um primor no que diz respeito à direção, atuações ("Leigh" e "Gable", em especial, estão impagáveis), fotografia, direção de arte, figurino, edição-sonora e trilha-sonora (uma das melhores do Cinema até então), mas contém algumas falhas imperdoáveis em seu roteiro, principalmente pela maneira ridícula que aborda o relacionamento entre "O’Hara" e "Butler". Mesmo sendo um ótimo filme e merecendo o glamour que possuí, o longa em questão, de certa forma, deixa muito a desejar.


Avaliação Final: 8,5 na escala de 10,0.


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11 comentários:

Unknown disse...

Como o senhor fala q o filme deixa muito a desejar e dá nota 8.5; Por um acaso o senhor já assistiu Magnólia??? Já disse para fazer um curso, quem sabe assim o senhor não aprende esse esquema de notas....hehehe.
Só para finalizar, eu gostaria de saber pq o nome do filme some quando eu não estou com o mouse em cima....hehehe.

Unknown disse...

Espero que o senhor não assista Perfume de Mulher (c/ Al Pacino), vai que vc vem com conversinha pra cima dos leitores do blog e no final da uma nota 3,7, palhaçada viu

Daniel Esteves de Barros disse...

Responderei sério desta vez, ao menos desta vez. Quando atribuí nota 8,5 a "...E o Vento Levou" tinha o intento de afirmar que o mesmo esta bem acima da média dos filmes hollywoodianos, mas conta com uma série de defeitos que me impossibilitam de considerá-lo uma obra-prima, sendo assim, o filme merece o glamour que possui, mas deixa a desejar quanto à nomeação de obra-prima atribuída ao mesmo.

Quanto à Magnólia...o que vem a ser isso? A capital de algum país do leste asiático? kkkkkkkkkkkkkk, bem, tentarei assistí-lo assim que possível.

Rapaz, o nome do filme some quando você não está com o mouse em cima, em virtude a um probleminha no circuíto 109X7ER15D76 de sua placa de vídeo.
Sim, sou crítico de Cinema e ainda técnico em informática, além de fazer bico como membro da equipe de apoio em Pregão Eletrônico da Prefeitura Municipal de Jaú, fazendo o trabalho que o senhor não faz enquanto dorme.

Daniel Esteves de Barros disse...

Rapaz, vou assistir a "Perfume de Mulher" e atribuir uma nota 0,0 ao mesmo, independentemente de eu amar o filme ou não. Só para deixar sua desprezível pessoa enfurecida.

Unknown disse...

Senhor!!! vc disse: "média dos filmes hollywoodianos". Qual seria essa média? Vale dizer que o cálculo da média simples é feito pela divisão da soma de todos as notas dividida pelo número de filmes hollywoodianos, sendo assim gostaria de saber se vc assistiu a todos os filmes hollywoodianos de todos os tempos? Deu nota a todos? Já fez a soma? E a divisão? Bom é só isso. Tenha uma boa tarde. Outra coisa, falando em obra prima, vc já assistiu "Joe sujo"?

Unknown disse...

senhor, não posso deixar de tecer que seus comentários são mto maldosos e descabidos, seu traquina, e se vc fosse um bom técnico em informática saberia que o circuito 109X7ER15D76 não fica localizado na placa de vídeo, muito menos nas on-board, e sim no tubo de emissão/captura de imagem dos monitores AOC de 15" tela semi-plana, aproveite e faça tb um curso de manutenção de monitores e placas de vídeo, fazendo esse curso o senhor poderá confrontar suas palavras com uma pessoa séria como eu.

Daniel Esteves de Barros disse...

Rapaz, pare de falar asneiras!!! A média dos filmes é a fórmula de Báskara + PI "vezes" R ao quadrado + a distância exata em nanometros da Terra até o planeta Plutão. Depois de somar tudo isso você divida pelo número de grãos de areia que contém nas praias da Califórnia. O resultado que você obter passe a considerar como "x1". Atribua o mesmo valor de "x1" para "x2" e divida um pelo o outro. O resultado vai ser a média dos filmes hollywoodianos.

Daniel Esteves de Barros disse...

E quanto ao circuito, falei que ficava na placa de vídeo apenas para testar seus conhecimentos em informática, pois sei que o mesmo encontra-se no tubo de emissão/captura de imagem dos monitores AOC de 15" tela semi-plana.
Ah, assisti a "Joe Sujo" hehehehehehe, é um ótimo filme levando em conta o que ele propõe, contém um humor ultra bizarro, non-sense e escatológico. Um dos melhores besteiróis (e olhe que eu detesto besteiróis estadunidenses) que já foram lançados desde "Debi & Lóide".

Anônimo disse...

"...E o Vento Levou" é uma obra prima,agora concordo descordando de ti Daniel (sim,desculpe a antitese) ele realmente tem muitos defeitos,mas não vejo como fazê-lo sem estes defeitos,levando em consideração o tanto de estórias que eles desenvolvem,o tanto de personagem que existem e sobretudo as quase quatro horas de filme

Daniel Esteves de Barros disse...

Ricardo, creio que o casal poderia, e deveria, ter sido melhor desenvolvido durante as quase quatro horas de filme. O roteiro investe neles de modo muito simplório, tanto que, quando ambos se casam, soa algo extremamente artificial!

Anônimo disse...

Realmente eles deixam para desenvolver o casal apenas nos 30 minutos finais,mas o casamento foi artificial porque já era para ser de faixado.Scarlett mostra claramente que casa-se apenas para se tornar a mulher mais rica da região

Acho que o ponto negativo do filme é quando eles tentam esticar de mais estórias que poderiam ser desenvolvidasd e concluidas mais rapidamente
Devo falar que o nível do filme cai um pouco depois do juramento,durante o filme vemos quatro Scarlett O´Hara

-A mimada pelos pais e conquistadora de garotos
-A mulher forte que é obrigada a passar pela guerra
-A interesseira nojenta,que quer apenas poder(mas faz tudo pensando no bem da família)
-A mulher casada e metida

Acho interessante como é construida essa personagem,Vivien Leigh faz quatro personagens diferentes em UM.Por isso que ela é a atriz com a melhor performace feminina do cinema (não por E o Vento Levou,mas por "Uma Rua Chamada Pecado"