sábado, 1 de dezembro de 2007

Crítica - Os Bons Companheiros

Já fazia algum tempo que eu estava devendo uma crítica a uma obra de meu segundo cineasta favorito, “Martin Scorsese”. Decidi então postar a crítica de “Os Bons Companheiros” que, apesar de não ser o melhor trabalho do diretor (perde feio para “Taxi Driver”) é um longa sensacional e me serviu de ótima inspiração para analisá-lo na época em que redigi a crítica.





Título Original: Goodfellas
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 145 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1990
Estúdio: Warner Bros.
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Nicholas Pileggi e Martin Scorsese, baseado em livro de Nicholas Pileggi
Produção: Irwin Winkler
Música: Pete Towshend
Direção de Fotografia: Michael Ballhaus
Desenho de Produção: Kristi Zea
Direção de Arte: Maher Ahmad
Figurino: Richard Bruno
Edição: Thelma Schoonmaker e James Y. Kwei
Elenco: Ray Liotta (Henry Hill), Robert De Niro (James Conway), Joe Pesci (Tommy DeVito), Lorraine Bracco (Karen Hill), Paul Sorvino (Paul Cicero), Frank Sivero (Frankie Carbone), Tony Darrow (Sonny Bunz), Frank Vincent (Billy Batts), Chuck Low (Morris Kessler), Frank DiLeo (Tuddy Cicero), Gina Mastrogiacomo (Janice Rossi), Catherine Scorsese (Mãe de Tommy), Charles Scorsese (Vinnie), Illeana Douglas (Rosie), Samuel L. Jackson (Stacks Edwards) e Mike Starr.


Sinopse: Garoto do Brooklyn, Nova York, que sempre sonhou ser gângster, começa sua "carreira" aos 11 anos e se torna protegido de um mafioso em ascensão. Sendo tratado como filho por mais de vinte anos, envolve-se através do tempo em golpes cada vez maiores. Neste período acaba se casando, mas tem uma amante, que visita regularmente. Não consegue ser um membro efetivo, pois seu pai era irlandês, mas no auge do prestígio se envolve com o tráfico de drogas e ganha muito dinheiro, além de participar de grandes roubos, mas seu destino estava traçado, pois estava na mira dos agentes federais.


Goodfellas – Trailer1

Goodfellas – Trailer2



Crítica:


Os Bons Companheiros” é uma das maiores obras-primas de “Martin Scorsese”, este que, como já havia dito anteriormente, é o meu segundo diretor predileto (o meu predileto, como não poderia deixar de ser, é “Stanley Kubrick”). Uma das coisas que mais me impressiona em um filme “Scorsesiano” é a marcante trilha-sonora contida no mesmo. Neste “Os Bons Companheiros”, por exemplo, a trilha-sonora é simplesmente incrível (a melhor já empregada em um filme de “Martin Scorsese” e uma das melhores já empregadas na história do cinema mundial) e diria que esta é uma das maiores qualidades do longa, já que as músicas (todas elas, sem exceção de nenhuma) nos remetem a um delicioso clima de anos 50, 60, 70 e 80. Outro ponto fortíssimo do longa é a fotografia de “Michael Ballhaus” que nos brinda com ambientes fantásticos regados a um clima boêmio espetacular de um modo que apenas “Scorsese” é capaz de criar (assista a “Taxi Driver” e “Depois das Horas” e verá que os filmes “Scorsesianos” primam por sempre nos apresentar a um clima boêmio agradabilíssimo). A edição de “Thelma Schoonmaker e James Y. Kwei” também conta (e muito) pontos a favor do longa, já que esta confere bastante ritmo à película (principalmente no final do filme quando o protagonista Henry Hill tem “um dia de cão”). O retrato cruel e realista do submundo do crime em Nova York nas décadas de 60, 70 e 80 certamente é o segundo ponto mais forte da película, já que “Scorsese” opta (inteligentemente) por retratar o mesmo utilizando não apenas violência física como também violência verbal (preste atenção no ótimo senso de humor negro contido nas cruéis piadas contadas por Tommy – excelentemente bem interpretado por “Joe Pesci”). Mas a maior qualidade do longa é, indiscutivelmente, a estrutura narrativa extremamente detalhista e real (a perfeita atuação e dicção de “Ray Liotta” – intérprete de Henry Hill – também ajuda muito). A película peca apenas por colocar a vida pessoal de Hill em primeiro plano durante alguns momentos da projeção e dar ênfase demais à vida matrimonial deste.



Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.


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4 comentários:

Anônimo disse...

"Os Bons Companheiros" tem uma caracteristica que acho impressionante,o fato de ser baseado em fatos reais,é incrível como esta palavra chama a atenção,só não chama mais atenção do que o nome Scorsese

Agora nota 9,0???Quero explicações:não consigo tirar ao menos 0,5 deste filme,quero saber e que momento ele perdeu UM ponto

Daniel Esteves de Barros disse...

"Agora nota 9,0???Quero explicações:não consigo tirar ao menos 0,5 deste filme,quero saber e que momento ele perdeu UM ponto"

Ele perdeu um ponto aqui:

"A película peca apenas por colocar a vida pessoal de Hill em primeiro plano durante alguns momentos da projeção e dar ênfase demais à vida matrimonial deste."

Questão de gosto, sinceramente, achei que o filme perde muito de seu ritmo ao tentar retratar demais a vida pessoal de "Henry Hill". O que conforta é saber que este "retrato" dura apenas alguns poucos minutos de película, mas já fôra o suficiente para tirar 1,0 (um) ponto da avaliação final.

Anônimo disse...

"A película peca apenas por colocar a vida pessoal de Hill em primeiro plano durante alguns momentos da projeção e dar ênfase demais à vida matrimonial deste."

Cai da cadeira agora.Você tirou um ponto dai?????

Então de "Scarface" você tiraria uns 5 ou 6
huahuahuahuahuahuahua

Liga não,a segunda obra preferida do meu segundo diretor favorito...

Daniel Esteves de Barros disse...

"Liga não,a segunda obra preferida do meu segundo diretor favorito..."

Digo a mesmíssima coisa, mas não o considero um filme perfeito, assim como considero Scarface. No filme de "De Palma" era necessário retratar tudo o que fôra retratado. No de "Scorsese" torna-se uma desculpa para retratar uma estória de amor desnecessária, mas como disse, ele perde pouco tempo com isso, mas o suficiente para tirar 1,0 ponto da nota final da película.

Questão de gosto.