domingo, 20 de janeiro de 2008

Crítica - Ratatouille

Sei que este filme já estava em meu cronograma e por este motivo assisti-o agora, após ter assistido a “A Doce Vida”, mas o mais novo filme da Disney & Pixar me veio em boa hora. Conforme havia dito no último dia do ano passado (ou teria sido no primeiro dia deste ano? Enfim, a data não importa), estava precisando dar uma pausa com os filmes antigos. Passei praticamente um ano inteiro me dedicando a assistir mais a filmes antigos do que as obras mais recentes e, se por um lado isto é muito bom, pois aumenta a minha “bagagem” no que diz respeito a conhecimento histórico da Sétima Arte, por outro lado me mantém muito desatualizado quanto à mesma. Essa animação “Ratatouille” mostra claramente isto, se eu optasse por assistir apenas a animações mais antigas, como eu poderia testemunhar os avanços tecnológicos que criaram esta maravilha em forma de película? Outro ponto a ser observado também é a proposta do “Cine-Phylum”, como estaria mostrando a evolução do Cinema neste espaço virtual se optasse apenas por analisar filmes antigos? Enfim, a partir de agora, darei preferência aos filmes mais recentes, em especial os que ainda não foram lançados nos cinemas nacionais. Com o passar do tempo penso em equilibrar isso, comentar sobre filmes recentes e antigos na mesma proporção.





Ficha Técnica:
Título Original:
Ratatouille
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.disney.com.br/ratatouille
Estúdio: Walt Disney Pictures / Pixar Animation Studios
Distribuição: The Walt Disney Company / Buena Vista International
Direção: Brad Bird
Roteiro: Brad Bird, baseado em estória de Brad Bird, Jim Capobianco e Jan Pinkawa
Produção: Brad Lewis
Música: Michael Giacchino
Fotografia: Sharon Calahan
Edição: Darren T. Holmes
Elenco: Patton Oswalt (Remy), Lou Romano (Linguini), Janeane Garofalo (Colette), Ian Holm (Skinner), Brian Dennehy (Django), Peter Sohn (Emile), Peter O'Toole (Anton Ego), Brad Garrett (Auguste Gusteau), Will Arnett (Horst), Julius Callahan (Lalo / François), James Remar (Larousse), John Ratzenberger (Mustafa) e Tony Fucile (Pompidou / Inspetor de saúde).



Sinopse: Paris. Remy (Patton Oswalt) é um rato que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a idéia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, Remi fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau (Brad Garrett). Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini (Lou Romano), um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar.



Ratatouille Trailer
Ratatouille Trailer 2



Crítica:



Algo que vem me incomodando muito ao redigir uma crítica cinematográfica é ter de citar um provável clichê ou estereótipo como defeito de um determinado filme. Muita gente acredita que se o clichê e/ou estereótipo for de suma importância para a composição da trama pode ser utilizado sem problema algum. No entanto, não há como negar que o uso de clichês e/ou estereótipos demonstra certa covardia por trás das pessoas envolvidas com o filme. Creio que, para que o Cinema possa sair da mesmice, ele deve sempre evoluir, deve ser ousado, deve buscar coisas novas, deve arriscar. Uma estória alicerçada por clichês e/ou estereótipos, independentemente destes serem necessários ou não para a composição da mesma, já está evitando ousar, está evitando arriscar a criar algo. Este genial “Ratatouille” é a prova disso. O longa possui uma estória fantástica, envolvente, cativante, emocionante, enfim, possui tudo que uma animação necessita possuir para que possa ser considerada completa. Infelizmente a mesma também possui certos estereótipos. Temos aqui o protagonista acanhado, inseguro e que tem uma tarefa a cumprir, mas não sabe se será capaz de realizá-la por falta de aptidão. O resultado é que este estereótipo acaba se vendo na obrigação de contar com a ajuda de um outro estereótipo, um rato altruísta (assim como em qualquer outra animação, o que figura também como estereótipo), talentoso e apto a realizar a tarefa do primeiro. Um precisa do outro e é a partir daí que surge um relacionamento mais íntimo entre ambos. A maneira como tal relacionamento é explorado pelo roteiro é fantástica, bela, emocionante, comovente, natural e regada com um humor magnífico, bem no estilo das produções da “Disney & Pixar” (aliás, este é o melhor filme realizado desde que ambas as empresas se uniram). No mais, o longa se revela um passatempo extremamente divertido, delicioso (com o perdão do trocadilho gastronômico), inteligente e mesmo contendo seus clichês e estereótipos, é ousado ao criticar indiretamente o crítico de Cinema fazendo o uso da imagem do crítico Gastronômico.



Avaliação Final: 8,5 na escala de 10,0




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