domingo, 13 de janeiro de 2008

Apresentações - Ser Cinéfilo

Mesmo já tendo resenhado no blog, acabo de conferir que cometi um grande erro. Quando alguém começa a conversar, mesmo de maneira virtual com outras pessoas qual é a primeira medida a se tomar? Sim, apresentações!
Vi a apresentação de Radamés e minha situação foi só se agravando quando vi o texto escrito por Daniel se apresentando, bem, como tento não ser mal-educado, e segundo a sabedoria popular "antes tarde do que nunca!", vim por meio deste tópico me apresentar para vocês

Sou cinéfilo, mas o que é ser cinéfilo?
Segundo o dicionário Michaelis da língua portuguesa:
cinéfilo:
(cine1+filo3) Que, ou o que é grande apreciador de cinema.

Poderia se resumir a isso, mas não é tão simples, também não proucuro explicações, varia de cada um, mas uma coisa posso dizer, é uma tarefa difícil, mas muito satisfatória
No meu caso, meu primeiro grande filme foi "Jurassic Park", grande Spielberg, criou dinossauros aos olhos de uma criança, mas depois como toda criança entramos em uma fase de "Francamente, minha querida, eu não ligo a mínima", afinal, qualquer filme está bom, filme é diversão, é para ser curtido, porque se proucupar em analisar detalhes técnicos? Estamos em uma fase em que a grande maioria das pessoas param e ficam, afinal ainda não somos cinéfilos, a fase de que qualquer filme já basta para matar a vontade de assistir alguma coisa.
Mas a vida anda e começamos a querer nos aprofundar nessa arte tão complexa e ao mesmo tempo tão encantadora, para mim demorou passar, mas passou e em "Star Wars I: A Ameaça Fantasma" eu saí da fase de "Não dou a mínima" e foi direto para um período, digamos "Rosebud" em que começou um mundo novo. Ali está um filme complexo, uma análise pouco mais profunda da direção, do roteiro, dos aspectos técnicos e da parte emocional também. Somos cinéfilos que começamos a estudar a história do cinema e começam a aparecer nomes. Um Scorsese aqui, um dePalma ali e chegamos até a nos arriscar em um Hitchcock. E falando no mestre dos suspenses, foi de lá que comecei a quarta parte do ser cinéfilo. Bem, pulei a terceira, não é? Hitchcock que espere então, pois foi nas asas de "O Aviador", grande obra de Scorsese , que comecei a ver um mundo "Bem, ninguém é perfeito". Diante da grandiosidade daquela obra começamos a ver que existem filmes que não são mais tão bons assim. O filme "Tróia"(lançado no mesmo ano) que era fantástico não é mais tão mais fantástico assim. Was Craven comete muitos erros com seu ícone Freddy Krueger, como não reparar? E até o mestre Spielberg que outrora fora idolotrado passa a não ser tão mestre quanto antes. O tempo passa e eis que surge o primeiro clássico na minha mão, trata-se de "Um Corpo que Cai", obra prima de Hitchcock, e aí que começou uma fase de "Eu sou grande, os filmes que ficaram pequenos". Eles já não satisfazem tanto, fazer listas de dez melhores do ano está cada vez mais difícil, claro que sabemos que será quase impossível um filme chegar a genialidade de "Laranja Mecânica", mas também sentimos que a grande maioria dos atuais desafia nossa inteligência, nomes como Chaplin, Kubrick, Bergman, Wilder já são freqüentes em nosso vocabulário e é claro, você se torna muito exigente.
Ah, como é bom ser cinéfilo!


Filme Preferido:
Crepúsculo dos Deuses (1950,de Billy Wilder)


Filme Nacional Preferido:
Central do Brasil (1998,de Walter Salles)


Três atores favoritos:
Marlon Brando
James Stewart
Robert deNiro


Três atrizes favoritas:
Vivien Leigh
Liv Ullmann
Natalie Portman


Cinco diretores:
Stanley Kubrick
Martin Scorsese
Ingmar Bergman
Alfred Hitchcock
Billy Wilder



TOP 10


01-Crepúsculo dos Deuses (1950,de Billy Wilder)
02-Dr. Fantástico (1964,de Stanley Kubrick)
03-O Poderoso Chefão (1972,de Francis Ford Coppola)
04-Taxi Driver (1976,de Martin Scorsese)
05-Morangos Silvestres (1957,Ingmar Bergman)
06-Cinema Paradiso (1989,de Giuseppe Tornatore
07-Janela Indiscreta (1954,de Alfred Hitchcock)
08-Os Sete Samurais (1954,de Akira Kurosawa)
09-Luzes da Cidade (1932,de Charles Chaplin)
10-Lawrence da Arábia (1962,de David Lean)


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2 comentários:

R. disse...

hahahahahaahhaahahahah

adorei seu texto, Ricardo. O que seria de nós de não fossem as referências, não é mesmo? ;)

Daniel Esteves de Barros disse...

Ricardo, a obrigação de fazer a apresentação era minha na verdade, desde que criei este blog não havia realizado a mesma. Passou-se o tempo, criei vergonha na cara e escrevi um texto gigantesco e cansativo, diga-se, mas necessário até certo ponto.

Quanto à sua apresentação não poderia ter sido melhor. Você citou os longas que o inspirou a nutrir um certo fascínio pelo Cinema. Comigo não foi diferente, "Jurassic Park" também teve uma forte colaboração para minha "formação" cinéfila, claro que não possuiu a mesma intensidade que "De Volta Para o Futuro", mas certamente colaborou muito para a minha adoração à Sétima Arte.
Hoje passa-se o tempo, tornamo-nos exigentes, constatamos que tanto um filme quanto o outro possui um defeito aqui, outro ali, mas ainda são verdadeiras obras-primas.
Enfim, mais uma vez seja bem-vindo ao blog.