segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Crítica - A Lenda do Tesouro Perdido 2: O Livro dos Segredos

Curiosamente, pouquíssimos minutos antes de publicar esta crítica conversei com um amigo meu sobre a incongruência de Nicolas Cage em suas escolhas. Primeiro o autor protagoniza um filme simplesmente sensacional, carregado de críticas pesadas aos países de primeiro mundo, em especial, os Estados Unidos da América. O nome do filme? “O Senhor das Armas”. Depois o ator “vende a sua alma” para um filme ridículo produzido por Jerry Bruckheimer que, acima de tudo, visa engrandecer a imagem dos Estados Unidos perante o resto do mundo. Não bastasse isso o ator ainda aceita participar de uma continuação de tal filme e o que é pior, tal seqüência, em seu desfecho, nos deixa em aberto a hipótese de um terceiro longa da franquia “A Lenda do Tesouro Perdido”. De uma forma ou de outra, esta seqüência se mostra um pouco menos fútil que o longa original, mas ainda assim é tão dispensável quanto aquele.





Ficha Técnica:
Título Original:
National Treasure: Book of Secrets
Gênero: Aventura
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: http://disney.go.com/nationaltreasure
Estúdio: Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films / Junction Entertainment / Sparkler Entertainment / Saturn Films
Distribuição: Buena Vista Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Cormac Wibberley e Marianne Wibberley, baseado em estória de Cormac Wibberley, Ted Elliott, Terry Roscio e Marianne Wibberley e nos personagens criados por Jim Kouf, Oren Aviv e Charles Segars
Produção: Jerry Bruckheimer e Jon Turteltaub
Música: Trevor Rabin
Fotografia: Amir M. Mokri e John Schwartzman
Desenho de Produção: Dominic Watkins
Direção de Arte: Julian Ashby e A. Todd Holland
Figurino: Judianna Makovsky
Edição: William Goldenberg, Andrew Haddock e David Rennie
Efeitos Especiais: Post Media / Realscan 3D / Asylum VFX / Proof
Elenco:
Nicolas Cage (Benjamin Franklin Gates), Diane Kruger (Abigail Chase), Justin Bartha (Riley Poole), Helen Mirren (Emily Appleton), Jon Voight (Patrick Gates), Harvey Keitel (Sadusky), Ed Harris (Jeb Wilkinson), Alicia Coppola (Agente Spellman), Christian Camargo (John Wilkes Booth), Bruce Greenwood (Presidente) e Joel Gretsch (Thomas Gates).



Sinopse: Quando uma página perdida do diário de John Wilkes Booth (Christian Camargo) reaparece, o bisavô de Ben Gates (Nicolas Cage) torna-se o principal conspirador do assassinato de Abraham Lincoln. Querendo provar a inocência do parente, Ben reúne mais uma vez sua equipe e segue uma série de pistas, que os levam de Paris a Londres antes de retornarem aos Estados Unidos.



National Treasure: Book of Secrets Trailer



Crítica:



Serei curto e grosso: se o primeiro episódio desta saga já se revela um filme que nos trás mais do mesmo, imagine então este segundo. No entanto, é no mínimo uma agradável surpresa constar que este “Livro dos Segredos” se mostra menos ufanista que o original, além, é claro, de conter bem menos clichês. E falando em clichês, não há como não nos mostrarmos gratificados pelo roteiro tratar seus personagens de uma maneira mais, digamos, matura, nesta continuação que em seu antecessor. É obvio que Benjamim Franklin Gates continua sendo um nerd conservador, patriota, altruísta e politicamente correto, mas ao menos desta vez não nos deparamos com cenas tão insuportáveis quanto as contidas no primeiro filme, como a seqüência em que Ben pede desculpas a Riley Poole após ter gritado com ele em virtude de sua impertinente tagarelice. E falando em Riley Poole, é bem gratificante também sabermos que, desta vez, o auxiliar de Ben se mostra menos adulador e irritante que no filme anterior. Contudo, a trama se mostra bastante interessante no intróito do filme, mas conforme o tempo passa percebemos que estamos sendo direcionados à outra baboseira megalomaníaca patrocinada por Jerry Bruckheimer. A propósito, estou começando a ficar verdadeiramente incomodado com este nome, pois Bruckheimer parece ter se especializado em estragar filmes com ótimas premissas, como é o caso deste aqui. São poucas as coisas que me irritam tanto ao conferir um determinado filme quanto ver os envolvidos no mesmo subestimar a inteligência de seu público e esta produção parece fazer questão disso. Em momento algum, por exemplo, temos uma justificativa realmente plausível por parte do roteiro a fim de explicar o porquê de “Cibola” estar localizada em Dakota do Sul e não no Arizona, como reza a lenda. Pior ainda é conferirmos uma demonstração de ufanismo exacerbada feita pelo protagonista do filme diretamente ao presidente dos EUA (e olhe que ainda assim o filme é menos patriótico que seu antecessor). De qualquer modo, o longa é um pouco menos fútil que o original, mas é menos divertido.



Avaliação Final: 5,0 na escala de 10,0



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2 comentários:

Unknown disse...

Esse filme é uma bomba.....clichezão...apenas para babacas

Daniel Esteves de Barros disse...

Oras Juhh, também não precisa exagerar, né? Hehehehehehehe.