terça-feira, 31 de março de 2009

Che – O Argentino – **** de *****

Sou muito... ou melhor... muitíssimo... ou melhor ainda... exageradamente suspeito para falar de Ernesto “Che” Guevara de La Serna. Ao contrário do que o Ricardo comentou quando escreveu sobre o encantador “Diários de Motocicleta”, sou fã incondicional não apenas da pessoa Che Guevara, mas também do mito Che Guevara e do idealista Che Guevara. Li muito (muito mesmo) sobre a vida do guerrilheiro argentino e talvez ele tenha sido um dos principais impulsos que tive em minha infância para que pudesse me autointitular de “pseudo-intelectual de esquerda”, uma vez que carreguei comigo ideais marxistas dos 8 aos 16 anos de idade (e antes que alguém pense que estou sendo pedante, admito que os meus conhecimentos sobre marxismo aos 8 anos de idade resumiam-se apenas ao que o meu pai, que na época também era de extrema esquerda, me falava a respeito). Logo, era mais do que comum que Guevara fosse para mim o que Superman era para as pessoas normais (sim, já que, felizmente, eu sou um anormal neurótico e alucinado): um herói, um verdadeiro modelo a ser seguido. Passaram-se os anos, caí na real de que o marxismo, leninismo e trotskismo eram pura utopia e perdi a fé na raça humana contraindo um ódio mortal pela mesma, optando então por aderir à anarquia bakuniana e proudhoniana e, mais para frente, tornei-me ainda mais extremista e passei a adotar o niilismo passivo de Schopenhauer como doutrina filosófica. Atualmente, como os(as) senhores(as) devem saber, abandonei Schopenhauer e passei a seguir o niilismo ativo de Nieztsche, algo que faço desde os 21 (ou seria 22?) anos de idade (encontro-me com 25 neste exato momento). Contudo, mesmo relegando Marx, Engels, Lenin e Trotski a um terceiro plano, jamais o fiz com Che Guevara e, até hoje, leio tudo o que vejo pela frente e refere-se ao líder guerrilheiro argentino (e falem o que falar da Argentina, mas dez mil brasileiros não equivalem a um argentino, ou vocês acham que Marechal Deodoro da Fonseca e Joaquim José da Silva Xavier fazem frente a General José Francisco de San Martín y Matorras e Ernesto “Che” Guevara de La Serna?). Tendo tudo isso em vista, será que eu consigo criticar um filme sobre o maior ídolo revolucionário da Argentina no século XX sem ser parcial? Vamos ao desafio.


Ficha Técnica:
Título Original: Che: Part One.
Gênero: Drama.
Tempo de Duração: 126 minutos.
Ano de Lançamento: 2008.
Site Oficial: http://www.che-movie.co.uk/
Nacionalidade: EUA / França / Espanha.
Direção: Steven Soderbergh.
Roteiro: Peter Buchman, baseado em livro de memórias de Ernesto "Che" Guevara.
Elenco: Benicio Del Toro (Ernesto "Che" Guevara), Demián Bichir (Fidel Castro), Julia Ormond (Lisa Howard), Rodrigo Santoro (Raul Castro), Maria Isabel Díaz (Maria Antonia), Ramon Fernandez (Hector), Yul Vazquez (Alejandro Ramirez), Jose Caro (Esteban), Pedro Adorno (Epifanio Díaz), Jsu Garcia (Jorge Sotus), Santiago Cabrera (Camilo Cienfuegos), Roberto Santana (Juan Almeida), Vladimir Cruz (Ramiro Valdés Menéndez), Marisé Alvarez (Vilma Espín), Elvira Mínguez (Celia Sánchez), Andres Munar (Joel Iglesias Leyva), Liddy Paioli Lopez (Quike Escalona), Pedro Telémaco (Eligio Mendoza), Eugenio Monclova (Emilio Cabrera), Luis Gonzaga Hernandez (Lalo Sardiñas), Jose A. Nieves (Dr. Julio Martinez Paez), Catalina Sandino Moreno (Aleida March) e Armando Riesco (Benigno Ramirez).

Sinopse: Ernesto Guevara de La Serna, mais conhecido como “Che” (Benício Del Toro), foi um guerrilheiro que, ao lado de Fidel (Demián Bichir) e Raul Castro (Rodrigo Santoro), organizou uma revolução sangrenta em Cuba expulsando da ilha toda a massa burguesa que explorava o proletariado. A partir desta revolução, Guevara e seus companheiros de guerra implantaram, pela primeira vez em um país americano, o sistema econômico conhecido como socialismo. O filme dirigido por Steven Soderbergh a Revolução Cubana e a mais importante fase da vida de “Che”.

Che – Part One – Trailer:


Crítica:

Já disse que sou fã incondicional de Che Guevara? Ah sim, já disse, escrevi a maior pré-crítica da história do Cine-Phylum apenas para dizer o quanto o revolucionário argentino influenciou o meu intelecto. Pois então torno-me extremamente suspeito para escrever um texto sobre um filme que traga o revolucionário argentino como protagonista, não é mesmo? Sim, é mesmo, mas de qualquer forma, não custa tentar.

Em primeiro lugar, gostaria de iniciar esta análise discordando de muitos colegas que reclamaram do longa alegando que o cineasta Steven Soderbergh (do ótimo “Traffic”) não realizou uma abordagem necessariamente imparcial em cima do líder revolucionário. Sinceramente falando, sou totalmente avesso a essa opinião. Creio que a abordagem feita sobre Che Guevara neste “O Argentino” poderia ter sido realizada de um modo menos frio e mais humano e detalhista, e não da forma semi-documental como o longa fez.

Para se ter uma idéia, quando o filme se inicia somos diretamente introduzidos ao histórico encontro onde “Che” e Fidel Castro se conheceram. Tudo é exibido de um modo muito frio, muito distante, e, francamente, não fosse o carisma que o líder militar possui por si só, aposto que muita gente teria sentido antipatia pelo mesmo. Em momento algum o longa parece se importar em citar, ainda que de soslaio, a juventude de “Che”, os motivos que o levaram a adotar a luta de classes como estilo de vida, a conturbada, embora breve, carreira política pré-guerrilha deste, ou a sua famosíssima passagem pela Guatemala. Por outro lado, devo reconhecer que a abordagem fria que o roteiro confere ao personagem-título é uma característica, de certa forma, inerente a uma obra que adota uma postura semi-documental. Afinal de contas, uma cine biografia, a fim de fugir do piegas e de sentimentalismos fajutos, deve adotar uma posição imparcial, e isso é fato.

Todavia, convenhamos, ser imparcial é uma coisa, ser extremamente frio e desprovido de emoção, é outra. E é justamente aí que reside o (provavelmente) único erro da película. O roteiro, é claro, deveria abordar “Che” de modo frio, mas ainda assim deveria deixar brechas que fizessem com que nos cativássemos com o protagonista mais rapidamente. Quer um exemplo de cine biografia fria e imparcial, embora cativante? O próprio “Diários de Motocicleta”. Você não terminará de assistir ao filme de Walter Salles e sairá pelas ruas berrando: “___ Viva la revolución! Viva Che!”, mas não deixará também de refletir sobre o modo como Guevara debate a miséria na América Latina.

“___ Mas em “Che - O Argentino” não refletimos sobre a miséria na América Latina, sobretudo em Cuba?” ___ Pergunta-me o leitor. Refletimos sim, só que não de um modo realmente satisfatório, como o longa protagonizado por Gael Garcia Bernal conseguira fazer. Na produção dirigida por Soderbergh, vemos dois lados de Guevara: o Che Guerrilheiro e o Che Idealista. E isso é ruim? Claro que não, principalmente se levarmos em conta o modo como o roteiro o aborda. E é aí que discordo amplamente de outros críticos de Cinema que alegaram que o “script” joga confetes no líder argentino. Pura balela. Oras, vemos Che esbravejando com seus soldados, vemos Che punindo fria e impiedosamente desertores, vemos Che atirando para matar, vemos Che defendendo que a única e verdadeira revolução que poderia funcionar em Cuba seria a revolução sangrenta e, mesmo com tudo isso, ainda insistem em dizer que Soderbergh não é imparcial e joga confetes no revolucionário? Ora bolas, me poupem!

Por outro lado, não se deixem levar pelo final do parágrafo acima. O filme não faz com Che o que a Revista Veja fez com o mesmo, transformando-o em um monstro assassino. O Guevara que mata pessoas em “Che – O Argentino” é o mesmo Guevara que sofre com as causas trabalhistas. O Guevara que é a favor de uma revolução sangrenta em “Che – O Argentino” é o mesmo Guevara que defende que a principal característica de um revolucionário deve ser o amor (calma, não se assuste, quando assistir ao filme verá que não há nada de piegas nesta declaração). Enfim, conforme podemos notar, a produção ganha muitos pontos por não pender para lado algum, já que ela aponta o seu protagonista como um sujeito de grande caráter, mas com sérios desvirtuamentos morais durante muitos momentos.

A produção ganha pontos também pela atitude que toma a fim de quebrar uma possível narrativa linear e episódica (algo que “Milk – A Voz da Igualdade” raramente faz, e quando o faz, realiza de modo artificial), algo que a tornaria muito mais falha. Trata-se da inteligente idéia do roteiro em narrar, paralelamente à tomada de Cuba, uma entrevista que Guevara cedeu a uma rede de televisão estadunidense e a celebre visita dele à ONU. Aliás, é nesta “subtrama” (se é que posso a chamar assim) que vemos o protagonista soltar uma das frases mais marcantes e impactantes do longa: “É muito fácil dizer que, no capitalismo, o indivíduo tem a opção de satisfazer ou expressar-se através da natureza humana. Um menino tem um brinquedo e quer dois, tem dois e quer quatro, essa é a natureza humana, não é assim? Entretanto, o que acontece quando a sociedade comporta-se da mesma forma, ou quando se converte em um monopólio, oprimindo aos menos afortunados? É essa a natureza humana?”.

E quanto aos demais elementos do filme? Bem, diria que a direção de Steven Soderbergh é contida, mas, ao mesmo tempo, madura. O diretor evita cometer infantilidades, tais como idolatrar Guevara ou transformar esta obra em uma mera película de ação. Também se esforça bastante para distanciar o drama da pieguice e do melodrama barato, criando aqui uma estória bastante satisfatória a ponto de “segurar” as mais de duas horas de projeção.

O elenco então, dispensa comentários. Não restam dúvidas de que o filme é, definitivamente, de Benício Del Toro. Aparentemente, anos de laboratório estudando a vida de Che fizeram bem ao ator, que o encarna com um talento fora do comum. Del Toro está para Che Guevara assim como Tom Hulce está para Wolfgang Amadeus Mozart, ou Val Kilmer está para Jim Morrinson, Renée Maria Falconetti está para Joana d’Arc, Ben Kingsley está para Mohandas Karamchand Gandhi, Liam Neeson está para Oskar Schindler e David Strathairn está para Edward Roscoe Murrow. Demián Bichir também surpreende como Fidel Castro. Além de ter a aparência física semelhante a do ditador cubano antes da revolução, conta com os mesmos trejeitos dele e nos brinda com uma atuação repleta de verborragia. Rodrigo Santoro também se sai bem como Raul Castro e, embora a sua participação no longa seja consideravelmente curta, ele se destaca muito nos poucos minutos em que aparece (lembra-se de Jhonny Depp no excelente “Platoon”? Pois é, trata-se de um trabalho bastante semelhante).

Falhando ligeiramente no pouco carisma com o qual aborda o personagem-título, “Che – O Argentino” prima pela sua imparcialidade e ganha muita força com a atuação magistral do sempre excelente Benício Del Toro.

Avaliação Final: 8,5 na escala de 10,0.

6 comentários:

Unknown disse...

Abreu e Lima, Frei Caneca, Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre, Machado de Assis, Mascarenhas de Moraes, Santos Dumont, Paulo Bonavides, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Ana Néri, Felipe Camarão, André Vidal de Negreiros, Oswaldo Cruz, Rui Barbosa, Anita Garibaldi, Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Maria Quitéria, Dom Hélder Câmara...

Daniel Esteves de Barros disse...

Pois é, bem lembrado, Radamés. Se você juntar:

*Abreu e Lima, Frei Caneca, Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre, Machado de Assis, Mascarenhas de Moraes, Santos Dumont, Paulo Bonavides, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Ana Néri, Felipe Camarão, André Vidal de Negreiros, Oswaldo Cruz, Rui Barbosa, Anita Garibaldi, Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Maria Quitéria, Dom Hélder Câmara*

perceberá que todos eles juntos não fizeram 70% do que San Martín fez: libertar mais da metade da América do Sul.

É como um saudoso professor de história meu dizia: "o Brasil jamais teve um herói de verdade". Porém, é como sempre dizem: "Feliz é a nação que não precisa de heróis.".
Mas o Brasil é feliz? Não, conformado e alienado sim, feliz não. E a Argentina? É feliz? Não também.
Afff, que mundo irônico esse.

Unknown disse...

Abreu e Lima junto com Simón Bolivar, e antes de San Martin, foi responsável pela libertação de boa parte da América espanhola no século XIX; Felipe Camarão e André Vidal de Negreiros lideraram uma insurreição que, sem um centavo de ajuda da coroa portuguesa, juntou um punhado de nativos brasileiros pé-rapados e expulsou o exército holandês do Brasil no século XVII; Frei Caneca foi líder da mais importante, e única, revolução liberal da América Latina; Anita Garibaldi, junto com o marido, participou ativamente do processo de unificação da Itália; Maria Quitéria se vestiu de homem, se alistou ao exército e teve um papel preponderante na expulsão das últimas tropas portuguesas do Brasil; Mascarenhas de Moraes comandou as tropaas da FEB que, mesmo despreparada e sucateada, venceu a batalha de Monte Castelo, decisiva para a derrota do Eixo na Itália; Dom Hélder Câmara atuou de forma contudente contra o regime militar no Brasil, apoiando movimentos sociais antiditadura e aproximando a Igreja das causas sociais, é o único latino-americano indicado quatro vezes ao Nobel da Paz.

É, quem são eles frente ao libertador de Argentina, Peru e Bolívia e ao carinha que tirou Cuba de uma ditadura para colocar em outra, condenava à exaustão o império capitalista, mas morreu com um Rolex no pulso e outro bolso?

Daniel Esteves de Barros disse...

Hummm... temia que fosse resultar nisso. Mais uma discussão político-histórica entre mim e o Radamés que nada tem haver com o filme em si e não levará pessoa alguma a lugar algum. Lembrei-me dos tempos em que valia a pena postar na comunidade Cinema em Cena no Orkut, a gente vivia tendo estas discussões. Bons tempos aqueles.
Bem, confesso que não era necessariamente o tipo de discussão que eu queria ter por aqui, mas enfim, em tempos onde pessoas sexualmente frustradas aparecem no Cine-Phylum afirmando que eu escrevi uma palavra estrangeira erroneamente, sendo que, para comprovar que o fiz propositadamente para conferir uma indispensável informalidade ao meu texto só faltou por lâmpadas de dez mil watts em torno de tal palavra, uma discussão político-histórica é razoavelmente bem aceita, contanto que não passe dos limites.

Mais tarde volto defender veementemente nossos "ermanos", por ora, me prepararei para assistir a "Monstros e Alienígenas", a sessão começa logo mais às 19hs (e confesso que vou morrendo de vergonha, pois a pirralhada indagará: "o que esse grandão bobo está fazendo no meio de nós?"). Enfim, apuros pelos quais aspirantes à críticos de Cinema tem de passar.

Daniel Esteves de Barros disse...

Agora sim... vamos lá...

Em primeiro lugar devemos constar o seguinte: o Brasil foi um país que, para conseguir a independência, teve que depender da vontade de um português que, desgostoso com a idéia de voltar a Portugal e ser coroado como um reles rei de 'enfeite', optou por declarar a independência de nosso país e tornar-se imperador do mesmo, ou seja, além da Declaração de Independência brasileira ter sido encabeçada por um estrangeiro, o mesmo não o fez por amor à pátria, mas sim por amor a si mesmo.
Os heróis que você citou foram importantes? De fato foram, não tenho dúvidas quanto a isso, mas não há como comparar qualquer um deles com San Martín. O general argentino libertou três países inteiros sozinho. E os heróis nacionais? Libertaram uma região aqui, outra acolá, chegaram até a unificar um país e libertar alguns outros, mas nunca encabeçaram tais campanhas.
Se você pesquisar verá San Martín como libertador da Argentina, Chile e Peru, sendo que os dois primeiros estão entre os mais importantes países da América do Sul (sem contar que muitos o chamam de "O Libertador da América Espanhola", e os heróis nacionais? Quantos deles encabeçaram, de fato, tais revoluções? Abreu e Lima libertaram boa parte da América Espanhola, mas o crédito ficou com quem? Principal e merecidamente com Simon Bolívar.
E quanto a Frei Caneca? Participou de um movimento separatista que criou um governo independente no Pernambuco, mas e aí? Mudou muita coisa? Não. Isso sem contar, é claro, que não devemos comparar o Pernambuco com a Argentina, o Chile e o Peru, nem em termos de extensão territorial, nem em termos de importância político-histórica (não desprezando o Pernambuco, que sim, é um importante estado, mas não se compara ao Chile, por exemplo. Aliás, creio que nem mesmo os estados de São Paulo ou Minas Gerais, se analisados individualmente, podem ser comparados à nação que abriga o mais árido deserto do planeta: o Atacama).
Por fim, pretendo encerrar a discussão envolvendo San Martín por aqui, afinal de contas, ela não se dirige diretamente à crítica do filme "Che - O Argentino" em si (Rada, lembra-se de quando começavámos a falar de "2001..." e, sem mais nem menos, terminavámos falando sobre Império Romano, Tribos Celtas, Budismo, Cristianismo, Niilismo, Capitalismo, Marxismo e uma visão de John Stuart Mill sobre um social-capitalismo (capitalismo na produção, socialismo na distribuição)? No final das contas, acabamos falando bem pouco do filme em si, temo que esta discussão aqui seja parecida), mas caso você queira fazer as suas considerações, fique a vontade.

Daniel Esteves de Barros disse...

Falemos brevemente de Che Guevara agora. Desconheço estas informações de que Che morreu com um Rolex no pulso, estou sendo sincero mesmo. Caso possa citar uma fonte (não para comprovar nada, acredito em você e sei que não está mentindo, mas gostaria de ler algo a respeito), agradeço.

Agora, sejamos francos, Che não jogou Cuba em uma outra ditadura qualquer. Ele tirou de Cuba o título de "Puteiro Estadunidense" e deixou-a nas mãos de Fidel Castro, um homem que transformou aquela réles ilhota em um verdadeiro país, que recebeu total apoio da União Soviética, mostrou-se o primeiro ponto de resistência anti-capitalista do continente americano e que, ao contrário do que lemos nas fascistas Revista Veja ou ouvimos falar na ainda mais fascista Rede Globo de Televisão, se mostra uma nação bastante desenvolvida, tanto que os índices de educação são um dos melhores da América Latina, e olha que trata-se apenas de uma ilha singela, imaginem se fosse um país da extensão de um Brasil?
Segue o link abaixo que mostra uma Cuba diferente da que estamos acostumados a ver em mídias de extrema direita:

http://www.unb.br/ceam/nescuba/artigos/artigo1.htm