sexta-feira, 20 de março de 2009

Watchmen - O Filme - **** de *****

Enfim, o dramalhão mexicano “Missão: Watchmen - O Filme” teve o seu fim, e adivinhem só, como em um grande chavão da teledramaturgia da terra da tequila (ahhhh, a tequila, que saudades da tequila!), teve um final feliz. Sim, um “happy end”. Por que? Oras, porque adorei o filme, achei-o muito, muito bom, com uma ressalva ou outra. Enfim, o leitor poderá conhecer a minha opinião lendo a crítica abaixo, que ficou imensa diga-se. A propósito, preciso reduzir o tamanho de meus textos, não? Sim, e tenham certeza de que a próxima crítica que eu escrever (provavelmente será a de “Gran Torino”, que deverá sair amanhã ou no domingo), será consideravelmente menor que esta. Agora, um aviso aos chatos de plantão (e até mesmo amigos pessoais meus que convivem comigo dia a dia, fisicamente): se vocês acham meus textos longos demais e é difícil arrumar tempo e, acima de tudo, paciência para lê-los inteiramente, façam o seguinte: leiam apenas o último parágrafo. Lá faço um resumo do texto inteiro (e não só deste texto, mas de todos os outros que publico por aqui). Dado o recado, vamos à crítica.

Ficha Técnica:
Título Original: Watchmen.
Gênero: Drama / Ficção Científica.
Tempo de Duração: 163 minutos.
Ano de Lançamento: 2009.
Site Oficial: http://www.watchmenofilme.com.br/
Nacionalidade: EUA / Inglaterra / Canadá.
Direção: Zack Snyder.
Roteiro: Alex Tse e David Hayter, baseado em graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons.
Elenco: Malin Akerman (Laurie Juspeczyk / Espectral), Billy Crudup (Jon Osterman / Dr. Manhattan), Matthew Goode (Adrian Veidt / Ozymandias), Jackie Earle Haley (Walter Kovacs / Rorschach), Jeffrey Dean Morgan (Edward Morgan Blake / Comediante), Patrick Wilson (Dan Dreiberg / Coruja), Carla Gugino (Sally Jupiter / Espectral), Matt Frewer (Edgar Jacobi / Moloch), Stephen McHattie (Hollis Mason / Coruja), Laura Mennell (Janey Slater), Rob LaBelle (Wally Weaver), Gary Houston (John McLaughlin), James M. Connor (Pat Buchanan), Mary Ann Burger (Eleanor Clift), John Saw (Doug Roth), Robert Wisden (Richard Nixon), Jerry Wasserman (Detetive Fine), Don Thompson (Detetive Gallagher), Frank Novak (Henry Kissinger), Ron Fassler (Ted Koppel), Greg Armstrong-Morris (Truman Capote), J.R. Killigrew (David Bowie), John Kobylka (Fidel Castro), Glenn Ennis (Justiceiro Encapuzado), Dan Payne (Dollar Bill), Salli Saffioti (Annie Leibovitz), Darryl Scheelar (Capitão Metrópolis), Brett Stimely (John F. Kennedy), Carrie Genzel (Jackie Kennedy), Chris Gauthier (Seymour), Steven Stojkovic (Mick Jagger), Greg Travis (Andy Warhol), Apollonia Vanova (Silhouette), Chris Weber (Oficial O'Brien), Lori Watt (Mãe de Rorschach), Frank Cassini (Marido de Sally Jupiter), Clint Carleton (Hollis Mason - jovem), Haley Guiel (Laurie Jupiter - 13 anos), Jaryd Heidrick (Jon Osterman - jovem), Mike Carpenter (Moloch - jovem) e Eli Snyder (Rorschach - jovem).

Sinopse: Com a aprovação de uma lei em 1977, que determina que o combate ao crime organizado não poderá mais ser realizado através de pessoas mascaradas nomeadas de “Watchmen”, vários super-heróis perdem o emprego e o prestígio que possuíam há pouco tempo atrás. Alguns deles ficam loucos, outros tornam-se marginais foragidos da justiça, outros passam a trabalhar para o governo e, a maioria, simplesmente se aposenta e passa a levar uma vida normal. A calmaria é quebrada, contudo, quando um destes ex-super-heróis, o Comediante (Jeffrey Dean Morgan), é assassinado. Seu antigo colega, Rorschach (Jackie Earle Haley) entra em cena e passa a investigar o ocorrido. As investigações, a princípio, não são levadas a sério pelos outros ex-membros da equipe: Espectral (Malin Akerman), Coruja (Patrick Wilson), Dr. Manhattan (Billy Crudup) e Ozzymandias (Matthew Goode), mas após uma tentativa de assassinato deste último, todos optam por dar mais atenção a Rorschach. Todos, exceto os próprios Manhattan e Ozzymandias, que encontram-se extremamente ocupados trabalhando para o governo estadunidense na defesa do país contra possíveis ataques nucleares russos.

Watchmen – Trailer:


Crítica:

Quem for ao cinema esperando de “Watchmen – O Filme” uma adaptação de HQ convencional certamente dará com os burros n’água. O filme, felizmente, vai muito além disso, mas muito além mesmo. Não espere encontrar aqui situações como as que a mocinha indefesa, que passa a metade da projeção berrando “help!”, é salva no final pelo aguerrido herói que utiliza os seus super poderes para tal. Também não espere encontrar por aqui heróis altruístas, de caráter ilibado e moral inquestionável que se unem para salvar o mundo. Ops... esperem um pouco... em “Watchmen” os protagonistas se unem, de uma forma ou de outra, para salvar o mundo, não é mesmo? Bem, em parte sim, em parte não, e é aí que residem as maiores qualidades do filme. Os questionamentos de certos personagens sobre o porquê de salvar uma raça tão execrável e pútrida quanto a raça humana dá um tom extremamente distanciado entre a obra de Zack Snyder e os demais filmes de heróis convencionais.

Abrindo o longa com uma batalha mortal entre o super-herói alcunhado de “O Comediante” e um indivíduo mascarado, logo vemos o primeiro sendo derrotado e, consequentemente, morto pelo segundo. A seguir, o filme parte para os créditos iniciais e acompanhamos a projeção dos mesmos sob o som mais do que conveniente de “The Times They Are A-Changing” de Bob Dylan. Ao fundo, vemos uma sequência de imagens mostrando os tempos gloriosos de uma trupe de super-heróis que passaram por momentos marcantes na história dos EUA, variando desde a Segunda Grande Guerra até o início dos anos 1980, marcado pela mais execrável era da humanidade: a era “yuppie”. E é justamente quando nos lembramos da morte do Comediante (recentemente projetada na telona) que percebemos o quão sincronizada é a sucessão de imagens com a música de Dylan, que anuncia que os tempos estão mudando. E de fato, estão mesmo, afinal de contas, onde está o poder dos super-heróis que, outrora, eram imbatíveis e, agora, passam a ser exterminados um a um?

Este é o primeiro questionamento que “Watchmen” levanta acerca de seus personagens e, já de cara, nos anuncia que não será mais uma, dentre tantas outras, adaptações de HQ. “Watchmen” não é apenas um filme de super-heróis, mas sim um filme de super-heróis que amargam a aposentadoria. E se para muitos (inclusive para este que vos escreve, que não vê a hora de encerrar a sua carreira convencional e dedicar-se apenas à crítica cinematográfica, mas até lá restam mais de quarenta anos) este período da vida se revela o melhor dentre os demais, para outros este período se revela o fim de sua glória profissional. Quantos filmes, principalmente adaptações de HQ, você já assistiu que o levaram a tais questionamentos? Pouquíssimos, não? Pois é. Mas o longa não pára por aí. De forma alguma, ele vai muito além.

Quando os créditos se encerram e o filme toma a sua continuidade a partir da morte do Comediante, passa a entrar em cena então a averiguação do assassinato deste. Surge então um personagem extremamente fascinante e misterioso. Seu nome é Rorschach. Ele tem como uma de suas principais habilidades a capacidade de passar pelas pessoas sem nem ao menos ser notado. Rorschach utiliza estes dons para investigar a morte do ex-colega. Neste momento, o longa adota uma deliciosa estrutura de filme noir, tomando por base a fotografia extremamente escura, a narração “in off” e a falta de perspectiva com a qual o personagem encara a vida. Ele não admite o fato de ter sido simplesmente “desligado”, assim como os outros “Watchmen”, do governo estadunidense. Sua aposentadoria forçada e o seu “exílio” são por ele encaradas como uma ingratidão por parte das pessoas pelas quais se esforçou tanto para auxiliar no passado. Isso pode ser muito bem testemunhado por nós na cena onde narra: “A imundice acumulada de todo o sexo e homicídio subirá até as cinturas, e todas as prostitutas e políticos olharão para cima e gritarão: “salve-nos!”, e eu vou sussurrar: “não!”.”

Aliás, frases de impacto, como a supracitada, é o que não falta no filme. Muito pelo contrário, diria que até sobram. Vide o diálogo entre o próprio Rorschach e o Coruja, por exemplo. O segundo diz: “Você deveria tentar levar uma vida normal.” e o primeiro retruca: “É isso o que você tem agora? Uma vida normal? Quando você anda pelas ruas de uma cidade morrendo de hidrofobia e passa pelas baratas humanas falando de heroína e pornografia infantil, você realmente se sente normal?”, o interlocutor ainda insiste: “Pelo menos eu não estou me escondendo atrás de uma máscara.” e Rorschach encerra: “Não, você está se escondendo abertamente.”. E não pára por aí não. Outro diálogo de forte impacto é um onde o mesmo Coruja protagoniza com o Comediante: “Onde está o sonho americano?”, pergunta o primeiro, e o segundo responde enquanto atira em um grupo de manifestantes desarmados: “Você está olhando para ele!”.

Hum, espere aí! Citei o Comediante novamente, não? Sim, e sabem o que isso prova? Que ele não é apenas um recurso dramático adotado pelo filme a fim de iniciar uma investigação sobre o seu homicídio. Muito pelo contrário, o Comediante é um verdadeiro “Watchmen” e o desenvolvimento dele se revela tão imprescindível à trama como o de seus ex-colegas. Quando vemos o monstro que o alter-ego de Edward Morgan Blake era, logo deixamos de sentir pena pela morte do mesmo. O herói, que está mais para anti-herói, era um sujeito reacionário, cruel, impulsivo, e que via no emprego da violência um preenchimento para a sua vida. Blake estupra colegas de trabalho, se embriaga com frequência e atira em mulheres que carregam consigo um filho dele mesmo. E sabem o que é o melhor disso tudo? Ele o faz sem soar caricato (e muito disso deve-se à fenomenal atuação de Jeffrey Dean Morgan), pois sempre age de modo natural, e não almejando anunciar a sua crueldade através dos atos mais abomináveis o possível. O Comediante nos inspira ódio, nos inspira repulsas. Ele não é um herói, mas sim um inimigo da liberdade, assim como a grande maioria dos policiais e militares também o são, meros “porcos fardados”.

Tendo em vista o parágrafo supra, o que seriam então os Watchmen, haja visto que quase todos eles possuem um caráter quase tão reacionário quanto o de Blake? Os Watchmen não são heróis, mas sim a imagem xerocada do sistema político estadunidense. Representam a hipocrisia que permeia a Terra do Tio Sam, o uso de violência para combater a violência. São conservadores de extrema direita que fingem defender o povo, quando, na verdade, atacam ferozmente o mesmo (a mesmíssima coisa que policiais e militares o fazem). E aí o filme nos levanta outra questão: será que se as pessoas tivessem super poderes elas os utilizariam para o bem, conforme mostram a grande maioria das HQs? Ou se uniriam ao governo e, sem nem ao menos se darem conta, os utilizariam de forma repressora e anti-libertária, assim como policiais e militares o fazem (no caso, os super poderes destas classes escravagistas... digo... trabalhistas, são resumidos à autoridade delas)?

Inclusive um dos personagens mais sensatos da trama revela-se extremamente cruel diante de toda a sua racionalidade. Refiro-me ao mais complexo membro dos Watchmen: o poderoso Dr. Manhattan, cujo excesso de razão o transforma em uma pessoa insensível e sem o menor senso de piedade para com os seres humanos (vide a sequência no Vietnã onde o excelente “Apocalypse Now” é homenageado sob o som de “A Cavalgada das Valquírias” de Richard Wagner (que é tão adorada por mim que a coloco no celular para despertar-me todas as manhãs), por exemplo). E até mesmo com os amigos mais próximos a frieza emocional de Manhattan soa assombrosa, como vemos na cena onde ele não faz nada para impedir que uma garrafa rasgue a face do Comediante (e nesta mesma cena ele se mostra passivamente cruel ao não impedir que o anti-herói atire em seu desafeto) ou quando toma uma terrível atitude contra o amigo Rorschach no final do filme.

E o vilão, faz jus aos demais personagens? Sim, e ratificamos isto em uma frase dita por ele mesmo: “___ Não sou um simples vilão de gibi”. E, de fato, não é mesmo. O seu plano é fascinante, instigante, maravilhoso. Ao mesmo tempo em que se embasa em ideais altruístas, se revela um tanto o quanto desumano. Contudo, o que ele acaba realizando é, na verdade, um mal necessário. A propósito, o final da trama pode ser bastante anticlimático aos espectadores que estão acostumados com um filme mais redondinho (e volto a bater na tecla, se você não gosta de filmes de super-heróis que fogem bastante do convencional, talvez não nutra a mesma paixão que eu nutri por “Watchmen – O Filme”), já que está longe de ser um “happy end” (mas também está longe de ser um “unhappy end”).

Enfim, falei muito bem do filme até o momento (utilizei 1500 palavras para tal!!! Preciso reduzir meus textos.) o que significa que ele é uma produção “nota 10,0” ou um longa “cinco estrelas”, correto? Errado. Como de praxe, deixei as falhas para o final. Dediquei noventa por cento desta crítica para descrever os personagens do filme e o leitor, a essa altura, já sabe que os considero o grande trunfo da obra de Snyder, correto? Sim. Contudo, é extremamente irônico que, se por um lado as maiores qualidades de “Watchmen” residam na grande maioria de seus personagens, por outro lado os maiores defeitos do filme possam ser encontrados na minoria deles. Dois deles, para ser mais exato. Quais são? Coruja e Espectral.

Poderia começar mencionando que o romance entre ambos é exacerbadamente previsível, mas não o farei. Há outras características contidas nos dois que incomodam muito mais do que o singelo relacionamento amoroso deles: a falta de profundidade na caracterização de ambos. Se Comediante, Rorschach e Manhattan são fortes o bastante para “segurarem” o filme tranquilamente, Coruja e Espectral não são. Ambos são rasos demais e não contam com características realmente fortes a ponto de nos cativar, assim como vem a ser o caso dos outros três previamente citados. Quando estão juntos então, a situação piora. E sabe quando as coisas conseguem piorar ainda mais? Quando o roteiro opta por conferir importância demais a ambos. Seja franco, tirando o corpo maravilhoso da heroína (que fica de bunda de fora durante uma cena! Aêêê! Ops, sou assexuado, deixe-me conter.), o belo rosto da mesma, sua bela voz, ou quaisquer outros atributos diretamente ligados à beleza de Espectral, você conseguiu guardar (caso já tenha assistido ao filme, é claro) alguma outra característica da moça ao término da sessão (exceto, é claro, se levarmos em conta a surpreendente ligação dela com o Comediante, que é revelada ao final da trama)? E, sinceramente, acredito que a caracterização da personagem só não consegue ser mais insossa do que a péssima atuação da lindíssima Malin Akerman.

O que dizer do Coruja, então? Tirando os óculos de visão noturna e o resto da aparelhagem (que perde feio para os equipamentos do Batman e, principalmente, dos X-Men) dele, o que sobra (e não entrarei no mérito da beleza do ator pois homens não me atraem nem um pouco, ou seja, mesmo sendo assexuado, ainda tenho uma “salvação”, seja lá o que venha a significar tal “salvação”)? Ele é o típico super-herói bonzinho, que aproveita a aposentadoria para viver um estilo de vida que ele julga normal e, quando sente-se ameaçado, automaticamente volta à ativa para proteger os companheiros e a si mesmo, e não vai nada além disso. Nem mesmo a carismática presença de Patrick Wilson consegue fazer o personagem decolar.

Um dos motivos, no entanto, que mais me fizeram sentir vontade de assistir a este “Watchmen – O Filme” era o fato do mesmo ser dirigido por Zack Snyder. Ao contrário de boa parte da população terrestre, adorei a direção do jovem cineasta em “Madrugada dos Mortos” e, principalmente, no ótimo “300”. E sabem do que mais? Sou fã incondicional do modo como ele aplica “slow motion” durante as cenas de ação. Parece que a técnica, que é muito utilizada no excelente “Matrix” confere um toque especial às sequências de ação, pois à medida que podemos acompanhar minuciosamente as coreografias das batalhas corporais, elas se tornam mais atraentes. Em “300” Snyder utilizava tal recurso de modo fantástico e totalmente favorável à obra, já em “Watchmen – O Filme”, isto está longe de acontecer. E não bastasse o mal emprego do “slow motion”, o diretor parece ligar a câmera no piloto automático e apenas filma o que está acontecendo, nada além disso. Não há um único movimento realmente satisfatório realizado com a câmera, não há nada que consiga nos atrair definitivamente, nos cativar, nos sentir dentro da estória, e isso, é claro, conta muitos pontos negativos ao resultado final do filme.

E quanto à trilha-sonora, ela é tão desconexa com as cenas, como estão dizendo por aí? Não, não acho. “The Times They Are A-Changing”, por exemplo, nos transmite toda uma reflexão acerca dos personagens que o filme irá abordar. As outras músicas também são muito convenientes a meu ver, como “Unforgettable” que confere um contraste muito bacana com o violento combate pré-crédito que resulta na morte do Comediante, ou “The Sound of Silence” que ilustra o enterro do personagem (e que música poderia se encaixar melhor na tristeza e melancolia que tal cena transmite?). É claro que algumas músicas como “Hallelujah” são empregadas do modo mais desastroso que se possa imaginar (e a cena só se salva de ser terrivelmente desastrosa devido a bunda Malin Akerman), mas no mais, está longe de ser o desastre ambiental que as pessoas vem anunciando.

“Watchmen – O Filme” tinha todas as cartas na manga para ser uma superprodução excepcional, bastava apenas dirigir o seu foco aos personagens Rorschach, Comediante, Dr. Manhattan e, até mesmo, Ozymandias, e relegar Coruja e Espectral completamente ao segundo plano, mas, infelizmente, não é exatamente isso o que acontece. O roteiro disponibiliza tempo demais ao casal insosso e quebra o ritmo que os demais personagens, todos eles interessantíssimos, vinham conferindo até então. A estrutura narrativa do filme, por sua vez, é extremamente interessante e alterna constantemente entre subtramas existenciais, uma investigação à lá filme noir e uma aventura interessantíssima alicerçada por um magistral e perturbador “plano diabólico” do vilão da estória. As atuações são muito boas e só tem a acrescentar nos interessantes dramas vivenciados pelos seus personagens. É triste, no entanto, notarmos o quão pouco ousa Zack Snyder e, diferentemente de “Madrugada dos Mortos” ou “300”, realiza uma direção apenas razoável, entrando em total contraste com um roteiro repleto de personagens interessantes, diálogos bem construídos e uma estória bastante envolvente.

Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.

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