quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Crítica - Simplesmente Amor

Quando decidi inserir a crítica deste filme no blog o meu intento era aproveitar esta época de Natal (levando-se em conta que o longa se passa justamente nesta época) para comentá-lo por volta do dia 20 de dezembro, assim seria capaz de inserir o blog no espírito natalino. Mas graças à falta de tempo (sim, esta desculpa já virou clichê, mas é extremamente sincera e honesta) só pude publicar esta crítica hoje, no dia de Natal, exatamente quando as pessoas, após cearem e almoçarem, já se preparam para o Ano Novo e esquecem completamente desta data inconveniente que desestrutura a nossa rotina por inteiro. Sem mais delongas, vamos ao que interessa, à crítica deste longa excessivamente açucarado (e digo isto no sentido pejorativo da palavra).





Título Original: Love Actually
Gênero: Comédia Romântica
Tempo de Duração: 134 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2003
Site Oficial: www.loveactually.com
Estúdio: Universal Pictures / Working Title Films / DNA Films
Distribuição: Universal Pictures / UIP
Direção: Richard Curtis
Roteiro: Richard Curtis
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e Duncan Kenworthy
Música: Craig Armstrong
Fotografia: Michael Coulter
Desenho de Produção: Jim Clay
Direção de Arte: Rod McLean e Justin Warburton-Brown
Figurino: Joanna Johnston
Edição: Nick Moore
Elenco: Hugh Grant (Primeiro-Ministro), Colin Firth (Jamie Bennett), Sienna Guillory (Namorada de Jamie), Liam Neeson (Daniel), Lulu Popplewell (Daisy), Emma Thompson (Karen), Kris Marshall (Colin Frissell), Heike Makatsch (Mia), Martin Freeman (John), Joanna Page (Just Judy), Chiwetel Ejiofor (Peter), Andrew Lincoln (Mark), Keira Knightley (Juliet), Nina Sosanya (Annie), Martine McCutcheon (Natalie), Laura Linney (Sarah), Thomas Sangster (Sam), Alan Rickman (Harry), Rodrigo Santoro (Karl), Rowan Atkinson (Rufus), Claudia Schiffer (Carol), Bill Nighy (Billy Mack), Gregor Fisher (Joe), Rory MacGregor (Engenheiro), Carla Vasconcelos (Sophia Barros), Shannon Elizabeth (Harriet), Denise Richards (Carla) e Elisha Cuthbert


Sinopse: O novo Primeiro-Ministro da Inglaterra (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias, Natalie (Martine McCutcheon). Numa tentativa de curar seu coração, um escritor (Colin Firth) parte para o sul da França e lá acaba se apaixonando. Karen (Emma Thompson) desconfia que Harry (Alan Rickman), seu marido, a está traindo. Juliet (Keira Knightley), que se casou recentemente, desconfia dos olhares e intenções de Mark (Andrew Lincoln), o melhor amigo de seu marido. Sam (Thomas Sangster) tem por objetivo chamar a atenção da garota mais difícil da escola. Sarah (Laura Linney) enfim tem a grande chance de sair com Karl (Rodrigo Santoro), por quem mantém uma paixão silenciosa. Billy Mack (Bill Nighy) busca retomar sua carreira como astro do rock. A vida de todos estes personagens se entrelaçam e são modificadas pela presença do amor em suas vidas.



Love Actually - Trailer

Love Actually - Trailer2


Crítica:


Simplesmente Amor” se auto-intitulou (com toda a falta de modéstia do mundo, diga-se de passagem) “A comédia-romântica definitiva” (esperem só até “Woody Allen” saber disso). Pois de comédia digo que o filme tem muito pouco (salvo uma ou outra piada realmente hilária) e neste caso, analisar-lhe-ei apenas como uma obra cinematográfica de romance. Segundo o diretor “Richard Curtis” o amor está em todo o lugar e inclusive, esteve presente durante os atentados terroristas ao “World Trade Center” em 2001 (sinceramente, acho uma atitude ridícula a de “Curtis” analisar as coisas de uma maneira tão simplória como esta) e é justamente este sentimento que ele faz tanta questão de retratar nesta película. Para isso, o diretor tomou uma decisão extremamente megalomaníaca e criou nove historietas, todas debatendo o sentimento presente no título do filme. O problema é que das nove pequenas estórias inseridas no roteiro, apenas três ou quatro se mostram realmente interessantes e, para agravar ainda mais a situação, as demais historietas acabam atrapalhando o desenvolvimento destas que se revelam necessárias. O longa tem um início bem interessante, diga-se a verdade e consegue cativar o espectador a ponto de fazer com que este tenha a tola ilusão de que não irá assistir a mais uma comédia-romântica qualquer. Contudo, com o término da primeira meia hora de projeção passamos a sentir a dificuldade que “Curtis” tem com o desenvolvimento das estórias em si, fazendo com que as mesmas se tornem maçantes e sem conteúdo, salvo algumas que parecem ter sido trabalhadas com mais carinho pelo diretor e roteirista. Não bastasse tais defeitos, o longa, em sua maioria, ainda caminha para um final extremamente previsível e insosso, além de se perder em alguns momentos demasiadamente piegas. Mas nem tudo se resume a erros neste “Simplesmente Amor”, se por um lado “Curtis” se mostra incompetente na condução das estórias, por outro lado ele se mostra excelente no entrosamento de todo o elenco, fazendo com que todos os atores se saiam muito bem em seus respectivos papéis.



Avaliação Final: 5,0 na escala de 10,0.



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