sábado, 3 de janeiro de 2009

Projeto de Trabalho para 2009

Creio que, antes de publicar a mini-crítica do primeiro filme a que assisti neste ano, “O Encouraçado Potenkin” do diretor russo Sergei Eisenstein, seria interessante realizar uma espécie de plano de trabalho realçando o modo como pretendo desenvolver o Cine-Phylum em 2009.
Comecei o ano da forma exata como gostaria de ter começado, publicando a lista de filmes assistidos em 2008. Logo em seguida publiquei um texto sobre o último filme a que assisti no ano passado, “Matar ou Morrer” de Fred Zinnermann, algo que deveria ter feito no dia 31 de dezembro de 2008, mas não fui capaz de concretizá-lo, tendo que deixá-lo para o primeiro dia de 2009.
De agora em diante, no entanto, pretendo trabalhar da seguinte forma: assistir e criticar cerca de 2 filmes de estréia por semana e 1 filme que não seja recente (o que envolve os filmes lançados comercialmente no Brasil no ano passado e até mesmo as produções mais antigas que podem ser alcunhadas como clássicas), durante o mesmo período. As críticas dos filmes de estréia levarão mais atenção e terão textos maiores, afinal de contas, é preciso levantar muitos argumentos a favor ou contra os mesmos, uma vez que estes nunca foram debatidos anteriormente, diferentemente dos filmes mais antigos, onde os mesmos já foram avaliados pela crítica inúmeras vezes e não há a necessidade de se redigir um texto com uma média de 1.000 palavras para defender ou criticar a obra.
Outro ponto que eu gostaria de abordar diz respeito à nacionalidade dos filmes antigos que serão criticados aqui no Cine-Phylum. Conforme sugere a proposta inicial deste blog, deverei comentar os filmes que contribuíram, de uma forma ou de outra, para a evolução da sétima Arte. E por mais que o Cinema estadunidense seja o mais importante de todos os tempos (queira ou não, isto é fato, e não tem como negarmos), creio ser extremamente necessário dar um destaque especial aos filmes asiáticos e europeus. Afinal de contas, de onde os estadunidenses tiraram inspiração para criar os seus filmes? O que seria de Woody Allen sem Ingmar Bergman ou Jean Renoir? O que seria de Martin Scorsese sem Micheangelo Antonioni ou Akira Kurosawa (sem contar Sergio Leone, é claro)? O que seria de Stanley Kubrick sem Federico Fellini ou Robert Bresson?
É por estas e outras que acredito que, mesmo o Cinema estadunidense sendo o mais importante de toda a história, a sétima Arte européia e asiática desenvolveu um trabalho quase tão essencial quanto o que fora elaborado pela Terra do Tio Sam no que diz respeito à alicerção da mesma. Levando-se em conta também o pouco espaço dedicado pela mída especializada no assunto a filmes não-estadunidenses, tomei a decisão de realizar nesta área virtual uma espécie de incentivo aos mesmos, sendo assim, durante este ano de 2009 que agora se inicia, faremos o possível para que, durante a seleção das obras não recentes que deverão ser comentadas, atribua-se mais atenção a cineastas como Jean Luc Godard, Alfred Hitchcok, Federico Fellini, David Lean, François Truffaut, Micheangelo Antonioni, Jean Renoir, Luchino Visconti, Robert Bresson, Bernardo Bertolucci, Pedro Amoldóvar, Ingmar Bergman, Luís Buñuel e muitos outros, deixando gênios como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Stanley Kubrick, John Ford (este que não me agrada nem um pouco, face o conservadorismo empregado em seus filmes), John Huston, Quentin Tarantino e muitos outros, um pouco (e disse apenas “um pouco”) de lado.

Atenciosamente,

Daniel Esteves de Barros – Editor do Cine-Phylum.

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