quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Crítica - Paris, te amo

Imaginino-me andando pela rua e encontrando uma lâmpada mágica (não poderia ser mais clichê?) e dentro dela sai um gênio que diz:Você pode escolher um lugar,no mundo todo,para passar exatos três dias.Acredito que sem pensar duas vezes escolheria a França,sempre tive uma queda por este país,e talvez devo amá-lo quando tiver a oportunidade de conhecê-lo (não mais do que Minas Gerais,mesmo assim...),apenas isso já me deixaria com uma incontrolável vontade de assistir "Paris,te amo",mas não apenas isso. Junte ao fato de que quem assume a direção do filme é Walter Salles, Irmãos Coen, Gus Van Sant, Alonso Cuáron, Was Craven, Alexander Payne... Tentador, não?



Crítica:



Paris,como definir Paris com um sentimento?Amor?Talvez,a cidade luz encanta pessoas do mundo todo,e um dos maiores cartões postais do mundo não passa em branco pelo cinema.Logo logo a cidade viraria protagonista de um filme,e que atuação formidável seria!Em 2007 não um,mas 20 cineastas decidiram adaptar sua visão da cidade luz, resultado disso foi "Paris,te amo",uma incrível e sobretudo interessante homenagem àquela cidade.Um curta para cada cineasta,cinco minutos para cada um fazer sua declaração de amor para Paris e nesse meio tempo vemos uma confusão de sentimentos guardados,vemos o amor de um casal que não se ama mais,um amor indiferente,um amor de mãe recheado de culpa,um amor homossexual,um amor além de nacionalidades,um amor que não passa de atração física,um amor repleto de irônias,um amor mais ingênuo,um amor de modo sinistro,um amor florescendo através da conciência pesada de um homem,o amor de pai para filha,o amor entre os que não se conhecem,o amor entre os que se conhecem bem,um amor passando por crises e até mesmo os que não amam.São vários curtas com apenas um tema:AMOR.E tem de tudo.Alguns dos curtas ficam marcados em nossa cabeça por longo tempo,outros já esquecemos antes mesmo do filme acabar.Existem os bem produzidos,os que se afogam nos clichês.Os diretores mais consagrados ou os ainda em ascenssão são responsáveis pelos melhores curtas,mas não esqueceremos dos inciantes.Particulamente meu olho cresceu em cima de uma estória dirigida por Isabel Coixet,e olha que ela tem futuro.A cidade de Paris está lá e serve de inspiração,de cenário e protagoniza tudo,como julgar os cineastas que decidiram fugir dos clichês e não mostrar pontos referências como Arco do Triunfo ou Torre Eiffel ou como julgar os cineastas que simplesmente preferiram mostra o que a cidade tem de melhor?Difícil.O fato é que cada um teve uma vantagem:Liberdade para fazer o que quiser em Paris e uma desvantagem:Cinco minutos para contar uma estória,e rápido,afinal o público é cruel e os cinéfilos ainda mais,qualquer curta seria julgado e comparado com os outros quase 20 que tinham.Resultado final:agradáveis surpresas e surpresas horríveis.



Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0



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