segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Crítica - Barry Lyndon


Título Original: Barry Lyndon
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 183 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1975
Estúdio: Hawk Films / Peregrine / Polaris
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado em livro de William Makepeace Thackeray
Produção: Stanley Kubrick
Música: Leonardo Rosenman e The Chieftains
Direção de Fotografia: John Alcott
Desenho de Produção: Ken Adam
Direção de Arte: Roy Walker
Figurino: Milena Canonero e Ulla-Britt Söderlund
Edição: Tony Lawson
Elenco: Ryan O'Neal (Barry Lyndon), Marisa Berenson (Lady Lyndon), Hardy Krüger (Capitão Potzdorf), Steven Berkoff (Lorde Ludd), Gay Hamilton (Nora Brady), Marie Kean (Mãe de Barry), Murray Melvin (Reverendo Samuel Runt), Frank Middlemass (Sir Charles Lyndon), André Morell (Lorde Wendover), Diana Körner (Garota alemã) e Patrick Magee.

Sinopse: No século XVIII, um aventureiro irlandês, por ter transgredido a lei, é obrigado a deixar seu país e tornar-se espião, soldado e jogador. Mas seu principal objetivo é chegar até a aristocracia através do casamento e consegue, mas, apesar de um período de felicidade, um triste destino o aguarda.


Barry Lyndon - Trailer


Crítica:


Da mesma forma que “David Lean” marcou seu nome na história cinematográfica com épicos magníficos do quilate de “Lawrence da Arábia”, “A Ponte do Rio Kwai” e “Dr. Jivago” e “Victor Flemming” com “...E o Vento Levou”, “Stanley Kubrick” o fez com este sensacional “Barry Lyndon”. Na realidade, é lastimável ver que o longa de “Kubrick” acaba sendo subestimado por críticos e cinéfilos do mundo todo quando comparado a todos os longas supracitados, quando na verdade, o filme em questão supera todos eles, salvo “Dr. Jivago” (ainda não assisti a “A Ponte do Rio Kwai”, portanto, não realizarei analogias entre ambos). A primeira palavra que vem à mente de uma pessoa que termina de assistir a este “Barry Lyndon” é perfeição e é justamente isto que o filme nos transmite. É praticamente impossível uma pessoa, por mais desatenta que seja, não reparar na beleza majestosa que é este filme. Tudo parece ter sido realizado da maneira mais perfeita o possível, em especial a fotografia do longa que, ao meu ver, é a mais sensacional da história do Cinema ao lado de “A Sociedade do Anel” e “Dr. Jivago”. Não seria exagero nenhum de minha parte se resolvesse comentar que o longa em questão pode ser chamado de Poesia em forma de Cinema, ou melhor, Pintura em forma de Cinema. Sim, Pintura viria mais a calhar, pois é impossível não comparar as paisagens bucólicas exibidas no longa com quadros da arte Barroca e os suntuosos palácios com quadros pintados durante a arte Neoclássica. A direção de “Kubrick”, por sua vez, deseja nos transferir sutileza e realmente consegue com maestria, principalmente se observarmos o casamento realizado entre direção, direção de arte, fotografia, figurinos e trilha-sonora, tudo feito com perfeição. Infelizmente, o longa possui uma característica peculiar nos filmes “kubrickianos” (nunca, em toda a minha vida, imaginei que diria isso de modo pejorativo): a frieza com que o protagonista é desenvolvido pelo roteiro. Se tal frieza não incomoda nos filmes anteriores do diretor, neste longa torna a relação protagonista-público dificílima.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.


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7 comentários:

Unknown disse...

O senhor, por favor, poderia informar ao público (de uma pessoa só) deste blog se foi o senhor mesmo quem escreveu essa crítica, caso contrário, escreva sempre a fonte. Agradecido

Unknown disse...

Gostaria que o senhor respondesse a minha "questã":
Como pode alguém que nunca assistiu Magnólia ser um critico de qualquer filme que seja. Eu o desafio a assisti-lo e, é lógico, comente-o aqui no blog. Mas não se esqueça de dar prioridade ao Alpha Dog...hehehe

Daniel Esteves de Barros disse...

Rapaz, estas críticas são escritas por um trisavô meu. Sempre que o "véio" tá afim de escrever algo ele me avisa, eu o encorporo fazendo rituais à lá Chico Xavier e o "véio" manda ver na redação.

Daniel Esteves de Barros disse...

Rapaz, o senhor é um safado, sacripantas, malaco e caluniador!!! Em primeiro lugar o senhor sugere que estas críticas não são redigidas por mim, quando na verdade, as mesmas são boladas pelo meu trisavô que encarna a sua honerável alma em minha honerável pessoa e me autoriza a redigir tais análises.
Em segundo lugar, o senhor é um hipócrita, safado, sem vergonha, caluniador, sacripantas, narcotraficante, vândalo, homícida, e o que é pior, é um bobo, pois sempre me arruma algum empecilho a fim de evitar com que eu assista a Magnólia e Alpha Dog. Quando o senhor não quebra o DVD que eu alugo, ateia fogo em minha televisão (a propósito, esqueci de mencionar que o senhor é um piromaníaco nato) ou então faz coisa pior, pega o controle remoto de minha tv e aperta o botão "tv/dvd"!!! Seu vagabundo!!!

Ricardo Bianchetti disse...

"Barry Lyndon" tem uma fotografia grandiosa,uma das melhores da história do cinema,e falando nisso.O homem realmente pisou na Lua?
Pois é,depois de "2001: Uma Odisséia no Espaço" Kubrick foi convidado pela NASA,e antes de 1975 ele ganha do nada uma lente da NASA para filmar com luzes naturais "Barry Lyndon".Lenda Urbana?
Poxa Daniel,o único erro na sua resenha foi falar que ele é melhor do que "Lawrence da Arábia",mas fazer o que neh?opinião!

Daniel Esteves de Barros disse...

Hehehehehehe, não duvidaria muito da tal lente especial da NASA. Enfim "Barry Lyndon" é mais uma obra-prima do mestre dos mestres "Stanley Kubrick". Particularmente, considero-o melhor que muitos outros filmes do diretor, dentre os quais: "O Iluminado", "Nascido Para Matar" e "De Olhos Bem Fechados". Empata com "Dr. Fantástico".
"Lawrence da Arábia", como já havia dito e discutido com você na comunidade do Cinema em Cena, considero um filme cuja primeira metade é para lá de arrastada e enrolada, a viagem que eles fazem até Aqaba poderia ter sido mostrada com 10 minutos de filme, no entanto, utilizaram 90. Mas esta primeira metade ainda se salva pelos detalhes técnicos, em especial a fotografia e a trilha-sonora, que são perfeitos. A segunda metade do filme, por sua vez, ultrapassa os limites da perfeição. Um ótimo filme, embora superestimado!

Daniel Esteves de Barros disse...

Na verdade, exagerei um pouco, a viagem à Aqaba poderia ter sido mostrada com 20 minutos de filme apenas, não precisaría mais do que isso não!