sábado, 10 de novembro de 2007

Crítica - Tropa de Elite


Título Original: Tropa de Elite
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 118 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2007
Site Oficial: www.tropadeeliteofilme.com.br
Estúdio: Zazen Produções
Distribuição: Universal Pictures do Brasil / The Weinstein Company
Direção: José Padilha
Roteiro: Rodrigo Pimentel, Bráulio Mantovani e José Padilha
Produção: José Padilha e Marcos Prado
Música: Pedro Bromfman
Fotografia: Lula Carvalho
Desenho de Produção: Tulé Peak
Figurino: Cláudia Kopke
Edição: Daniel Rezende
Elenco: Wagner Moura, Caio Junqueira, André Ramiro, Milhem Cortaz, Fernanda de Freitas, Fernanda Machado, Thelmo Fernandes, Maria Ribeiro, Emerson Gomes, Fábio Lago, Paulo Vilela, André Mauro, Marcelo Valle, Erick Oliveira, Ricardo Sodré, André Santinho, Luiz Gonzaga de Almeida, Bruno Delia, Alexandre Mofatti e Daniel Lentini.


Sinopse: 1997. O dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam.




Crítica:


A primeira vez que assisti a este “Tropa de Elite” havia considerado-o apenas um ótimo filme, mas nada além disso. Particularmente, achava que a visão unilateral do longa atrapalhava, e muito, no julgamento do público para com o mesmo. Afinal de contas, como saber quem é o vilão e o “mocinho” da estória se o longa se fixa inteiramente na vida profissional e até mesmo pessoal de um oficial do BOPE? Assistindo-o agora a pouco pela segunda vez, notei que a intenção do filme é justamente esta: mostrar a estória apenas do ponto de vista do suposto “mocinho”, para que assim pudesse ser retratado o modo como os policiais dedicados se alienam acreditando fazer parte de um grupo que jamais é corrompido, tanto pelo dinheiro quanto pelo receio à morte, mas que leva uma vida regada de violência e desafeto, causando danos irreversíveis até mesmo aos seus familiares. “Tropa de Elite” é, acima de tudo, um longa que visa retratar a hipocrisia e é isso que faz dele algo tão sensacional (sim, toda a repercussão acima dele é muito mais do que merecida, afinal de contas, trata-se do melhor filme do ano até então). Esta obra cinematográfica magistralmente dirigida por “José Padilha” apresenta críticas ferrenhas a todos os tipos de hipocrisia encontradas na guerra contra o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro. Temos aqui uma crítica ao governo que cobra excessivamente de seus policiais, mas não lhes oferece recursos dignos para realizar o trabalho, à polícia que utiliza os baixos salários como justificativa para a negligência e à adesão à corrupção, aos traficantes que utilizam civis para fazer o trabalho sujo e os descartam sem piedade quando estes não lhes são mais úteis, ao BOPE que combate violência com violência e aos grupos sociólogos que se manifestam contra a violência, mas financiam a mesma consumindo drogas. O roteiro nos apresenta a uma estória extremamente envolvente que se torna cada vez mais cativante conforme vai realizando suas críticas sociais e com a atuação de Wagner Moura, encarnando com maestria um personagem repleto de crises existenciais.


Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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