segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Crítica - O Sétimo Selo

Aproveitando a pausa que terei de adotar, totalmente contra a minha vontade, em minha rotina de cinéfilo (que consiste em assistir a, no mínimo, dois filmes por fim-de-semana), decidi postar algumas de minhas críticas prediletas e optei por começar com “O Sétimo Selo” do grande gênio do Cinema Existencialista, “Ingmar Bergman”. Talvez esta nem esteja entre minhas críticas prediletas, mas provavelmente foi uma das que mais me deram trabalho para ser redigidas e por este motivo a escolhi:






Título Original: Det Sjunde Inseglet
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Suécia):
1956
Estúdio: Svensk Filmindustri
Distribuição: Janus Films
Direção: Ingmar Bergman
Roteiro: Ingmar Bergman, baseado em peça de Ingmar Bergman
Produção: Allan Ekelund
Música: Erik Nordgren
Direção de Fotografia: Gunnar Fischer
Desenho de Produção: P.A. Lundgren
Figurino: Manne Lindholm
Edição: Lennart Wallén
Elenco: Max Von Sydow (Antonius Block), Gunnar Björnstrand (Jöns), Bengt Ekerot (Morte), Nils Poppe (Jof), Bibi Andersson (Mia), Inga Gill (Lisa), Maud Hansson (Bruxa), Inga Landgré (Esposa de Antonius Block), Gunnel Lindblom (Garota), Bertil Anderberg (Raval), Anders Ek (Monge), Gunnar Olsson (Pintor da igreja), Erik Strandmark (Jonas Skat) e Åke Fridell.


Sinopse: Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.


Det Sjunde Inseglet - Trailer


Crítica:


Nunca, em toda a minha vida, imaginei criar coragem o bastante para fazer uma crítica sobre “O Sétimo Selo”. Provavelmente isto se deve à complexidade que abrange a obra de uma maneira geral. Filmes como “Persona” (de Ingmar Bergman também) e “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (não preciso dizer quem é o cineasta responsável por esta obra-prima, não é mesmo?) são, inquestionavelmente, mais complexos que o longa estrelado por Max Von Sydow (que futuramente viria a fazer papéis para lá de marcantes na história do Cinema, dentre os quais destaco o padre no longa “O Exorcista”), contudo, a pessoa que assistir a qualquer um dos dois filmes supracitados certamente saberá que se trata de obras cinematográficas para lá de complexas e por este motivo são plausíveis de sofrerem uma análise mais apurada. Diferente é este “O Sétimo Selo” que, aos olhos de uma pessoa que não possua o menor senso de visão artística, trata-se de uma obra simplória e com uma estória fácil de ser absorvida e até mesmo concluída. A verdade é que estes indivíduos não são capazes de compreender as inúmeras metáforas incluídas no roteiro. A própria cena em que Antonious Block joga xadrez com a morte (uma das mais memoráveis da história do Cinema, diga-se de passagem) pode parecer desconexa, fantástica em demasia e até mesmo tola para a grande maioria dos que assistirem ao filme, mas a verdade é que poucos são capazes de enxergar o quão filosófica é a mesma, pois esta representa o principal objetivo de vida de um ser humano: enganar a morte o máximo possível para prolongar a vida cada vez mais. Contudo, no “jogo da vida” (aqui representado pelo jogo de xadrez) quem sempre vence é a morte. Bergman também aborda diversas questões existenciais durante o desenrolar do longa, tais como: o propósito (neste caso, o despropósito) do relacionamento amoroso entre o homem e a mulher, a existência de Deus e do Demônio, a ambição humana e muito mais. Infelizmente, o longa, vez ou outra, opta por utilizar um humor completamente bobo e algumas filosofias baratas e desnecessárias.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.

domingo, 25 de novembro de 2007

Uma ligeira pausa

Sei que este blog encontra-se demasiadamente inerte nos últimos dias, mas tudo isto deve-se à falta de tempo que tenho tido para atualizá-lo. Agora, final de ano, terão início as provas do 4° Bimestre na faculdade, fato que torna praticamente impossível para mim, por mais que me esforce, tentar atualizar o mesmo ainda que seja vez ou outra.
Portanto, necessitarei fazer uma breve pausa em minhas atividades neste blog e creio que só retomarei as mesmas por volta do dia 15 de dezembro. Até lá, já adianto, espero ter encontrado tempo para redigir minhas críticas sobre os filmes "Intolerância" (de 1916) e "Lavoura Arcaica" (de 2001), além de assistir e também resenhar os longas "Crepúsculo dos Deuses" e "O Mágico de Oz".
Mudando um pouco de assunto e fugindo completamente do tema "Cinema", gostaria de postar aqui uma crítica bastante inteligente e, é claro, hilária e bem-humorada ao Capitalismo que recebi de um amigo estes dias pelo Orkut:


Entendendo o Capitalismo Mundial:


# Capitalismo Ideal: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!
# Capitalismo Americano: Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre. Então você invade um país árabe dizendo que eles ameaçam a democracia mundial porque têm armas de destruição em massa, e rouba as vacas deles.
# Capitalismo Francês: Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três
# Capitalismo Canadense: Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.
# Capitalismo Japonês: Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produz 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
# Capitalismo Italiano: Você tem duas vacas. Uma você mata, quando tenta forçar ela e fabricar queijo diretamente da teta e com a outra você resolve experimentar salame de vaca. Vende o salame de vaca para todo o mundo e fica rico.
# Capitalismo Britânico: Você tem duas vacas. As duas são loucas.
# Capitalismo Holandês: Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
# Capitalismo Alemão: Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
# Capitalismo Russo: Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.(Essa campanha é patrocinada pela Reversal Russa. "Na União Soviética, 2 vacas tem você!")
# Capitalismo Suíço: Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.
# Capitalismo Espanhol: Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
# Capitalismo Polonês: Você tem duas vacas. Seu time perde, você bebe, briga com as duas e as mata.
# Capitalismo Português: Você tem duas vacas. E reclama porque seu rebanho não cresce...
# Capitalismo Chinês: Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.
# Capitalismo Hindu: Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.
# Capitalismo Mexicano: Você tem duas vacas, sobe em uma e vai para os EUA.
# Capitalismo Etíope: Você não tem duas vacas.
# Capitalismo Sul-Coreano: Você tinha duas vacas, com a divisão das Coréias, você passou a ter apenas uma. Então os Americanos doam 3 mil vacas para você fazer inveja no seu vizinho do norte.
# Capitalismo Porto-Riquenho: Você não tem duas vacas, mas é cidadão estadunidense.
# Capitalismo Palestino: Você tem duas vacas. Os judeus as tomam e te dão uma codorna pra você criar na faixa de gaza.
# Capitalismo Judeu: Você tem duas vacas. Vende uma, recebe o dinheiro e não a entrega. Quando o comprador vai reclamar, você o chama de anti-semitista, nazista e continua com a vaca.
# Capitalismo Gaúcho: Você tem duas vacas. As vende e compra carne de vaca argentina.
# Capitalismo Argentino: Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês. As vacas morrem. Você vende uma delas para os gaúchos, e a outra você faz um churrasco de final de ano pros diretores do FMI.
# Capitalismo Brasileiro: Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro e botões, presumia que você tivesse 200 vacas e você vende a vaca restante para pagar as multas e os acréscimos legais e ainda adere ao programa do governo chamado REFIS para parcelar o restante da dívida com atualização da TR mais juros por 120 meses.


Ah, mais uma coisa. Provavelmente, durante esta semana, postarei uma crítica minha ao filme "O Sétimo Selo", grande obra existencialista do gênio sueco "Ingmar Bergman", portanto, conto com vossos comentários.

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sábado, 17 de novembro de 2007

Crítica - Dança com Lobos


Título Original: Dance With Wolves
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 180 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1990
Estúdio: Majestic Film / Tig Productions
Distribuição: MGM / Orion Pictures Corporation
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Michael Blake, baseado em livro de Michael Blake
Produção: Kevin Costner e Jim Wilson
Música: John Barry
Direção de Fotografia: Dean Semler
Desenho de Produção: Jeffrey Beecroft
Direção de Arte: William Ladd Skinner
Figurino: Elsa Zamparelli
Edição: William Hoy, Chip Masamitsu, Steve Potter e Neil Travis
Elenco: Kevin Costner (Tenente John Dunbar / Dança com Lobos), Mary McDonnell (Stands With a Fist), Graham Greene (Kicking Bird), Rodney A. Grant (Wind in His Hair), Floyd "Red Crow" Westerman (Ten Bears), Tantoo Cardinal (Black Shawl), Robert Pastorelli (Timmons), Charles Rocket (Tenente Elgin), Maury Chaykin (Major Fambrough), Jimmy Herman (Stone Calf), Nathan Lee Chasing Horse (Smiles a Lot), Michael Spears (Otter), Jason R. Lone Hill (Worm), Tony Pierce (Spivey), e Tom Everett (Sargento Pepper).


Sinopse: Durante a Guerra Civil, um jovem soldado (Kevin Costner) pratica uma ato ousado, é considerado herói e vai servir por sua escolha em um lugar com forte predominância do povo Sioux. Com o tempo ele assimila os costumes dos nativos, acontecendo uma aculturação às avessas.


Dance with Wolves - Trailer


Crítica:


Sou fã incondicional do gênero cinematográfico denominado de “western spaghetti”, mas simplesmente detesto o gênero que lhe serviu de inspiração, o “western clássico” (salvo um ou outro filme). Tal repulsa não reside na parte técnica dos filmes que compõe esta categoria cinematográfica, mas sim na parte moral dos mesmos. “Rastros de Ódio” (maior representante do “western clássico”), por exemplo, me causa repulsas pela maneira como é abordada a relação entre homem branco e indígena: “homem branco = bom e civilizado” e “pele vermelha = ruim e selvagem”. Felizmente no ano de 1.990 tivemos um longa inspirado no gênero de filme cujo principal representante é “Rastros de Ódio” que abandona o asqueroso preconceito contra os indígenas e a visão eurocêntrica apresentada na grande maioria dos longas desta categoria. “Dança com Lobos” é um filme extremamente inteligente que, ao invés de perder tempo utilizando os índios como os principais responsáveis pelos maiores problemas que o homem branco veio a enfrentar durante a conquista do Oeste, opta por fazer um estudo da psicologia humana quando esta encontra-se isolada do resto de sua raça e se vê obrigada a realizar um contato com uma outra civilização para que assim possa sobreviver aos perigos impostos pela natureza local. Certamente, o maior problema enfrentado entre a convivência destas duas raças tão diferentes é a comunicação entre ambas e a maneira como o filme aborda isto só não é mais fantástica que o modo como o roteiro vai desenvolvendo os progressos diplomáticos entre o protagonista da estória (“Kevin Costner”, em um dos poucos papéis relevantes de sua carreira) e uma tribo de nativos que habita a região. O longa é muito emocionante, principalmente pela maneira como aborda as diferenças entre duas civilizações e ainda conta com aspectos técnicos praticamente perfeitos, tais como: direção, trilha-sonora, atuações, direção de arte, maquiagem, figurino e, principalmente, fotografia. Uma pena se estender mais do que deveria e perder tempo com uma estória de amor previsível.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.


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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Crítica - Alpha Dog


Título Original: Alpha Dog
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 117 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
2007
Site Oficial: www.alphadogmovie.com
Estúdio: Sidney Kimmel Entertainment / Alpha Dog LLC / VIP 2 Medienfonds / A-Mark Entertainment
Distribuição: Universal Pictures / Imagem Filmes
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Nick Cassavetes
Produção: Sidney Kimmel e Chuck Pacheco
Música: Aaron Zigman
Fotografia: Robert Fraisse
Desenho de Produção: Dominic Watkins
Direção de Arte: Alan Petherick
Figurino: Sara Jane e Sarah Jane Slotnick
Edição: Alan Heim
Elenco: Bruce Willis (Sonny Truelove), Emile Hirsch (Johnny Truelove), Fernando Vargas (Tiko "TKO" Martinez), Vincent Kartheiser (Pick Giamo), Justin Timberlake (Frankie Ballenbacher), Shawn Hatosy (Elvis Schmidt), Heather Wahlquist (Wanda Haynes), Alex Solowitz (Bobby), Alec Vigil (P.J. Truelove), Harry Dean Stanton (Cosmo Gadabeeti), Frank Cassavetes (Adrian Jones), Ben Foster (Jake Mazursky), David Thornton (Butch Mazursky), Anton Yelchin (Zack Mazursky), Sharon Stone (Olivia Mazursky), Olivia Wilde (Angela Holden), Paul Johansson (Peter Johansson), Nancy De Mayo (Dale Dierker), Alexandra Cassavetes (Joanna Kirschner), Chuck Pacheco (Chuck Mota), Frank Peluso (Gay "Lumpy" Yeager), Greg Kean (De Rosa), Dominique Swain (Susan Hartunian), Chris Marquette (Keith Stratten), Alex Kingston (Tiffany Hartunian), Amanda Seyfried (Julie Beckley), Charity Shea (Sabrina Pope), Bobby Cooper (Bob Nolder), Alan Thicken (Douglas Holden), Janet Jones (Elaine Holden), Lukas Haas (Buzz Fecske), Adrianna Belan (Leigh Fecske), Holt McCallany (Detetive Tom Finnegan) e Matthew Barry (Entrevistador).


Sinopse: Johnny Truelove (Emile Hirsch) é um traficante de drogas de 2ª categoria em uma região confortável em San Gabriel Valley, em Los Angeles. Johnny e seus amigos vivem isolados em uma vida suburbana e, com muito tempo livre, levam a vida em busca de festas e emoções fortes. Quando Jake Mazursky (Ben Foster) não consegue o dinheiro que deve a Johnny, ele decide sequestrar Zack (Anton Yelchin), o irmão mais novo de Jake. Rumo a Palm Springs, Johnny e sua gangue decidem manter Zack como garantia e passam a levá-lo para festas, deixando-o sob responsabilidade de Frankie Ballenbacher (Justin Timberlake). Logo Zack passa a viver uma fantasia de verão, já que está afastado dos pais e rodeado de bebidas, garotas e novas experiências. Ao mesmo tempo ele se torna um companheiro de Johnny e sua gangue, que deixam de vê-lo como um refém.



Alpha Dog - Trailer
Alpha Dog - Trailer2


Crítica:


O Cinema já nos ofereceu vários estudos sobre a futilidade juvenil ao longo de sua existência. Como exemplo prático disso pode-se citar “Laranja Mecânica” (na verdade, a futilidade juvenil é apenas uma das várias críticas sociais que o longa de “Kubrick” realiza), “Juventude Transviada” (outro longa bastante relevante onde a futilidade juvenil é apenas um pequeno ingrediente do interessante pacote completo) “Trainspotting – Sem Limites”, “Cova Rasa”, entre muitos outros, incluindo este “Alpha Dog” que é um dos menos originais dentre todos do gênero, mas inexplicavelmente, se revela um ótimo e indispensável filme. A estória parte de uma premissa bastante interessante que fôra inspirada em fatos reais, onde um garoto de 15 anos é seqüestrado por um grupo de jovens traficantes que almejam utilizá-lo como uma espécie de garantia para que seu irmão mais velho pague uma dívida que possui com eles. Contudo, tal seqüestro não é levado a sério pelos delinqüentes, que passam a ter uma relação bastante intima com a vítima e é justamente aí que reside a maior parte dos problemas com o longa: a maneira desnecessária com que o mesmo explora tal relação e acaba deixando de lado a abordagem que havia prometido realizar no início do filme, sobre os males que as drogas trazem às vidas dos jovens. Por outro lado, o roteiro se mostra bastante eficiente quando opta por retratar o estilo de vida fútil que estes jovens levam, mas não tem como negar que, ao fazer isso de maneira desnecessariamente exagerada, o mesmo acaba, inescapavelmente, tornando o longa igualmente fútil. Enquanto o filme se alterna entre realizar críticas a este determinado grupo social, retratar de maneira desnecessária o relacionamento entre delinqüentes e vítima e se perder em meio à futilidade que almeja criticar, o mesmo surpreende com um acontecimento ocorrido no intróito de seu terceiro ato e nos mostra que a futilidade exibida nos dois primeiros atos era proposital, pois visava mostrar o quanto as drogas, à primeira vista, são “cool”, mas que com o passar do tempo se tornam verdadeiras semeadoras de desarmonia e destruição pessoal e familiar.


Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.


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sábado, 10 de novembro de 2007

Crítica - Tropa de Elite


Título Original: Tropa de Elite
Gênero: Ação
Tempo de Duração: 118 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2007
Site Oficial: www.tropadeeliteofilme.com.br
Estúdio: Zazen Produções
Distribuição: Universal Pictures do Brasil / The Weinstein Company
Direção: José Padilha
Roteiro: Rodrigo Pimentel, Bráulio Mantovani e José Padilha
Produção: José Padilha e Marcos Prado
Música: Pedro Bromfman
Fotografia: Lula Carvalho
Desenho de Produção: Tulé Peak
Figurino: Cláudia Kopke
Edição: Daniel Rezende
Elenco: Wagner Moura, Caio Junqueira, André Ramiro, Milhem Cortaz, Fernanda de Freitas, Fernanda Machado, Thelmo Fernandes, Maria Ribeiro, Emerson Gomes, Fábio Lago, Paulo Vilela, André Mauro, Marcelo Valle, Erick Oliveira, Ricardo Sodré, André Santinho, Luiz Gonzaga de Almeida, Bruno Delia, Alexandre Mofatti e Daniel Lentini.


Sinopse: 1997. O dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam.




Crítica:


A primeira vez que assisti a este “Tropa de Elite” havia considerado-o apenas um ótimo filme, mas nada além disso. Particularmente, achava que a visão unilateral do longa atrapalhava, e muito, no julgamento do público para com o mesmo. Afinal de contas, como saber quem é o vilão e o “mocinho” da estória se o longa se fixa inteiramente na vida profissional e até mesmo pessoal de um oficial do BOPE? Assistindo-o agora a pouco pela segunda vez, notei que a intenção do filme é justamente esta: mostrar a estória apenas do ponto de vista do suposto “mocinho”, para que assim pudesse ser retratado o modo como os policiais dedicados se alienam acreditando fazer parte de um grupo que jamais é corrompido, tanto pelo dinheiro quanto pelo receio à morte, mas que leva uma vida regada de violência e desafeto, causando danos irreversíveis até mesmo aos seus familiares. “Tropa de Elite” é, acima de tudo, um longa que visa retratar a hipocrisia e é isso que faz dele algo tão sensacional (sim, toda a repercussão acima dele é muito mais do que merecida, afinal de contas, trata-se do melhor filme do ano até então). Esta obra cinematográfica magistralmente dirigida por “José Padilha” apresenta críticas ferrenhas a todos os tipos de hipocrisia encontradas na guerra contra o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro. Temos aqui uma crítica ao governo que cobra excessivamente de seus policiais, mas não lhes oferece recursos dignos para realizar o trabalho, à polícia que utiliza os baixos salários como justificativa para a negligência e à adesão à corrupção, aos traficantes que utilizam civis para fazer o trabalho sujo e os descartam sem piedade quando estes não lhes são mais úteis, ao BOPE que combate violência com violência e aos grupos sociólogos que se manifestam contra a violência, mas financiam a mesma consumindo drogas. O roteiro nos apresenta a uma estória extremamente envolvente que se torna cada vez mais cativante conforme vai realizando suas críticas sociais e com a atuação de Wagner Moura, encarnando com maestria um personagem repleto de crises existenciais.


Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Crítica - ...E o Vento Levou


Título Original: Gone With The Wind
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 241 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1939
Site Oficial: www.franklymydear.com

Estúdio: Selznick International Pictures
Distribuição: MGM / New Line Cinema
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Sidney Howard, baseado em livro de Margaret Mitchell
Produção: David O. Selznick
Música: Max Steiner
Direção de Fotografia: Ernest Haller e Ray Rennahan
Desenho de Produção: William Cameron Menzies
Direção de Arte: Lyle R. Wheeler
Figurino: Walter Plunkett
Edição: Hal C. Kern
Elenco: Clark Gable (Rett Butler), Vivien Leigh (Scarlett O'Hara), Leslie Howard (Ashley Wilkes), Olivia de Havilland (Melanie Hamilton Wilkes), Hattie McDaniel (Mammy), Thomas Mitchell (Gerald O'Hara), Barbara O'Neil (Ellen O'Hara), Evelyn Keyes (Suellen O'Hara), Ann Rutherford (Carreen O'Hara), George Reeves (Stuart Tarleton), Fred Crane (Brent Tarleton), Butterfly McQueen (Prissy), Victor Jory (Jonas Wilkerson), Everett Brown (Big Sam), Howard C. Hickman (John Wilkes), Alicia Rhett (India Wilkes), Rand Brooks (Charles Hamilton) e Carroll Nye (Frank Kennedy).


Gone With the Wind – Trailer 1
Gone With the Wind – Trailer 2


Crítica:

Quando escrevi sobre “Lawrence da Arábia” lembro-me de ter dito que o longa em questão era desnecessariamente longo em virtude de sua primeira metade que possuía pouquíssimo conteúdo. Agora, ao escrever sobre “...E o Vento Levou”, percebo que este é ainda mais desnecessariamente longo que aquele. Não que a obra em questão possua pouco conteúdo comparada a sua longa duração ou que possa ser considerada demasiadamente cansativa pelo mesmo motivo (assim como era o caso do filme de "David Lean" em sua primeira metade), mas se há algo de errado com os 241 minutos de “...E o Vento Levou” é que eles, por incrível que pareça, acabam não sendo o suficiente para desenvolver a estória do modo como a mesma deveria ter sido desenvolvida. Tomemos por exemplo a primeira metade do longa (esta, aliás, já tem um intróito pavoroso afirmando que escravos e latifundiários viviam harmoniosamente antes de estourar a Guerra de Secessão, fato que só pode ser encarado de maneira repugnante pelos cinéfilos mais politizados) que, apesar de realizar um retrato praticamente perfeito sobre o modo como a Guerra Civil Estadunidense afetou da maneira mais negativa o possível os habitantes da região sul daquele país, nos introduz de maneira nada convincente ao romance entre "Scarlett O’Hara" e "Rett Butler" fazendo com que o mesmo soe excessivamente artificial, monótono e tolo conforme caminha para a sua parte final. E falando em encerramento do longa, vale ressaltar que é justamente nesta fase que o romance entre os protagonistas ganha ritmo e acaba cativando o espectador. Alternando entre altos e baixos “...E o Vento Levou” é um primor no que diz respeito à direção, atuações ("Leigh" e "Gable", em especial, estão impagáveis), fotografia, direção de arte, figurino, edição-sonora e trilha-sonora (uma das melhores do Cinema até então), mas contém algumas falhas imperdoáveis em seu roteiro, principalmente pela maneira ridícula que aborda o relacionamento entre "O’Hara" e "Butler". Mesmo sendo um ótimo filme e merecendo o glamour que possuí, o longa em questão, de certa forma, deixa muito a desejar.


Avaliação Final: 8,5 na escala de 10,0.


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Crítica - Barry Lyndon


Título Original: Barry Lyndon
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 183 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1975
Estúdio: Hawk Films / Peregrine / Polaris
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado em livro de William Makepeace Thackeray
Produção: Stanley Kubrick
Música: Leonardo Rosenman e The Chieftains
Direção de Fotografia: John Alcott
Desenho de Produção: Ken Adam
Direção de Arte: Roy Walker
Figurino: Milena Canonero e Ulla-Britt Söderlund
Edição: Tony Lawson
Elenco: Ryan O'Neal (Barry Lyndon), Marisa Berenson (Lady Lyndon), Hardy Krüger (Capitão Potzdorf), Steven Berkoff (Lorde Ludd), Gay Hamilton (Nora Brady), Marie Kean (Mãe de Barry), Murray Melvin (Reverendo Samuel Runt), Frank Middlemass (Sir Charles Lyndon), André Morell (Lorde Wendover), Diana Körner (Garota alemã) e Patrick Magee.

Sinopse: No século XVIII, um aventureiro irlandês, por ter transgredido a lei, é obrigado a deixar seu país e tornar-se espião, soldado e jogador. Mas seu principal objetivo é chegar até a aristocracia através do casamento e consegue, mas, apesar de um período de felicidade, um triste destino o aguarda.


Barry Lyndon - Trailer


Crítica:


Da mesma forma que “David Lean” marcou seu nome na história cinematográfica com épicos magníficos do quilate de “Lawrence da Arábia”, “A Ponte do Rio Kwai” e “Dr. Jivago” e “Victor Flemming” com “...E o Vento Levou”, “Stanley Kubrick” o fez com este sensacional “Barry Lyndon”. Na realidade, é lastimável ver que o longa de “Kubrick” acaba sendo subestimado por críticos e cinéfilos do mundo todo quando comparado a todos os longas supracitados, quando na verdade, o filme em questão supera todos eles, salvo “Dr. Jivago” (ainda não assisti a “A Ponte do Rio Kwai”, portanto, não realizarei analogias entre ambos). A primeira palavra que vem à mente de uma pessoa que termina de assistir a este “Barry Lyndon” é perfeição e é justamente isto que o filme nos transmite. É praticamente impossível uma pessoa, por mais desatenta que seja, não reparar na beleza majestosa que é este filme. Tudo parece ter sido realizado da maneira mais perfeita o possível, em especial a fotografia do longa que, ao meu ver, é a mais sensacional da história do Cinema ao lado de “A Sociedade do Anel” e “Dr. Jivago”. Não seria exagero nenhum de minha parte se resolvesse comentar que o longa em questão pode ser chamado de Poesia em forma de Cinema, ou melhor, Pintura em forma de Cinema. Sim, Pintura viria mais a calhar, pois é impossível não comparar as paisagens bucólicas exibidas no longa com quadros da arte Barroca e os suntuosos palácios com quadros pintados durante a arte Neoclássica. A direção de “Kubrick”, por sua vez, deseja nos transferir sutileza e realmente consegue com maestria, principalmente se observarmos o casamento realizado entre direção, direção de arte, fotografia, figurinos e trilha-sonora, tudo feito com perfeição. Infelizmente, o longa possui uma característica peculiar nos filmes “kubrickianos” (nunca, em toda a minha vida, imaginei que diria isso de modo pejorativo): a frieza com que o protagonista é desenvolvido pelo roteiro. Se tal frieza não incomoda nos filmes anteriores do diretor, neste longa torna a relação protagonista-público dificílima.


Avaliação Final: 9,0 na escala de 10,0.


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domingo, 4 de novembro de 2007

Crítica - Cidadão Kane

Uma vez homenageado o meu filme predileto, farei agora uma homonagem àquele que a grande maioria dos críticos de Cinema consideram o melhor filme de todos os tempos.




Título Original: Citizen Kane
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 119 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1941
Estúdio: Mercury Productions / RKO Radio Pictures Inc.
Distribuição: RKO Radio Pictures Inc.
Direção: Orson Welles
Roteiro: Herman J. Mankiewicz e Orson Welles
Produção: Orson Welles
Música: Bernard Herrmann
Direção de Fotografia: Gregg Toland
Direção de Arte: Perry Ferguson e Van Nest Polglase
Figurino: Edward Stevenson
Edição: Robert Wise
Elenco: Orson Welles (Charles Foster Kane), Joseph Cotten (Jedediah Leland), Dorothy Comingore (Susan Alexander), Agnes Moorehead (Srta. Mary Kane), Ruth Warrick (Emily Norton Kane), Ray Collins (James "Jim" W. Gettys), Erskine Sanford (Herbert Carter), Everett Sloane (Bernstein), William Alland (Jerry Thompson), Paul Stewart (Raymond), George Coulouris (Walter Parks Thatcher), Fortunio Bonanova (Matiste) e Georgia Backus (Bertha).


Citzen Kane - Trailer 1
Citzen Kane - Trailer 2


Crítica:

Antes de qualquer coisa, gostaria de iniciar esta mini-crítica discordando imensamente da grande maioria dos críticos de cinema do mundo inteiro que cometeram um exagero em larga escala após eleger Cidadão Kane “o melhor filme de toda a história do cinema”. Que o longa é perfeito, isso não se tenha dúvidas, mas a verdade é que ele não consegue ser tão perfeccionista quanto “Amadeus” é, nem tão cativante quanto “O Poderoso Chefão – Parte I” é, nem tão emocionante e reflexivo quanto “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel” é e nem tão filosófico quanto “Clube da Luta” ou “Laranja Mecânica” são. As atuações são extraordinariamente brilhantes e a direção de Orson Welles (diretor, roteirista e ator principal do filme) é simplesmente espetacular nos oferecendo por várias vezes, tomadas com a câmera de uma maneira incrível, dando total ênfase à técnica do deep focus enfocando sempre os objetos desejados em cena, não importando a distância em que estes estejam. O roteiro do longa também prima por nos apresentar a um individuo que teve uma origem totalmente humilde, mas que após se consagrar magnata das telecomunicações, tornou-se um homem poderoso e ambicioso, passando por cima de tudo e de todos que tentavam impedir o seu avanço. Mas o que o filme tem de melhor indubitavelmente é a tal “palavrinha mágica”: “rosebud”. Como não posso, sob hipótese alguma, revelar o significado de tal palavra, limito-me a dizer apenas que ela é algo que Kane teve em sua infância; algo muito simples, mas que para ele, não tinha preço, não havia dinheiro no mundo que pudesse lhe proporcionar a mesma felicidade que “rosebud” lhe proporcionara outrora. Em suma: “rosebud” estava ligado ao amor, à liberdade, à felicidade e a muitas outras coisas que o dinheiro não é capaz de comprar. O longa perde um pouco de seu ritmo com o tempo, mas nada que me impeça de conferir-lhe uma (inquestionavelmente) merecida nota 10,0 (dez), apesar de achar um exagero, considerá-lo como sendo o melhor filme de todos os tempos.


Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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Crítica - O Poderoso Chefão

Para abrir a seção de críticas cinematográficas, creio que nada melhor do que começar com o meu filme predileto.





Título Original: The Godfather
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 171 minutos
Ano de Lançamento (EUA):
1972
Estúdio: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Mario Puzo e Francis Ford Coppola, baseado em livro de Mario Puzo
Produção: Albert S. Ruddy
Música: Nino Rota
Direção de Fotografia: Gordon Willis
Desenho de Produção: Dean Tavoularis
Direção de Arte: Warren Clymer
Figurino: Anna Hill Johnstone
Edição: Marc Laub, Barbara Marks, William Reynolds, Murray Solomon e Peter Zinner
Elenco: Marlon Brando (Don Vito Corleone), Al Pacino (Michael Corleone), Diane Keaton (Kay Adams), Richard S. Castellano (Peter Clemenza), Robert Duvall (Tom Hagen), James Caan (Santino "Sonny" Corleone), Sterling Hayden (Capitão McCluskey), Talia Shire (Connie Corleone Rizzi), John Marley (Jack Woltz), Richard Conte (Emilio Barzini), Al Lettieri (Sollozzo), Abe Vigoda (Sal Tessio), Gianni Russo (Carlo Rizzi), John Cazale (Frederico "Fredo" Corleone), Morgana King (Mama Corleone), Lenny Montana (Luca Brasi), Alex Rocco (Moe Greene), Tony Giorgio (Bruno Tattaglia), Victor Rendina (Phillip Tattaglia), Salvatore Corsitto (Bonasera), Al Martino (Johnny Fontane), Sofia Coppola (Criança batizada).

The Godfather - Trailer 1
The Godfather - Trailer 2


Crítica:


Após nos brindar com clássicos como: Laranja Mecânica, Taxi Driver, Apocalypse Now, Chinatown, Um Estranho no Ninho, Touro Indomável, O Iluminado, Operação França, Noivo Neurótico Noiva Nervosa, A Conversação, Monty Python: Em Busca do Cálice Sagrado, Rocky um Lutador, Star Wars: Uma Nova Esperança, Tubarão, Rede de Intrigas, Loucuras de Verão, O Franco-Atirador, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, O Exorcista, Harold & Maude e O Homem Que Queria Ser Rei, não nos resta dúvida alguma de que a década de 70 foi a mais importante para a história do cinema. Entretanto, nenhum filme marcou mais os anos 70 do que as duas primeiras partes da trilogia “O Poderoso Chefão”, sobretudo a primeira parte que é ainda mais excelente do que a segunda. Mas o que faz de “O Poderoso Chefão” uma película tão marcante para a história do cinema? Seria a mágica atuação de Marlon Brando como Don Vito Corleone (eleita a melhor atuação masculina da história do cinema)? Seria a direção extremamente detalhista de Francis Ford Coppola (eleita uma das dez melhores direções da história do cinema)? Seria o complexo roteiro de Mario Puzo (eleito o segundo melhor roteiro da história do cinema) que nos apresenta à história de um homem cuja ambição e sede por poder vai destruindo completamente a sua família e tornando a vida deste cada vez mais triste e solitária? Ou seria então a belíssima trilha-sonora composta por Nino Rota (eleita a melhor trilha-sonora da história do cinema)? Particularmente, creio que a obra-prima do soberbo diretor Francis Ford Coppola seja a união de tudo isto e muito mais. Digo isto, pois para mim “O Poderoso Chefão” é muito mais do que uma excelente obra cinematográfica, é a reunião de inúmeras cenas inesquecíveis que são projetadas na tela ao longo de aproximadamente 180 minutos. Entre tais cenas, as mais inesquecíveis são: o casamento de Connie, a cabeça de cavalo, o tiroteio no restaurante, o tiroteio na auto-estrada e aquela que pode ser considerada a mais bela cena da história do cinema: o romance de Michael e Apolônia.


Avaliação Final: 10,0 na escala de 10,0.


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sábado, 3 de novembro de 2007

Filmes vistos em 2007

Para inaugurar este blog que há muito tempo venho pensado em criar, mas tenho tido como empecilhos a falta de tempo e, admito, a falta de paciência e vontade (pois sou o sujeito mais incorrigivelmente pacato e vagabundo da face de Terra) creio que não há nada mais conveniente que postar uma lista com todos os filmes que assisti neste ano de 2007 seguidos por suas respectivas notas, avaliadas em uma escala de 0,0 a 10,0 (para falar a verdade, creio que o ideal seria fazer uma breve introdução sobre a minha pessoa e quais são os intentos que possuo ao criar tal blog, mas como disse, falta-me tempo, paciência e vontade para isso, portanto, deixarei para realizar tal feito daqui a alguns dias):


1 - Senhor dos Anéis, O - A Sociedade do Anel (2001). Nota: 10,0
2 - Senhor dos Anéis, O - As Duas Torres (2002). Nota: 9,0
3 - Senhor dos Anéis, O - O Retorno do Rei (2003). Nota: 10,0
4 - Infiltrados, Os (2006). Nota: 9,0
5 - Casablanca (1942). Nota: 10,0
6 - Vôo United 93 (2006). Nota: 7,0
7 - O Labirinto de Fauno (2006). Nota: 8,5
8 - Poderoso Chefão, O (1972). Nota: 10,0
9 - Poderoso Chefão 2, O (1974). Nota: 10,0
10 - Poderoso Chefão 3, O (1990). Nota: 10,0
11 - Match Point - Ponto Final (2005). Nota: 8,0
12 - 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968). Nota: 10,0
13 - 007 - Cassino Royale (2006). Nota: 7,0
14 - Orgulho & Preconceito (2005). Nota: 9,0
15 - Blade Runner - Director's Cut (1982). Nota: 8,5
16 - Domino - A Caçadora de Recompensas (2005). Nota: 4,0
17 - Cidadão Kane (1941). Nota: 10,0
18 - Diamante de Sangue (2006). Nota: 7,0
19 - South Park - Maior, Melhor e Sem Cortes (1999). Nota: 9,0
20 - Rocky - Um Lutador (1976). Nota: 10,0
21 - Rocky 2 - A Revanche (1979). Nota: 8,0
22 - Rocky 3 - O Desafio Supremo (1982). Nota: 4,0
23 - Rocky 4 (1985). Nota: 2,0
24 - Rocky 5 (1990). Nota: 6,0
25 - Rocky Balboa (2006). Nota: 8,5
26 - Cartas de Iwo Jima (2006). Nota: 9,0
27 - Conquista da Honra, A (2006). Nota: 8,0
28 - Rainha, A (2006). Nota: 7,0
29 - Pequena Miss Sunshine (2006). Nota: 6,0
30 - Babel (2006). Nota: 6,0
31 - Pink Floyd - The Wall (1982). Nota: 10,0
32 - Filhos da Esperança (2006). Nota: 9,0
33 - Snatch - Porcos e Diamantes (2000). Nota: 8,0
34 - Conflitos Internos (2002). Nota: 6,0
35 - Scoop - O Grande Furo (2006). Nota: 4,0
36 - Manhattan (1979). Nota: 8,0
37 - Sonho de Liberdade, Um (1994). Nota: 9,0
38 - Se7en - Os Sete Crimes Capitais (1995). Nota: 10,0
39 - Silêncio dos Inocentes, O (1991). Nota: 8,0
40 - Crimes e Pecados (1989). Nota: 10,0
41 - 300 (2007). Nota: 8,0
42 - Easy Rider - Sem Destino (1969). Nota: 8,5
43 - Homem - Aranha 3 (2007). Nota: 8,0
44 - Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra (2003). Nota: 8,0
45 - Piratas do Caribe - O Baú da Morte (2006). Nota: 8,0
46 - Piratas do Caribe - No Fim do Mundo (2007). Nota: 5,0
47 - Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo (2003). Nota: 9,0
48 - O Morro dos Ventos Uivantes (1939). Nota: 10,0
49 - Touro Indomável (1980). Nota: 9,0
50 - Cantando na Chuva (1952). Nota: 10,0
51 - Lawrence da Arábia (1962). Nota: 8,5
52 - ...E o Vento Levou (1939). Nota: 8,5
53 - Zodiaco (2007). Nota: 8,0
54 - Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007). Nota: 5,0
55 - Nascido Para Matar (1980). Nota: 8,0
56 - Meu Ódio Será Sua Herança (1969). Nota: 7,0
57 - Era Uma Vez no Oeste (1968). Nota: 8,5
58 - Os Simpsons (2007). Nota: 8,0
59 - O Incrível Exército de Brancaleone (1966). Nota: 8,5
60 - Monty Python - Em Busca do Cálice Sagrado (1975). Nota: 9,0
61 - Monty Python - A Vida de Brian (1979). Nota: 10,0
62 - Monty Python - O Sentido da Vida (1982). Nota: 7,5
63 - Persona (1966). Nota: 10,0
64 - O Sétimo Selo (1959). Nota: 9,0
65 - Sindicato de Ladrões (1954). Nota: 10,0
66 - Cidade de Deus (2003). Nota: 10,0
67 - Tropa de Elite (2007). Nota: 10,0
68 - Os Imperdoáveis (1992). Nota: 7,0
69 - Por um Punhado de Dólares (1964). Nota: 8,5
70 - Um Cão Andaluz (1929). Nota: 10,0
71 - Dr. Fantástico (1964). Nota: 9,0
72 - Por uns Dólares a Mais (1965). Nota: 9,0
73 - Três Homens em Conflito (1966). Nota: 10,0
74 - Rastros de Ódio (1956). Nota: 4,0
75 - Barry Lyndon (1975). Nota: 9,0
76 - Dança com Lobos (1990). Nota: 9,0
77 - Plano 9 do Espaço Sideral (1958). Nota: 3,0
78 - Juventude Transviada (1955). Nota: 8,0
79 - Intolerância (1916). Nota: 10,0
80 - Lavoura Arcaica (2001). Nota: 9,0
81 - Simplesmente Amor (2003). Nota: 5,0
82 - Crepúsculo dos Deuses (1950). Nota: 10,0
83 - A Felicidade Não Se Compra (1946). Nota: 9,0
84 - A Primeira Noite de um Homem (1967). Nota: 9,0



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