sábado, 23 de maio de 2009

Poema - O Deleite dos Egoístas

No alto de mais uma dentre minhas inúmeras crises existenciais, compus este poema que, para ser verdade, resume bem a minha ideologia e a minha pregação. Vamos à leitura do mesmo? Com vocês:

O deleite dos egoístas, por Daniel Esteves de Barros

Vivo em uma catártica e sorumbática ilusão
Na esperança de poder encontrar
Respostas que jamais virão
Para que a minha gana possa assim se saciar

Existindo em meio à falsidade
Onde minorias criam Deuses supersticiosos
Encarcerando o que deve ser tomado por verdade
Rasgando inverossímeis estradas que nos remetem a caminhos duvidosos

E o rancor que se debate dentro de mim
Privando-me de quaisquer formas de felicidades
Desesperado para externar até o fim
Uma fúria incontrolável e ideais recheados de desumanidades

A dor é inerente à minha mais forte e atual formação
Oriunda de sonhos completa e injustamente despedaçados
Culpa total de uma sociedade em integral contradição
Que alimenta um Deus sádico que os tornam derrocados

Jeová jaz desmembrado dentro de meu vulto
Matei-o sem quaisquer resquícios humanitários
Sua existência em meu interior consistia um insulto
A todos e quaisquer ideais libertários

E o mesmo recomendo a todo o cidadão de bem
A liberdade que tornará o Homem mais forte
É mister do rancor que dentro de ti provém
E que traz à hipocrisia a sua mais incandescente morte

A verdade, e somente a verdade, virá à tona
Sangue inimigo deverá ser inclementemente derramado
E as crises que a incerteza na humanidade proporciona
Terão o seu incessante fogo devidamente esmiuçado

A aniquilação do código de conduta pseudo-moralista
O extermínio de toda e qualquer forma de lei
A associação à filosofia ativa e gradativamente niilista
Trará ao homem a tão apetecida possibilidade de ser o seu próprio rei

Ilusões falsamente joviais estarão estilhaçadas
Arremessadas contra a irrompível muralha do fidedigno conhecimento
Proporcionando à humanidade bençãos por ela jamais experimentadas
A real tríplice santidade, formada pela ciência, razão e emoção, em esmerado alinhamento

O derruimento de dogmas propagadores da ululação
A volta à natureza e a concepção de ideais intrinsecamente solidificados
Outorgará, enfim, à humanidade inteira, a mais estável convicção
De que a misantropia é, de fato, o revide a todos os problemas por nós edificados

E a completa obliteração desta execrável e tartufa sociedade
Farás de nós indivíduos fortes e decididamente individualistas
Findando, de uma vez por todas, os questionamentos levantados pela humanidade
A resposta de tudo, enfim, encontra-se nas profundezas do nada, o deleite dos egoístas.

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