quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Filmes assistidos em Julho

Já que não estou mais possibilitado de postar críticas no Cine-Phylum, conforme explicado no post anterior, optei por realizar, a princípio, mensalmente e com o passar do tempo semanalmente, a postagem de nano-críticas neste. Começarei pelos filmes que assisti no mês de Julho (salvo “Wall-E”, “Yojimbo” e “Hancock” cujas críticas completas já se encontram postadas abaixo). Logo em seguida, postarei os longas que assisti na primeira quinzena deste mês de agosto e posteriormente, passarei a realizar uma publicação semanal aqui.


Comecemos por julho então:


1 - O Escafandro e a Borboleta (2007). Nota: 9,0.


"Julian Schnabel realiza neste “O Escafandro e a Borboleta”, uma obra-prima deveras sensorial, capaz de captar com maestria os sentimentos de solidão, angústia, vazio, depressão e medo de um homem que, após sofrer um fortíssimo derrame cerebral, se depara com os movimentos do corpo todos paralisados, salvo os movimentos de seu olho esquerdo, que possibilitam com que este possa se comunicar com as demais pessoas apenas “piscando letras do alfabeto”. Em outras palavras, Schnabel cria aqui uma verdadeira obra-de-arte."


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2 - Batman Begins (2005). Nota: 7,0.


O cuidado que “Batman Begins” teve ao desenvolver os seus personagens (salvo quando o mesmo apela aos estereotipos previamente citados) e, principalmente, a sua estória, não teve ao entreter e cativar o seu público alvo. E levando-se em conta que o filme de Nolan é uma assumida sessão-pipoca, o simples fato de não se revelar capaz de empolgar o espectador pode ser encarado como um crime inafiançável, ou um pecado mortal.


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3 - Meu Nome Não é Jhonny (2008). Nota: 7,3.


Meu Nome Não é Jhonny” é um filme muito bom, mas que nos dá a sensação de estarmos assistindo a dois filmes de uma única vez. O primeiro filme narra de maneira muito convincente a escalada de um marginal no submundo do narcotráfico, ao passo que o segundo decide retratar a maneira como tal marginal chega ao fundo do poço. O problema é que tal demonstração soa excessivamente moralista, piegas e melodramática, fazendo com que a obra rume a um final previsível e deveras formulaico.


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4 - Kung Fu Panda (2008). Nota: 4,5.


No geral, “Kung Fu Panda” é um filme nada original, sem graça, irritante, artificial, previsível, histérico e que conta com uma lição de moral explorada pelo roteiro da maneira mais clichê o possível. Aspectos como a direção, a alta qualidade de sua parte gráfica, as pequenas estórias muito bem desenvolvidas pelo roteiro, as cenas de luta e as pouquíssimas gags e/ou piadas que realmente funcionam fazem com que o filme ganhe muita credibilidade, mas não há como negar que este conta com muito mais erros do que acertos.


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5 - O Cavaleiro das Trevas (2008). Nota: 10,0.


O Cavaleiro das Trevas” é, desde já, uma incontestável obra-prima do Cinema mundial e merece todo o sucesso que vem fazendo até o presente momento. Muito superior à grande maioria das adaptações de histórias em quadrinhos, este longa se revela uma agradabilíssima surpresa, respeitando imensamente o espectador, fugindo da grande maioria dos clichês e estereótipos do gênero e, o que é melhor, inovando o mesmo, nos apresentando a personagens completamente bem desenvolvidos pelo roteiro. A ação é estarrecedora e cresce ainda mais graças à extraordinariamente competente direção de Christopher Nolan e à cativante e tensa trilha-sonora composta magistralmente por, ninguém mais, ninguém menos, que Hans Zimmer e James Newton Howard. E mesmo com tantas qualidades visíveis e explicitadas, “O Cavaleiro das Trevas”, assim como o seu antagonista, possui uma carta na manga, que vem a ser sua maior qualidade: o embate, sobretudo psicológico, entre vilão e herói, além de nos propiciar questionamentos sobre a situação caótica que a sociedade capitalista se encontra.


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6 - Boa Noite e Boa Sorte (2005). Nota: 9,0.


“Boa Noite e Boa Sorte” é um filme independente de curtíssimo orçamento (US$ 7,5 milhões) e que em um curtíssimo prazo de duração (93 minutos) conseguiu a façanha de se mostrar eficaz e detalhista o bastante a fim de retratar todo um embate político ocorrido entre um gigante das comunicações e um outro gigante da política, resultando, inclusive, na cassação do mandato deste como senador. George Clooney realiza uma direção discreta, embora eficiente, o roteiro do longa aborda toda a crise vivenciada durante a época, incluindo a total falta de liberdade de expressão, sobretudo de imprensa e David Strathairn encarna Edward Roscoe Murrow de um modo magistral, merecendo, e muito, a indicação ao Oscar de Melhor Ator que obteve em 2005. Infelizmente o longa conta com um defeito (e sinceramente, não sei se posso chamá-lo de defeito): a dificuldade que o mesmo tem em familiarizar o público com a estória, já que torna-se altamente recomendável que o mesmo tenha um razoável conhecimento sobre os personagens que compõe a trama. No mais, temos aqui um excelente filme e uma aula de jornalismo verdadeiro e lição cívica.

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7 - Superbad - É Hoje! (2007). Nota: 8,0.


Apesar de artificial e absurdo em muitos de seus minutos, “Superbad – É Hoje!” se mostra uma ótima opção para os amantes de uma comédia divertida, escatológica e descompromissada. As atuações de todo o elenco convencem, a química formada entre Johan Hill e Michael Cera é fenomenal e ganha ainda mais crédito quando Christopher Mintz-Plasse entra em cena.


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8 - A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (2008). Nota: 0,5.


“A Múmia – A Tumba do Imperador Dragão” se revela um filme previsivelmente (sim, pois era fácil prevermos que, pela maneira com que o segundo episódio se encerrou, as chances de extrairmos algo produtivo aqui seriam mínimas) ridículo e dispensável e, além de contar com quase todos os clichês e estereótipos do gênero, obriga o espectador a passar 112 minutos de seu precioso tempo (e digo precioso pois apesar de curto, o filme custa a passar, haja visto que a sua fraquíssima estória poderia facilmente ser desenvolvida em menos de 50 minutos) tendo que suportar uma estória nada original, carregada de alívios cômicos que não funcionam em hipótese alguma, atuações sofríveis e cenas de aventura/ação bem montadas mas terrivelmente dirigidas pelo péssimo Rob Cohen. Um dos piores filmes que tive o dúbio privilégio de assistir neste início de século.


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