Como ficção-científica, “Tron – Uma Odisséia Eletrônica” revolucionou o gênero e mostrou-se vanguardista (preciso parar um pouco de usar esta palavra) ao estabelecer certos conceitos de realidade virtual não vistos até então. Como Cinema, foi um deleite visual e um avanço considerável no que se refere aos seus efeitos visuais. Como narrativa, todavia, é incompetente e confuso demais ao desenrolar uma trama tecnicamente simples, tornando-se consideravelmente enfadonho em sua metade final. Cotação: 3/5.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Micro-Críticas de Twitter: "Tron - Uma Odisséia Eletrônica" e "Tron - O Legado"
Como ficção-científica, “Tron – Uma Odisséia Eletrônica” revolucionou o gênero e mostrou-se vanguardista (preciso parar um pouco de usar esta palavra) ao estabelecer certos conceitos de realidade virtual não vistos até então. Como Cinema, foi um deleite visual e um avanço considerável no que se refere aos seus efeitos visuais. Como narrativa, todavia, é incompetente e confuso demais ao desenrolar uma trama tecnicamente simples, tornando-se consideravelmente enfadonho em sua metade final. Cotação: 3/5.
Top 10 - Melhores (e Piores) Filmes de 2010
O Cine-Phylum em gráficos - 2010
Tivemos mais de 120.000 visitas e 360.000 pageviews entre janeiro e dezembro e só gostaria de dizer que, se tivesse condições financeiras... bem... eu daria, sei lá, R$ 1,00 pra cada um de vocês :p
Brincadeiras à parte, gostaria de agradecer muitíssimo mesmo a presença de todos vocês ao longo deste ano e que, em 2011, continuemos por aqui analisando cada vez mais filmes.
Abraços!
Oscar 2011 - Prováveis Vencedores (Ou Provavelmente Não)
Galera encanada em saber quem serão os indicados ao próximo Oscar e eu aqui, já fazendo as apostas nos prováveis vencedores.
Ok, ok... eu sei... não é vanguardismo nenhum indicar os possíveis vencedores deste próximo Oscar (e espero que tenham captado o tom jocoso e irônico de meus dizeres no início deste texto), pois, como percebemos, esta cerimônia será certamente a mais previsível de todos os tempos (no que se refere à filme, direção e roteiro. As demais categorias ainda continuam levemente obscuras). Mesmo.
A vitória de “Quem Quer Ser um Milionário?”, em 2009, era tão certa quanto o fato de leite de soja sabor milho-verde ser uma das piores porcarias líquidas já criadas pelo ser humano. Mas ainda assim, o filme dirigido por Danny Boyle era levemente arranhado por “O Curioso Caso de Benjamin Button”, que recebeu não menos do que 13 indicações aos mais variados prêmios do troféu careca de ouro e, como bem sabemos, esse número respeitável de indicações impõe moral a qualquer concorrente que seja.
Mas e “A Rede Social”? A produção que, como “... Benjamin Button”, foi dirigida por David Fincher, vem arrematando todos os prêmios gringos de final de ano. Não bastasse isso, diferentemente de “... Milionário?”, “A Rede Social” certamente não terá nenhum outro grande concorrente.
A cerimônia do próximo ano volta a ocorrer em fevereiro, ou seja, dificilmente algum outro filme – seja “A Origem”, seja “Cisne Negro” – conseguirá fazer uma campanha tão forte para desbancar a obra dirigida por Fincher em tão pouco tempo.
Isso sem contar, é claro, que a única produção capaz de desbancar o longa que discorre sobre a criação do Facebook seria “A Origem”, que conta com muito mais glamour por parte do público – e até mesmo da crítica especializada – do que “A Rede Social”. Entretanto, os velhotes conservadores que botam as cartas na mesa da Academia dificilmente vão prestigiar um filme com uma proposta vanguardista pra burro, o que é o caso de “A Origem”. Tampouco darão muita chance a “Cisne Negro”, produção que vem atiçando a libido masculina com um beijo homossexual mais do que lascivo ocorrido entre Natalie Portman e Mila Kunis, algo, digamos, avançadinho demais para os anfitriões da mais tradicional e superestimada premiação da Sétima Arte.
Enfim, chega de papo furado e vamos aos meus palpites:
Melhor Filme – “A Rede Social”
Melhor Direção – David Fincher, por “A Rede Social”
Melhor Ator – James Franco, por “127 Horas”
Melhor Atriz – Natalie Portman, por “Cisne Negro”
Melhor Ator Coadjuvante – Christian Bale, por “O Vencedor”
Melhor Atriz Coadjuvante – Em dúvida, prefiro não opinar.
Melhor Roteiro Original – “A Origem”
Melhor Roteiro Adaptado – “A Rede Social”
Melhor Edição – “A Origem”
Melhor Animação – “Toy Store 3”
Melhor Fotografia – “A Origem”
Melhores filmes da década de 2.000 - Episode II - The Empire Strikes Back
* Scott Pilgrim Contra o Mundo - Também acho que "Scott Pilgrim..." tenha lá as suas falhas. Por outro lado, também acho que a produção merece destaque por mostrar-se deliciosamente (ainda que nem tanto) vanguardista, principalmente no que diz respeito à sua montagem. Possivelmente, influenciará no jeito de se fazer filmes teen nerdísticos daqui para a frente. Ou não.
* Nossa Vida - Elio Germano não é o novo Robert DeNiro, mas constrói seu personagem com um vigor parecidíssimo com o do eterno "Touro Indomável" (embora ambos os atores tenham estilos diferentes).
* As Melhores Coisas do Mundo - Filme brasileiro menor e com uma visão longe das periferias, "As Melhores Coisas do Mundo" investe em um drama teen que reinventa os clichês do gênero e revela-se deliciosamente tocante, mas sem jamais mostra-se piegas.
Bom, é isso. Modifiquei um pouco muitíssimo a proposta da primeira lista, mas, no geral, acabei selecionando alguns dos que julgo ser os melhores filmes de 2010 - e, consequentemente, da década - e alguns outros que, apesar de não considerar necessariamente obras fílmicas excepcionais, aposto na possibilidade de suas respectivas propostas influenciarem em produções a serem lançadas futuramente. Ou não.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Top 3 - Melhores Músicas de 2010
Comecemos com a 3ª:
The Drums é uma banda de indie pop (seguindo a linha do post-punk revival) nova-iorquina surgida no ano passado, lançando o single Summertime: que ficou famosérrimo por ter hypeado a já clássica "Let's Go Surfing", entre outras. Fortalecido pelo vocal de Jonathan Pierce, no melhor estilão de tom: Steven Patrick Morrissey (este que afirmou gostar bastante da banda em questão), o quarteto (que sofreu uma substituição na guitarra: saindo Adam Kessler e entrando Jacob Graham), que agora é apenas um trio, provou em 2010 - com o álbum que carrega consigo o nome do grupo - que veio, definitivamente, para ficar, conforme constatamos com a melancólica, mas com uma batida executada de forma bem blasé (conforme rege o manual indie): "Best Friend".
Há quatro anos sem lançar um álbum de estúdio, a banda de twee pop, natural da cool Glasgow, resolveu reaparecer em 2010 com a corda toda. Lançaram então o "Write About Love", que torra o saco em alguns momentos pelo excesso de homenagens aos anos 1980, sobretudo os solinhos de teclado, que lembram aquelas musiquinhas de video-game de 8 bits. Juro que, enquanto ouvia certas faixas deste novo álbum, lembrava-me imediatamente daquele brinquedo brega pra cacete: o genesis... digo... genius. Wathever, o que importa é que o "Write About Love" é uma ótima compilação de músicas em geral, dentre as quais, a que mais se destaca acaba sendo: "I'm Not Living in the Real World", lindérrima até dizer chega.
E a medalha de ouro vai para... o Oasis sem Noel Gallagher Beady Eye:
Negada que achava Oasis uma merda (longe de ser o meu caso, já que sou fã incondicional da banda que lançou os irmãos Gallagher pro mundo da Música) se ferrou de acordo ao comemorarem o fim da banda; Ainda que voltem sem o seu ícone máximo: o guitarrista Noel, os ingleses de Manchester formaram, em 2009 - antes mesmo do fim oficial do conjunto musical de maior renome na terra da raínha durante os anos 1990 - o Beady Eye e, neste ano, tocaram o terror com o lançamento do single "Bring the Light". A faixa-título, aliás, segue uma linha anos 1950 mais ousados. Imaginem Jerry Lee Lewis com uma "Great Balls of Fire" em um ritmo mais pro post-britpop. Imaginaram? Pois é, esta é "Bring the Light", minha música predileta lançada em 2010 (e quem se importa, né memo?).
Micro-Críticas de Twitter: "O Garoto de Liverpool", "Megamente" e "Scott Pilgrim Contra o Mundo"
Mesmo que soe enjoativo em muitos dos momentos de sua proposta voluntariamente nonsense e bizarra, “Scott Pilgrim Contra o Mundo” é uma aula de Cinema vanguardista que, fortalecido por uma direção ousada, somada a efeitos especiais “vídeo-gamestícos” (adjetivo este que acabo de inventar. “Deus ex-machina” de minha parte), conta ainda com o toque todo especial de uma montagem rítmica eficiente e revolucionária, como não via há muito tempo no Cinema. Cotação: 4/5.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Por 2010 é só, pessoal!
Pois é, é parafraseando a série animada “Looney Toones” de forma excessivamente clichê e inconveniente, que encerro as atividades do Cine-Phylum neste seu terceiro ano de existência.
2010 já era, it’s over, good bye, sayonara, adios, au revoir, tchuss, ou simplesmente: adeus!
Estive pensando em escrever críticas de filmes os quais já assisti há um bom tempo, como é o caso de “Scott Pilgrin Contra o Mundo”, “Megamente”, “O Garoto de Liverpool” e “Outubro”, mas a verdade é que tais produções cinematográficas já se tornaram tão “semana passada” que não valeria o esforço de redigir textos sobre obras que já foram analisadas por muitos outros profissionais.
Pensei também em escrever sobre “Tron – O Legado”, mas o filme estreou por aqui no dia de meu aniversário, 17 de dezembro, o quê também torna o assunto bastante semana passada (e aqui, no sentido literal – ou quase – da expressão/gíria indie). Sem contar que, sei lá, há uns 45 dias já não ando com vontade alguma de escrever qualquer coisa que seja sobre qualquer produção cinematográfica que não me inspire excessivamente para tal (e, ultimamente, acredito que nem mesmo um “2001 – Uma Odisséia no Espaço” da vida consiguiria me inspirar).
De tal forma, não me resta outra alternativa senão desejar um Feliz 2011 aos queridos leitores deste blog de Cinema e informar que, a partir de janeiro, começamos a dar prioridade às produções cinematográficas que provavelmente concorrerão ao Oscar 2011. Por que? Porque é isso o quê nos dá audiência, oras? Quer mais do que a crítica de “A Rede Social” (que certamente vencerá o principal prêmio da próxima edição do careca dourado) que vem obtendo o triplo de visitas de críticas de filmes visivelmente comerciais, como é o caso de “Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1” e “As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada”?
Bom, acho que era isso, não tenho mais nada a dizer, exceto um pedido para que continuem acessando o Cine-Phylum,
Mais uma vez: um ótimo 2011 para todos e nos vemos no ano que vem.