quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nano-Crítica - Metropolis



Metropolis - Trailer:





"Considerado um marco na história do Cinema mudo (e até mesmo na história do Cinema de forma geral, diga-se de passagem), “Metropolis” é, acima de tudo, uma verdadeira obra-de-arte contemporânea (expressionista, para ser mais exato) mister para todos aqueles que se dizem amantes do (bom) Cinema. Em termos de arte expressionista alemã, temos Edward Münch e sua obra-prima: o quadro “O Grito”, representando o Magnum Opus da pintura, durante esta fase da arte contemporânea. Fritz Lang e sua obra-prima, o filme “Metropolis”, porém, podem ser considerados o Magnum Opus do cinema expressionista alemão e, convenhamos, o diretor e o longa fazem jus a todo o glamour que existe por trás de ambos... independentemente do que Lang quis nos transmitir com a sua “moral da estória” inserida no final da trama, “Metropolis” se revela uma inquestionável obra-prima e que, de maneira simples e cativante, se revela capaz de abordar de forma magistral assuntos que permanecem em pauta até os dias atuais."


Para conferir a crítica completa no Papo Cinema clique aqui

domingo, 26 de outubro de 2008

Semana 20/10 a 26/10/2008

Nunca havia feito algo deste tipo aqui no Cine-Phylum, mas decidi publicar este texto com o intento de informar ao leitor o que me aconteceu como cinéfilo durante esta semana toda (incluindo o dia de hoje).


Segunda-feira saí mais cedo da aula, quando cheguei em casa liguei a televisão e notei que estava passando o filme “Vôo Noturno” (cuja nano-crítica encontra-se no post anterior).


Na terça-feira, aproveitei para organizar todas as nano-críticas dos filmes a que assisti em Setembro e, aproveitando que estava muito atrasado com as publicações do nono mês do ano, publiquei também os textos referentes aos filmes que havia assistido na primeira quinzena do corrente mês (na verdade, inclui as resenhas das obras que conferi nos 20 primeiros dias deste décimo mês, uma vez que adicionei o filme “Vôo Noturno” (que assisti no dia 20 de outubro) no post).


Quarta-feira assisti a “Max Payne”, filme que não estreou no Brasil, mas que já está nas salas de cinema estadunidenses há um bom tempo. O resultado? Insatisfatório. O filme não possui qualquer conteúdo que seja, apresenta uma estória simples e mal trabalhada pelo roteiro, personagens muito mal desenvolvidos e, o que é pior, é muito chato. O longa inteiro conta com as típicas cenas de ação onde o seu protagonista, salvo em alguns momentos, não corre sério risco de vida e se revela auto-suficiente o bastante para dizimar, sozinho, grupos enormes de opositores. As seqüências de ação são muito mal distribuídas pelo filme, sendo que, a única realmente eletrizante, é a inserida ao final da película.


Na quinta redigi a crítica de “Max Payne” e a publiquei no Papo Cinema (para conferi-la, basta clicar aqui).


Sexta-feira tirei folga como cinéfilo e não fiz absolutamente nada ligado à Sétima Arte, exceto, é claro, ter tido uma idéia para um roteiro de um faroeste. Foi apenas um lampejo que tive, observando como é que funciona a política e a sociedade em minha cidade. Enquanto um bando de alienados votam em políticos corruptos pelo simples fato destes terem lhes dado um reles casebre em um bairro extremamente distante da cidade, o município não evolui e permanece sempre inerte. Baseado nisso, pensei em um filme que se passa em uma cidadela do Texas, onde um grupo de marginais recebe apoio de políticos locais, uma vez que muitos de seus membros ocupam posições altíssimas dentro da política local e estes recebem apoio do povo pelo simples fato de conferir alguns benefícios ao mesmo.


Sábado fiz a sinopse, que segue abaixo:


Texas, 1873. Após décadas de confronto com uma quadrilha irlandesa protegida pela política local, os policiais de uma cidadela, sem receber o menor apoio do governo estadual e federal, conta com um número de agentes e delegados excessivamente reduzido. Para evitar que tal número reduza ainda mais, o velho e conformado xerife Jonathan C. Harley aceita a previsível vitória dos marginais e permite que estes comandem grande parte da cidade extorquindo comerciantes locais, contanto que estes respeitem certos limites. Destarte, um grupo de Carpetbaggers, inconformados com o descaso com que o governo estadunidense lhes atribuíra após o término do confronto norte-sul, invade a cidade e passa a extorquir os cidadãos com maior intensidade, desafiando a hegemonia do grupo irlandês. A fim de expulsar tal quadrilha, os policiais recorrem aos irlandeses e ambos formam uma aliança com o intento de combater os criminosos recém-chegados.


Por fim, no dia de hoje (26/10/2008) assisti ao clássico de 1927 “Metropolis” e pretendo postar a crítica completa do mesmo no Papo Cinema e uma nano-crítica aqui, no Cine-Phylum.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Filmes assistidos em Setembro e na primeira quinzena de Outubro

Creio que não seja nem ao menos necessário dizer ao leitor o quão atrasadas estão as publicações deste blog, não é mesmo? Mas vejo-me na obrigação mais do que moral de pedir desculpas a quem acompanha com regularidade este espaço na web pelo longo intervalo que passei sem publicar absolutamente nada por aqui. A justificativa? A mesma de sempre, falta de tempo.

Destarte, estou aproveitando o meu primeiro fôlego nestes últimos dois meses para dar uma satisfação ao leitor e realizar a publicação mensal das resenhas dos filmes assistidos por mim neste período de tempo.

Outra coisa que eu almejava comentar, dava como certa a possibilidade de abandonar este servidor e passar a utilizar o do UOL que oferece um espaço destinado à propagandas capaz de serem convertidas em dinheiro ao proprietário do blog. Fiz minha proposta ao portal Universo On-Line e a mesma fora aceita, contudo, achei a interface do website pouco dinâmica e prática, diferentemente da interface oferecida pelo Blogspot do portal Google que é simplesmente fenomenal.

Por estas e outras, negociarei com o Google a possibilidade deste financiar o Cine-Phylum e, caso entremos em acordo, desistirei da idéia de migrar para o UOL.

Sem mais delongas, seguem abaixo as nano-críticas dos longas por mim assistidos no mês de setembro e na primeira quinzena do mês de outubro.


01 – Hellboy II – O Exército Dourado (2008). Nota: 7,5.


"Tendo como maior argumento a seu favor os motivos pelos quais o seu principal antagonista é impulsionado, “Hellboy II - O Exército Dourado” acaba falhando ao não desenvolver de uma forma mais ampla e complexa o vilão da estória, extraindo assim uma atuação involuntariamente caricata por parte de Luke Goss. Em contrapartida, os demais personagens do filme são explorados de um modo deveras satisfatório, em especial no que diz respeito à dinâmica efervescida entre eles, e todos os demais atores rendem atuações convincentes. A direção de Guilhermo del Toro é satisfatória, principalmente quando utiliza a soberba direção de arte de Peter Francis a fim de dar vida a criaturas e locais verdadeiramente fantásticos (e neste caso, a palavra “fantásticos” assume caráter ambíguo), mas o diretor falha ao não conseguir criar ângulos realmente cativantes com a sua câmera, algo que poderia dar mais vivacidade às cenas de ação inseridas no longa. E falando em tais seqüências de ação, é uma pena que as mesmas, apesar de serem muitíssimo bem distribuídas ao longo da projeção, não consigam cativar tanto durante os dois primeiros atos, uma vez que raramente põem em risco à vida do protagonista."


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02 – O Nevoeiro (2008). Nota: 8,0.


"As qualidades deste longa jamais se resumem ao ótimo trabalho do cineasta francês responsável por “Um Sonho de Liberdade”. Ao passo em que a trama se desenrola, o mesmo roteiro, que no início parecia não criar o clima tenso necessário com o propósito de cativar o espectador, nos insere em situações cada vez mais inquietantes. Outro acerto grandessíssimo de Darabont (e agora, refiro-me ao mesmo como roteirista, e não diretor) é a maneira como este decidiu abordar cada personagem. Se a estória por si só, já não é das melhores, ao menos os personagens que a compõem se mostram interessantes o bastante."


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03 – A Lista de Schindler (1993). Nota: 10,0.


"“A Lista de Schindler” é um filme praticamente perfeito (exceto em seu primeiro ato, parte em que o longa tem muito pouco ritmo, mas os outros dois atos são tão perfeitos que a falta de ritmo contida no primeiro acaba sendo inteiramente perdoada), onde todos os realizadores parecem ter se esforçado ao máximo a fim de obter um magnífico resultado final, que é justamente o que acaba acontecendo. A direção de Spielberg é detalhista e não contém quaisquer apelos que seja, as atuações do elenco não poderiam ser melhores, o roteiro de Zaillian foi perfeitamente bem adaptado do livro, a trilha-sonora de Williams está entre as melhores e mais tristes da história do Cinema e a fotografia em preto e branco de Kaminski realça ainda mais a melancolia que a película almeja nos passar."


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04 – Yojimbo, o Guarda-Costas (1961). Nota: 9,0.


"A direção de Akira Kurosawa, como sempre, está perfeita. É incrível vermos como o diretor é capaz de criar ângulos excepcionais com a sua câmera e mais impressionante ainda é podermos notar a maneira eficiente com que ele “casa” diversos aspectos do longa, fazendo com que todos andem em perfeita harmonia. Ou melhor, todos não, quase todos. "


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05 – Os Sete Samurais (1954). Nota: 10,0.


"Considerado pela grande maioria dos cinéfilos e dos profissionais da área o mais completo filme oriental de todos os tempos, “Os Sete Samurais” vai, na realidade, muito além disso. O longa magistralmente dirigido por Kurosawa se revela uma experiência inigualável e única na vida de quem o assiste (e por mais que o seu remake estadunidense “Sete Homens e Um Destino” seja ótimo, ele jamais se equipara a este longa em questão), além de ser uma sessão inquestionavelmente obrigatória a todo o indivíduo que almeja ter um conhecimento, no mínimo, aceitável sobre o Cinema asiático e, por que não dizer, mundial."


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06 – Violência Gratuita (2008). Nota: 8,0.


"Além de realizar soberbamente uma abordagem filosófica e sociológica sobre a violência, Haneke se mostrou capaz de criar um suspense verdadeiramente tenso, inovador e original. Sua direção é soberba e conta com ângulos excepcionais e o elenco se mostra fantástico e extremamente entrosado. O longa só falha no que diz respeito à falta de propósito de sua existência, uma vez que, em 1997, o mesmo Michael Haneke roteirizou e dirigiu um filme com o mesmo nome, a mesma estória, os mesmos personagens, enfim, um filme exatamente igual a este, quadro a quadro, diálogo a diálogo, centímetro a centímetro. Seria isso uma empreitada realizada com o intento de fazer com que o público estadunidense vá aos cinemas assistir a sua obra-prima falada na língua da terra do Tio Sam, uma vez que, de tão ociosa e preguiçosa que aquela raça é, eles raramente assistiriam ao longa original pelo simples fato deste ser legendado? Pode apostar que sim."


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07 – Super-Heróis – A Liga da Injustiça (2005). Nota: 0,0.


"Perda de tempo (e dinheiro, diga-se) é tudo o que você obterá assistindo a esta bomba em larga escala. Contando com um roteiro que consegue a façanha de despejar em seus espectadores uma piada sem graça a cada três segundos, “Super-Heróis – A Liga da Injustiça” (por um acaso já comentei que este é o pior título que os tradutores nacionais já adotaram a uma obra cinematográfica estrangeira?) se revela um forte candidato a faturar os principais prêmios da próxima edição do Framboesa de Ouro, especialmente no que diz respeito a pior roteiro."


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08 – As Duas Faces da Lei (2007). Nota: 4,0.


"Frustrante. Esta palavra define bem a sensação que se tem ao terminar de assistir a este “As Duas Faces da Lei” no cinema. Toda a expectativa gerada em volta do retorno da dupla Pacino e De Niro (eles atuaram juntos pela primeira vez no thriller “Fogo Contra Fogo”, há 13 anos, desde então, jamais voltaram a repetir a dose) fora por água abaixo, gerando um filme constituído por uma sinopse bastante interessante, mas trabalhada de maneira extremamente artificial pelo roteiro (que conta com o final mais forçado dos últimos tempos), que acaba se salvando ligeiramente graças às atuações de seus protagonistas e à direção de Jon Avnet que, embora se revele extremamente irregular durante o desenrolar da trama, confere bastante ritmo ao longa durante o seu primeiro ato."


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09 – Busca Implacável (2008). Nota: 6,0.


Busca Implacável” é o típico filme que certamente não irá acrescentar nada de especial em sua vida, e você provavelmente irá se esquecer deste minutos após o término da sessão, mas não há como negar que o mesmo se revela um bom passatempo e, em muitos casos, só isso já basta."


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10 – Vôo Noturno (2005). Nota: 7,5.


Cillian Murphy encarna um psicopata com total maestria e a sua atuação se mostra consistente, forte e cativante o bastante para segurar o público até o desfecho da trama. É justamente de seu trabalho que emana a maior qualidade de “Vôo Noturno”. Rachel MacAdams também se sai muito bem encarnando a protagonista e vítima da estória e o enredo consegue conferir uma tensão bastante regular no espectador. Entretanto, o longa falha gravemente nos quesitos efeitos visuais e trilha-sonora. Os primeiros, se mostram apenas razoáveis quando deveriam ter sido melhor trabalhados a fim de atribuir um tom de verossimilhança mais acentuado à trama e a segunda decepciona ao realizar a batida tentativa de assustar o espectador utilizando acordes pesados toda vez que os vilões apresentam perigo. O roteiro também falha algumas vezes quando passa a depender de certas coincidências para funcionar. No mais, “Vôo Noturno” se revela um ótimo e, é claro, tenso passatempo.


Não foi redigida a crítica deste longa.