sábado, 16 de agosto de 2008

Matéria Especial - A Extensão da Saga “Star Wars”

Havia algum tempo que eu estava devendo uma matéria especial aqui no site e decidi aproveitar o lançamento da animação “Star Wars – As Guerras Clônicas” para poder apresentar ao leitor a minha opinião sobre a concordância ou não, com relação à extensão da hexalogia que, aos olhos de muita gente, é tida como irretocável. Através desta matéria o leitor poderá verificar se sou a favor ou contra de tal extensão e como acredito que a mesma deveria ser realizada. Um texto simples, que não irá mudar em nada o cenário cinematográfico mundial, mas é a sincera opinião de um fã incondicional da série que almeja, acima de tudo, manifestar o seu carinho pela mesma, registrando aqui o seu humilde ponto de vista.




Matéria:


Muito tem-se comentado a respeito desta nova animação da saga “Star Wars” intitulada de “As Guerras Clônicas” (“The Clone Wars”, no original). Assim como ocorreu com a nova trilogia iniciada em 1999 e encerrada em 2005, muitos fãs estão alegando que a nova investida de Lucas não passa de uma jogada do cineasta para angariar ainda mais dinheiro utilizando o nome da série. É óbvio que a intenção do criador da série é exatamente este, quanto a isto não se tenha a menor dúvida, mas aí eu pergunto: qual o problema com isso?


Sim, a grande maioria dos filmes são produzidos com o intuito de obter um bom retorno financeiro, e isso ocorre tanto com os blockbusters quanto com os filmes cults. Ou alguém acredita que Jean Renoir, François Truffaut, Luis Buñuel e Federico Fellini dirigiam suas obras pensando única e exclusivamente na Arte, sem se preocupar em arrecadar uma quantia em dinheiro, no mínimo, satisfatória? É claro que, na grande maioria dos casos, o dinheiro torna-se praticamente o principal foco do cineasta envolvido com o filme e este é, indubitavelmente, o objetivo de George Lucas com este “As Guerras Clônicas”, mas ainda assim eu insisto em perguntar: qual o problema com isso?


Francamente, não vejo problema algum no fato de um produtor ou um cineasta realizar um filme com o único intento de vendê-lo, contanto, é óbvio, que o produtor ou cineasta responsável pelo mesmo crie algo relevante, de qualidade. Tomemos os Episódios I, II e III da saga “Star Wars” como maiores exemplos disto. Particularmente, considero os três filmes relevantes (apesar de o primeiro ser bem decepcionante, não deixa de ser um bom filme) e a criação dos mesmos, em momento algum, fluiu de modo pejorativo à trilogia original. Contudo, salta à vista que a maior intenção de Lucas ao produzir tais filmes fora arrecadar muito dinheiro com os mesmos, uma vez que a trilogia original já se revelava capaz de atrair milhões de fãs para os cinemas do mundo todo. Resumindo, a trilogia recente se mostrou um verdadeiro caça-níqueis, mas isso não quer dizer necessariamente que a mesma seja ruim, muito pelo contrário, acrescentou bastante a uma saga que, convenhamos, apesar de excelente, precisava ter umas questões respondidas (e foi justamente isso que os episódios I, II e III da saga fizeram).


George Lucas pode até almejar explorar ainda mais a sua mitologia e utilizar a mesma com o intento de acumular mais alguns rios de dinheiro, mas para isso, deve prestar bastante atenção no local que está mirando. Caso o tiro seja disparado erroneamente e não atinja o alvo nem de raspão, o resultado final pode ser catastrófico e Lucas pode cometer um grave homicídio contra uma saga que, até então, só conferiu alegrias aos seus fãs.


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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Filmes assistidos em Julho

Já que não estou mais possibilitado de postar críticas no Cine-Phylum, conforme explicado no post anterior, optei por realizar, a princípio, mensalmente e com o passar do tempo semanalmente, a postagem de nano-críticas neste. Começarei pelos filmes que assisti no mês de Julho (salvo “Wall-E”, “Yojimbo” e “Hancock” cujas críticas completas já se encontram postadas abaixo). Logo em seguida, postarei os longas que assisti na primeira quinzena deste mês de agosto e posteriormente, passarei a realizar uma publicação semanal aqui.


Comecemos por julho então:


1 - O Escafandro e a Borboleta (2007). Nota: 9,0.


"Julian Schnabel realiza neste “O Escafandro e a Borboleta”, uma obra-prima deveras sensorial, capaz de captar com maestria os sentimentos de solidão, angústia, vazio, depressão e medo de um homem que, após sofrer um fortíssimo derrame cerebral, se depara com os movimentos do corpo todos paralisados, salvo os movimentos de seu olho esquerdo, que possibilitam com que este possa se comunicar com as demais pessoas apenas “piscando letras do alfabeto”. Em outras palavras, Schnabel cria aqui uma verdadeira obra-de-arte."


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2 - Batman Begins (2005). Nota: 7,0.


O cuidado que “Batman Begins” teve ao desenvolver os seus personagens (salvo quando o mesmo apela aos estereotipos previamente citados) e, principalmente, a sua estória, não teve ao entreter e cativar o seu público alvo. E levando-se em conta que o filme de Nolan é uma assumida sessão-pipoca, o simples fato de não se revelar capaz de empolgar o espectador pode ser encarado como um crime inafiançável, ou um pecado mortal.


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3 - Meu Nome Não é Jhonny (2008). Nota: 7,3.


Meu Nome Não é Jhonny” é um filme muito bom, mas que nos dá a sensação de estarmos assistindo a dois filmes de uma única vez. O primeiro filme narra de maneira muito convincente a escalada de um marginal no submundo do narcotráfico, ao passo que o segundo decide retratar a maneira como tal marginal chega ao fundo do poço. O problema é que tal demonstração soa excessivamente moralista, piegas e melodramática, fazendo com que a obra rume a um final previsível e deveras formulaico.


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4 - Kung Fu Panda (2008). Nota: 4,5.


No geral, “Kung Fu Panda” é um filme nada original, sem graça, irritante, artificial, previsível, histérico e que conta com uma lição de moral explorada pelo roteiro da maneira mais clichê o possível. Aspectos como a direção, a alta qualidade de sua parte gráfica, as pequenas estórias muito bem desenvolvidas pelo roteiro, as cenas de luta e as pouquíssimas gags e/ou piadas que realmente funcionam fazem com que o filme ganhe muita credibilidade, mas não há como negar que este conta com muito mais erros do que acertos.


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5 - O Cavaleiro das Trevas (2008). Nota: 10,0.


O Cavaleiro das Trevas” é, desde já, uma incontestável obra-prima do Cinema mundial e merece todo o sucesso que vem fazendo até o presente momento. Muito superior à grande maioria das adaptações de histórias em quadrinhos, este longa se revela uma agradabilíssima surpresa, respeitando imensamente o espectador, fugindo da grande maioria dos clichês e estereótipos do gênero e, o que é melhor, inovando o mesmo, nos apresentando a personagens completamente bem desenvolvidos pelo roteiro. A ação é estarrecedora e cresce ainda mais graças à extraordinariamente competente direção de Christopher Nolan e à cativante e tensa trilha-sonora composta magistralmente por, ninguém mais, ninguém menos, que Hans Zimmer e James Newton Howard. E mesmo com tantas qualidades visíveis e explicitadas, “O Cavaleiro das Trevas”, assim como o seu antagonista, possui uma carta na manga, que vem a ser sua maior qualidade: o embate, sobretudo psicológico, entre vilão e herói, além de nos propiciar questionamentos sobre a situação caótica que a sociedade capitalista se encontra.


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6 - Boa Noite e Boa Sorte (2005). Nota: 9,0.


“Boa Noite e Boa Sorte” é um filme independente de curtíssimo orçamento (US$ 7,5 milhões) e que em um curtíssimo prazo de duração (93 minutos) conseguiu a façanha de se mostrar eficaz e detalhista o bastante a fim de retratar todo um embate político ocorrido entre um gigante das comunicações e um outro gigante da política, resultando, inclusive, na cassação do mandato deste como senador. George Clooney realiza uma direção discreta, embora eficiente, o roteiro do longa aborda toda a crise vivenciada durante a época, incluindo a total falta de liberdade de expressão, sobretudo de imprensa e David Strathairn encarna Edward Roscoe Murrow de um modo magistral, merecendo, e muito, a indicação ao Oscar de Melhor Ator que obteve em 2005. Infelizmente o longa conta com um defeito (e sinceramente, não sei se posso chamá-lo de defeito): a dificuldade que o mesmo tem em familiarizar o público com a estória, já que torna-se altamente recomendável que o mesmo tenha um razoável conhecimento sobre os personagens que compõe a trama. No mais, temos aqui um excelente filme e uma aula de jornalismo verdadeiro e lição cívica.

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7 - Superbad - É Hoje! (2007). Nota: 8,0.


Apesar de artificial e absurdo em muitos de seus minutos, “Superbad – É Hoje!” se mostra uma ótima opção para os amantes de uma comédia divertida, escatológica e descompromissada. As atuações de todo o elenco convencem, a química formada entre Johan Hill e Michael Cera é fenomenal e ganha ainda mais crédito quando Christopher Mintz-Plasse entra em cena.


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8 - A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (2008). Nota: 0,5.


“A Múmia – A Tumba do Imperador Dragão” se revela um filme previsivelmente (sim, pois era fácil prevermos que, pela maneira com que o segundo episódio se encerrou, as chances de extrairmos algo produtivo aqui seriam mínimas) ridículo e dispensável e, além de contar com quase todos os clichês e estereótipos do gênero, obriga o espectador a passar 112 minutos de seu precioso tempo (e digo precioso pois apesar de curto, o filme custa a passar, haja visto que a sua fraquíssima estória poderia facilmente ser desenvolvida em menos de 50 minutos) tendo que suportar uma estória nada original, carregada de alívios cômicos que não funcionam em hipótese alguma, atuações sofríveis e cenas de aventura/ação bem montadas mas terrivelmente dirigidas pelo péssimo Rob Cohen. Um dos piores filmes que tive o dúbio privilégio de assistir neste início de século.


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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre a inércia do Cine-Phylum e os planos futuros para o mesmo


Passado mais de um mês desde a última atualização deste blog (a crítica do filme “Hancock”) creio que já estava mais do que na hora de esclarecer ao leitor o porquê do mesmo não ter recebido nenhuma atualização desde então.


Desde o começo deste ano, um leitor do Cine-Phylum estava pensando em montar um site voltado ao Cinema e convidou-me para escrever no espaço virtual de sua autoria. Passei a publicar então todas as críticas postadas aqui no Papo Cinema, contudo, a minha atitude estava se revelando altamente incongruente, principalmente a partir do momento em que o Papo Cinema deu-se por inaugurado (há algumas semanas atrás).


Seria uma atitude, no mínimo, ilógica de minha parte, continuar a concorrer comigo mesmo, conforme estava fazendo ultimamente. Principalmente, se levarmos em conta que, para escrever ao Papo Cinema, recebo uma certa quantia em dinheiro, no Cine-Phylum isto não ocorre, sendo assim, por que fazer concorrência de um site para o outro? Não havia lógica, concordam? Foi aí que optei por me dedicar apenas ao site e deixar este blog um pouco de lado.


Mas não, não abandonei o Cine-Phylum, e jamais o farei (a não ser que seja necessário ou ocorram motivos alheios à minha vontade). O que será do blog? Provavelmente terá o seu foco alterado. Sim, o assunto principal a ser debatido aqui continuará sendo Cinema, mas certamente não irei postar aqui minhas críticas. Penso em fazer do Cine-Phylum um espaço para postar minhas opiniões de uma maneira menos profissional, como por exemplo, criar tops pessoais do tipo, “top melhores diretores de todos os tempos” (conforme fiz há alguns meses atrás), ou então escrever mini-críticas sobre os filmes que assisti no respectivo mês, ou então postar a minha opinião quanto a um filme que ainda está para estrear nos cinemas, falando sobre a expectativa que tenho em cima do mesmo, ou coisas do tipo.


Em outras palavras, penso em fazer do Cine-Phylum um lugar onde eu dê a minha opinião sobre Cinema de uma maneira mais pessoal e descompromissada do que faço no Papo Cinema.


Sem mais para o momento,


Agradeço ao caro(a) leitor(a) pela compreensão e espero que continue visitando o Cine-Phylum com uma certa regularidade, pois nós precisamos de vocês todos.